Never Have I Ever - ɢᴀᴅʀɪ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴛɪᴏɴ

chapter 1

                                            𝐏𝐄𝐃𝐑𝐈

— Eiiiiiiii.

Ferran estava na minha porta com um pacote de seis cervejas em uma mão e uma garrafa de vodca na outra.

— Esquenta? — Enfiei o último pedaço de pizza na boca.

— Você sabe disso. Vá para baixo.

Ele desapareceu no corredor, gritando para Fermín nos encontrar na sala.

Limpei as mãos em um guardanapo, levantei do sofá do dormitório e peguei meu telefone e as chaves. Colocando nos bolsos, segui Ferran escada abaixo.

Quando entrei na sala,  já estava lá. Três copos cheios até a metade de vodca estavam sobre a mesinha de centro.

— Meia dose? — Eu me joguei do outro lado do sofá, onde Ferran estava esparramado.

— Essa é a merda boa. — Ele apontou para o rótulo. — Vocês, filhos da puta, ganham shots completos quando são vocês que pagam por isso.

— Justo.

Ferran e eu estávamos no último ano de faculdade. Nós nos tornamos amigos no primeiro ano e somos próximos desde então. No ano passado, nós dois nos mudamos para a casa compartilhada. Fermín se mudou depois que nossos outros colegas de quarto se formaram no ano passado.

Fermín era legal. Ele limpava tudo, gostava de festas e era um cara genuinamente legal.

— Quer aumentar o esquenta? — Fermín pegou seu copo.

— Estou intrigado — disse Ferran.

— Já jogou 𝐸𝑢 𝑛𝑢𝑛𝑐𝑎?

Ferran sorriu.

— Quem nunca jogou? Pedri, você está dentro?

Ferran sabia o suficiente sobre mim para me deixar chapado em cerca de dez minutos.

— Claro. Mas estamos mudando para cerveja. Eu gostaria de realmente ir à festa e não desmaiar no sofá.

— Tudo bem em misturar? — Ferran perguntou a Fermín.

— Porra, sim. — Ele bebeu sua vodca e bateu o copo na mesa.

Ferran e eu fizemos o mesmo. Ele me entregou uma cerveja, que abri e sorvi um pouco de espuma que derramou por cima.

— Gavi! — Fermín chamou.

Nosso colega de quarto passou correndo pela sala, mas voltou e ficou parado na porta, seu olhar percorrendo a sala. Desde que se mudou, Gavi passou a maior parte do tempo em seu quarto.

Nas poucas vezes em que o encontrei no corredor, ele me cumprimentou educadamente e depois se afastou rapidamente.

— Quer se juntar a nós? — Ferran perguntou.

— O que vocês estão fazendo?

— Esquenta com um jogo de Eu Nunca.

— Eu não conheço esse.

Ficamos boquiabertos com ele. Como alguém pode estar na faculdade e não saber jogar?

— Nós vamos te ensinar. — Ferran deu-lhe um sorriso encorajador.

Gavi olhou entre nós, depois para a mesa, com o resto do pacote de seis cervejas e a garrafa quase cheia de vodca.

— Estamos bebendo cerveja, não merdas pesadas. — Talvez ele não estivesse acostumado a beber vodca pura?