Capítulo 17.

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Point of view Gabriela Nunes | 06 de setembro de 2015 | 18:00 P.M. | Domingo | Espanha.


- Ficou lindo! - Fala Antônia, entrando no quarto que seria de Noah a partir de agora.

Ela estava com um cesto de roupas lavadas dele e começou a arrumar na pequena cômoda e no guarda-roupa. Comprei bastante coisa, acho que dará para algum tempo.

Tenho um filho e ainda não acredito nisso, era tudo tão novo e confuso.

Sorte que tinha ela para me ajudar ou eu estaria pirando.

Também não acredito na forma como a vadia do Daddario o tratou, como uma mãe faz isso com o filho? Ela não merecia nem ser chamada dessa forma, ela definitivamente é um mostro.

É por isso que não entendo como Alexandra conseguiu largar um bebê dessa forma. Conheço Noah, ao quê? Dois dias? E já me apeguei a ele tão rápido, era impossível não se encantar por ele.

Ele é lindo, fofo e todo momento quer carinho, pelo menos da minha parte, acho que ela gosta e confia em mim. Ah, ele também gostou da Tonha, ela esteve hoje mais cedo com ele.

Mas quem não gostaria dela, não é? Além disso, os dois se parecem com jeito retraído e às vezes carente, a fofura.

Sério, eu notei essa semelhança nesses dois dias, eu estou definitivamente encantada por eles.

- Realmente, espero que ele goste! - Falo meio ansiosa.

- Ele é um bebê e garanto que depois de tudo que ele passou, pois imagino que deva ter sido fácil ficar com aquela megera, ele vai ser feliz agora, Gabriela! - Fala, terminando o que fazia e ficando de frente para mim.

- Mas e se... - não termino de falar, pois ela me interrompe.

- Nada de mais, mesmo que você seja grossa e irritante a maioria das vezes, especialmente comigo. Você é boa, Lo, me ajuda, me aconselha e me passa a confiança que ninguém conseguia nos últimos anos. Acho que fará o mesmo para o pequeno, você será uma boa mãe. - Diz ela, se referindo à confiança que ela tinha em mim, já que apenas eu sabia sobre Marcus.

Outro traste que eu daria um jeito de sumir do mapa, se dependesse de mim, iria proteger Antônia e Noah de tudo.

Me mantive em silêncio, analisando o que ela tinha me dito.

Tonha sempre me surpreende, ela parecia saber sempre o que me afligia, nós nos conhecemos há tão pouco tempo e pareciam anos, pelo menos para mim, eu poderia comprar - lá a Victória, mas algo em mim insiste em dizer o que sinto por ela, é totalmente diferente e eu tinha muito medo.

E ainda tinha o quase beijo, eu realmente queria aquilo, muito mais do que pensei, mas e se tivesse acontecido? Se tivéssemos nos beijando? Será que estaria tudo bem entre nós? Estaríamos conversando como agora? Nossa amizade continuaria a mesma?

Eu não podia arriscar em perder-lá, ela era frágil demais, tinha problemas que ainda precisávamos resolver e eu não queria machucar - lá. Antônia vinha se tornando cada vez mais importante para mim e eu devia cuidar dela.

Minha cabeça estava tão cheia de perguntas.

Voltando ao assunto anterior, era melhor não ficar pensando nisso agora ou eu iria enlouquecer.

Como eu disse, ela estava certa sobre o que falava, eu estava receosa sobre se eu seria uma boa mãe, até porque eu não estava esperando isso agora, na verdade, eu nunca pensei nessa possibilidade, nunca me imaginei assumindo esse papel.1

Na verdade, achava que iria pegar quem eu quisesse, faria faculdade, arrumaria um trabalho e moraria sozinha. Eram meus planos, então Noah simplesmente apareceu.

My host sister - Intersexual Onde histórias criam vida. Descubra agora