(Do outro lado)
Pedro narrandoQuando entro em minha sala para falar com Ana, ela já não estava mais lá, mas havia um bilhete sobre minha mesa que estava escrito;
" Me desculpa, eu não consigo, não posso denunciar ele, e por favor não venha atrás de mim se não sofrerei consequências...
Obrigada por me ouvir "Eu leio aquilo e sem pensar duas vezes, saio correndo pelo escritório à procura dela, mas é em vão ela já havia saído do meu prédio.
Meu Deus, como assim ela vai permitir que isso continue, essa tortura física e psicológica, por que ela não deixou eu ajudar, não sei oque eu fiz de errado.
Que droga e agora, não posso deixar isso continuar, mas não posso ir até ela, porque me pediu, eu não sei como, mas vou ajudar Ana, mesmo que não queira, só preciso me planejar.(Conversa Ricardo e Pedro)
Subo e volto para minha sala, e encontro Ricardo.
—O que houve? Você não tinha tribunal hoje?—Confuso.
Ricardo faz uma cara de decepçao e explica oque aconteceu.
—Tinha, mas foi cancelado, meu cliente levou um acidente a caminho da sua audiência—Agora vai ser remarcado para sabe-se lá quando—Chateado.
—Pow cara sinto muito—Mas, posso te dizer uma coisa?
—O que?—Retruca.
—Isso veio em boa hora—Claro, espero que seu cliente esteja bem—Mas, eu precisava conversar contigo—Aconteceu uma coisa tão estranha hoje—Não sei oque fazer—Preocupado.
Ricardo franze a sobrancelha e com um olhar que diz, meu Deus, o que será que você já aprontou.
—Fala cara?—O que já aconteceu?—Voce não é de se espantar por qualquer coisa—Preocupado.
—Calma...Calma—Eu não fiz nada—Foi mais algo que acabou de acontecer—Lembra da cliente que veio me ver hoje?—Pergunto.
—Sim...sim—A que estava insistindo para te vê—Oque qui tem?—Questiona curioso.
—Eu já conhecia ela—Retruco.
—Tipo namorados?—Retruca.
—Não...Não—Claro que não—Rispido.
Ricardo rir da minha reação e solta um comentário sarcásticos.
—Pedro você não tem amigas—Apenas ex's—Rir.
—Tambem não é assim fui amigo de todas elas—Mas, acabou rolando algo mais.
—Sempre—Rir.
Eu mudo de assunto porque isso não está chegando a lugar nenhum e não é oque eu quero falar.
—Sim...ok—Mas, mudando de assunto—Ela era minha vizinha, acho que até você pode já ter visto ela quando ia para minha casa—Afirmo.
—Se vê eu não lembro—Mas, oque qui tem?—Por que ela veio te procurar—Esta metida em que problemas.
—Ela sofre abusos físicos e psicológicos do marido—Ela acabou me mostrando alguns de seus machucados—Ricardo, ele queima ela—Você tem noção do monstro que é capaz de fazer isso?—Com alguém tão indefeso—É um covarde—Só de pensar eu tenho vontade de estourar seu crânio—Irritado.
Eu viro de costas para Ricardo isso me deixa tão emotivo eu sinto tanta raiva, está tudo aqui dentro de mim.
—Meu Deus cara—Eu sinto muito... imagino que isso deve ter trazido muita coisa atona—E oque você vai fazer?—Ela já é casada, quantos anos ela tem?—Não que isso faça diferença—Pergunta.
—Se chama Ana tinha apenas 17 quando o conheceu, hoje tem 23, não tem pai, é só ela e sua mãe imagino que foi fácil para ele se aproximar dela—Você tinha que tela visto—Meu Deus, ela parece tão frágil...tão pequena—Ingênua—A vítima perfeita para esse tipo de monstro—Reflexivo.
Ricardo fica pensativo por uns estantes, e fala;
—Poxa cara... E você conseguiu?—Eu não conseguiria deixar meus sentimentos de lado— Se o visse eu acho que lhe mataria ou daria um surra—Eu nem a vê, e já estou aqui a flor da pele—Fico pensando também na tia Carla—Que é como uma mãe para mim—Mulher não deveria nunca passar por isso—É muita covardia—Muita ruindade se sentir bem machucando alguém que não tem como se defender—Irritado.
—É isso que eles gostam—Batem em uma mulher para se sentir no controle—Meu deus que ódio—Reclamo.
—Mas, e aí?—Fizeram a denúncia?—O que aconteceu?—Curioso.
Abaixo a cabeça olho para o lado silêncio por um estante e respondo.
—É aí que tá—Estava tudo certo para denunciarmos ele, mas ela desistiu—Deixou um bilhete e pediu para que eu não fosse atrás dela—Se não ela sofreria as consequências—Acredita?—Incredulo.
—Meu Deus—Por que ela fez isso?—Aconteceu alguma coisa—Tipo, que a fizesse desistir assim do nada—Questiona.
—Não cara—É apenas medo—Ela disse que já tentaram lhe ajudar antes e ele fez algo com essa pessoa que lhe traumatizou—Ela até falou que ele seria capaz de fazer mal a qualquer um sem se importar—E advinha?—Pergunto.
—Oque?
—Ele é polícia—Disse para ela que se ela o denúncia—Ele tinha amigos lá que lhe soltaria e ele viria atrás dela—Respondo.
—E ela acredito nisso?—Incredulo.
—Sim...sim—Ela acredita em tudo que ele fala, ela acha que ele é imbatível—Eu não a culpo, ele tirou tudo dela, meios de comunicação a uma vida social—E isso tudo já para deixar tudo mais fácil para ele manipulá-la—É muito sórdido.
—Mas, você não explicou isso para ela?—Que isso era impossível—Retruca.
—Não deu tempo!—Quando íamos almoçar—Sai para avisar Clara—Ai quando voltei ela tinha se ido—No almoço eu explicaria tudo tiraria suas dúvidas—Não falei de primeira para não lhe constranger ou lhe retrair—Eu tentei ir com calma, não queria lhe assustar—Ela tem medo que aconteça algo com sua mãe, que não sabe de nada e é doente—Na cabeça dela, é impossível se livrar dele—Explico.
—Meu Deus cara não sei nem oque dizer—Mas, não podemos deixar isso continuar—Você sabe onde ela mora?—Tem o número dela?—Alguma coisa, sei lá—Questiona.
—Não, nada e ela não mora com sua mãe—Mas, eu vou descobrir—Vou conversar com minha mãe—Porque a mãe dela não pode saber—Tenho que ir por baixo dos panos—E minha mãe é a única que vai saber descobrir isso para mim—Afirmo.
—Pois pronto, é daí que você vai começar Pedro e tem que ser o mais rápido—Retruca.
—Amanhã mesmo vou na minha mãe—Não pode ser por ligação—Afirmo.
—Não esqueci cara—To aqui, para oque der e vier!—Sempre.
—Valeu irmão, que bom que eu posso contar com você—Agora eu vou para casa—To sem cabeça agora—Nem sei como eu vou dormir hoje—Imaginando oque pode acontecer a Ana—Deus à ajude e me dê tempo—Suplico.
—Vai da irmão!
(Fim do diálogo)
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𝗖𝗼𝘁𝗶𝗱𝗶𝗮𝗻𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗔𝗺𝗼𝗿.
Roman d'amourA relação de recém casados, oque as pessoas geralmente não contam sobre o casamento, mas de uma forma dramatizada e crua, para os apaixonados por histórias envolventes e provocativas, que vez ou outra ultrapassara alguns limites, mas quais, será do...