Antes tarde do que nunca, né? KKK
Era para ter postado esse capítulo as 18:00, porém eu sair seis horas e cheguei em casa e fui fazer trabalhos.
Espero que gostem e boa leitura.Point of view Antônia Silva | 15 de agosto de 2015 | 10:00 P.M. | Valência, Espanha.
Fazia exatamente dez dias que estava em Valência, os dias mais libertadores que eu já tive nesses últimos dois anos, sem medo de ser encurralada no meio da cozinha, sem receios de absolutamente nada, e isso me fazia tão bem.
Os Nunes estavam se mostrando cada vez melhores, sempre atenciosos. Apesar de Neide e Roberto trabalharem bastante, eles compensavam o tempo quando estavam por perto.
Rosa, a governanta me empanturrava de comida. Eduarda não me deixa parada, durante esses dias, conheci os locais aos quais ela gostava de ir, me explicaram tudo da melhor forma possível, sendo super atenciosos.
Já tinha em vista possíveis lugares para trabalhar depois das aulas, minha mãe mandaria dinheiro todos os meses para mim, mas se eu queria ter independência e continuar aqui, precisava trabalhar.
Tamires e eu, mais um grupo de outros intercambistas, fizemos uma tour pela escola, para conhecer tudo e não ficar perdida no primeiro dia de aula, acho difícil de acontecer, já que a Eduarda e Erika, a host sister da Tamires, estudariam ali também.
Erika era bem legal, e apesar do meu receio no início, acabamos conversando e nos demos muito bem. Claro que precisei de uma forcinha de Tamires, se não passaríamos o tempo todo ali comigo calada, o que seria uma tremenda falta de educação.
Terminei de me vestir e pentear meus cabelos.
Será que Tamires e Erika poderiam vir hoje para cá? Teria que pedir para dona Clara.
Foi pensando nas meninas que desci para o café da manhã, só não esperava encontrar a filha mais velha, Gabriela, sentada com eles tomando café.
Ela não estava em Londres?
— Bom dia! — Falo e atenção, se todos se voltam para mim.
E meu Deus, ela é simplesmente linda, a pele clara, os cabelos em luzes dourando e olhos castanhos escuros que pareciam muito mais lindos vendo se perto. Olhos esses que as fixaram no meu de uma tal maneira que eu poderia ficar ali, sem me importar com mais nada.
Como dizem, olhos são espelhos da alma, e com toda certeza ela tinha muitos mistérios a serem desvendados, e não me importaria de fazer isso.
O quê? O que estou dizendo? Só posso estar louca, mal vi a garota e já penso no que não devo, é claro que eu não teria coragem de falar com ela, nem com ninguém, não dessa forma.
Sou tirada dos meus devaneios com Roberto nos apresentando, percebi que no momento em que Neide disse que vim a intercâmbio, seu jeito mudou, mas eu não iria contestar. Vai ver que ela não gosta que os pais recebam gente em casa, ciúmes talvez?
E como todos os dias, tomei meu café em silêncio, falando algo aqui ou ali, aquele era um momento familiar, não me sentia bem interrompendo — mesmo eles tentando me incluir nos assuntos.
Eduarda questionou Gabriela, sobre passarem o dia na piscina, ela respondeu e fez a mesma pergunta para mim, até aí tudo bem, mas ela me chamou de “Antoninha”, não sei explicar, mas aquilo me deu náuseas instantaneamente, era como ele me chamava, tudo bem que ela não sabia o que aconteceu comigo, ninguém sabia.
Porém, parecia que ela estava debochando de mim e eu não havia feito nada. Eu não gostava daquilo, perdi totalmente a fome, então pedi licença e subi me trancando no quarto.
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My host sister - Intersexual
RandomApós o tumultuado divórcio de seus pais , a guarda de Antônia passar a ser exclusivamente de sua mãe, tudo ia bem, mesmo separada de suas irmãs e seu pai, que moravam agora em outro país. Porém, como tudo que é bom dura pouco, seu pior pesadelo se d...