Never Have I Ever - ɢᴀᴅʀɪ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ

chapter 16

                                             𝐆𝐀𝐕𝐈

Quando entrei em casa, Pedri, Ferran e Fermín estavam sentados na sala assistindo a um jogo de hóquei. Vários recipientes estavam na mesa à frente deles, meio cheios de cookies.

— Ei, — Pedri cumprimentou, seu rosto neutro.

Porra, isso doeu.

Tínhamos concordado em manter as coisas calmas em casa, mas depois do que fizemos na biblioteca, era uma pena ser tratado como um dos caras.

— Ei. — Fiz uma pausa, sem saber o que fazer.

— A mãe de Pedri fez cookies. — Os olhos de Ferran estavam na TV. — Ela endereçou a ‘Pedri González e residentes’, então mergulhe e delicie-se.

Fermín se moveu para o meio do sofá, ficando ao lado de Pedri, e eu deslizei para sua almofada vazia.

Os sete recipientes grandes na mesa de centro estavam cuidadosamente rotulados com letras cursivas e pequenos corações pontilhando os i’s. Peguei um de tudo, exceto os de aveia, passas e manteiga de amendoim.

— Então, quem está jogando? — Mordi um cookie de veludo vermelho com cobertura de cream cheese. — Puta merda, isso é bom. — Pedri sorriu.

— Mamãe adora cozinhar. Não conseguia me lembrar de uma época em que minha mãe fizesse outra coisa senão reservas.

— São os Reis contra os Cavaleiros de Ouro. —Fermín apontou para a tela. — Está vendo aquele banner aí? Diz as equipes.

Meu rosto esquentou.

Maneira de mostrar que você é um idiota, Gavi

— Você é de Los Angeles, certo? — Ferran pegou outro cookie de chocolate.

— Sim.

— Quais você acha que são as chances deles este ano?

— Não sei. Eu realmente não acompanho hóquei.

O silêncio reinou. Comi outro cookie, esse de caramelo com gotas de chocolate arco-íris. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo. Os jogadores se moviam muito rápido e eu não conseguia acompanhar o disco enquanto eles arremessavam para frente e para trás. Um jogador colidiu com outro, fazendo-o voar.

— Caramba! — Isso devia ser ilegal, certo?
Ninguém mais reagiu.

Sim. Eu estava muito fora do meu elemento aqui.

— Impedimento — todos os três caras gritaram indignados.

Huh?

— Obrigado pelos cookies. — Levantei-me rapidamente. Eu continuaria me envergonhando se ficasse.

Corri pela sala e subi as escadas. No segundo andar, esbarrei em Mike. Fizemos aquela dança estranha, cada um de nós se afastando no mesmo momento e bloqueando um ao outro.

— Desculpe, — eu murmurei.

— Você está bem? — Ele ficou parado e eu mudei para a esquerda.

— Tudo bem. — Não olhei nos olhos dele. — Tem cookies lá embaixo.

— Eu vi. Mas não posso. Eles iriam bagunçar meu açúcar no sangue.

Olhei para ele surpreso.

— Você é diabético?

— Tipo 1. Diagnosticado aos quatorze anos. Tempos divertidos.

Eu não sabia o que dizer sobre isso.

Mike sorriu e passou por mim.

Balançando a cabeça, corri para o meu quarto.
Acabei de fazer papel de idiota na frente de todos os meus colegas de quarto no espaço de cinco minutos.