Tentei ligar para Heloisa, mas não obtive sucesso. Nenhuma ligação atendida. Mensagens na caixa postal. Minha insistência parou com a ligação de Carlos. Era o noivado da irmã dele, Cristina, em uma cidade vizinha e combinamos de irmos juntos.
Resolvi ir, sem falar com Helô. Estava um pouco preocupado. Ela sempre atende rápido minhas ligações. Será que algo teria acontecido? Este "desaparecimento" estava me deixando triste.
Comecei a sair com ela por uma aposta. Isso mesmo. Uma maldita aposta que me fazia cada dia mais sentir-me um cafajeste. Teria que namorar com uma moça fora dos padrões de beleza da sociedade. Uma mulher gordinha. O que para mim seria algo bem sério e diferente, pois era considerado o garanhão da universidade. Principalmente, do campus do meu curso, o de administração. Estava no terceiro ano.
Modéstia à parte... na verdade, nada modesto... Eu sou um homem de 24 anos, 1,87, loiro, olhos verdes, forte devido à minha intensa sequência de treinos. Chamava atenção por onde passava e isso me conferiu tantas ficadas que perdi a conta. Mas sou daqueles que pego, mas não me apego.
Devido a esse histórico, meus amigos Carlos, Júlio e Renato apostaram que eu não namoraria uma garota fora dos padrões, gordinha como Heloísa, e apontaram o dedo para uma jovem gordinha da sala. Eu olhei para a mesma e fiquei paralisado. Ela era gostosa para caramba e eu fiquei muito excitado com a "aposta" dos meus amigos. E disse que topava e estipulamos as regras e o valor.
Não perdi tempo e fui até ela. A conquistei lentamente. Vi que era bem religiosa, tinha uma história de vida difícil. Eu me surpreendi com a sua fé. E tudo era, nas palavras dela, "por Deus". Ela era incrível, doce, meiga, cantava com uma voz de anjo.
Na igreja, via que era querida. Sim, para que aceitasse namorar comigo, fui algumas vezes à missa. Ela aceitou e fizemos alguns combinados. Pedi que não falássemos nada a ninguém do namoro. Dei a desculpa de que as garotas assanhadas não a deixariam em paz e poderiam até agredi-la. O que de fato não era mentira, pois já tive ficantes agredidas. No entanto, eu não queria na verdade é que ninguém nos visse juntos.
Só os meu amigos [da aposta] sabiam. E, tínhamos um combinado: Caso falassem com alguém, ele automaticamente ganharia a aposta.
Faziam dois meses de namoro escondido. E eu já conhecia bem Heloisa e percebi que ela era diferente das outras garotas que fiquei, era para casar. Uma moça de respeito. Decidi fazer o que ela queria, ou seja, iríamos fazer amor só na lua de mel. Ela casaria de branco, seu sonho de ser como a mãe com seu pai. Admirava aquela mulher. Era inteligente, linda, evoluída. E, o melhor se preservava para ser só do seu marido, do seu homem e eu senti pela primeira vez que essa pessoa poderia ser eu.
Saindo dos meus pensamentos, sobre Heloisa, minha linda gordinha, fui me arrumar.
Logo Carlos chegou e partimos para o noivado da irmã dele.
Assim que cheguei à porta do salão, encontrei uma das minhas ex-ficantes. Nem lembrava-me de seu nome, mas o corpo sem dúvida eu lembrava, cheia de curvas linda, e naquele momento foi inevitável ir até aquela morena.
Tínhamos chegado atrasados ao almoço de noivado, e, Carlos não queria ver aquelas juras de amor, momento do pedido de casamento e tudo mais, que a irmã tinha planejado. Graças a Deus também, não queria participar dessa chatice, amo minha gordinha, ninguém sabe disso, só esse meu coração, mas casar. Não sei não. Isso não é para mim.
Voltei à atenção, agora sabendo quem era a garota que já tinha dito seu nome e eu apenas ouvia suas investidas, me acariciando e sendo bem provocativa. Amanda. A coisa já estava esquentando e ela me chama para ir ao banheiro feminino. Que ousadia, admirava mulheres que sabiam o que queriam.
Eu precisava me aliviar, pois com a minha Helô era algo sério. Mas ninguém precisava saber. Entrei e já fomos para uma das cabines e lá a coisa foi rápida, logo já estava dentro daquela gostosa.
- "Ai amor como você é apertadinha. Gostosa... Eu não sei o que faria sem você".
Tinha me manter o clima para que ela pensasse que estava a fim dela e ter um momento mais atrativo. Mas me surpreendi com suas palavras:
- "Para João Vitor, você fica lá comendo aquela gorda e fica aqui falando que eu sou gostosa e me deixa para ficar com ela".
Não podia falar que nunca tinha "comido" minha Helô. Senti raiva dela usar esse termo para falar dela e neste momento fui até agressivo na nossa tranza. Eu respeitava muito minha namorada para ser um selvagem com ela, um aproveitador. Isso era só para as garotas como Amanda, que servem para a gente se aliviar e nada mais. Mas elas não precisam saber disso.
- "Amanda, você sabe que não gosto daquela gorda (frase que me doeu dizer, mas era necessário) e para ficar sabendo não como ela porra nenhuma e Deus me livre disso (essa não deu, não podia deixar que ela saísse daí falando que Helô era uma piranha, como ela). Agradeço essa besteira dela querer ser virgem. Kkkk Assim não tenho que comer aquela baleia".
Terminei de dizer e já me senti um escroto, falando de sua virgindade, mas não me arrependo, quero que Amanda saiba que minha mulher é bem diferente dela e das outras que é da sua laia. Assim, fui grosso e selvagem no sexo com aquela safada.
- "Você é só meu né Vitinho. Sabe que eu sou sua e de mais ninguém e você é meu. Larga essa aposta boba que fez em ficar com ela por três meses." (inocente, kkk).
- "Você sabe que sou muito competitivo e vou ficar com ela três meses, assim ganho a aposta, de que eu lindo, maravilhoso e sarado iria ficar com uma fora do padrão, como ela".
Acredito que estava ficando falante demais, contei da aposta num ato impensado, movido pelo meu tesão que estava me deixando louco e inconsequente. E, ela nada disse, apenas sorriu, cravando a unha nas minhas costas e se entregou ao orgasmo. Em seguida, também, cheguei ao meu ápice.
Saímos do banheiro, ela quis me acompanhar na festa, fazendo-se de minha acompanhante. Mesmo que estava em uma cidade diferente, não podia dar mole, de alguém me ver ali com outra mulher e contar para Helô. Inventei uma desculpa e disse que nos encontraríamos, no sábado, era a noite dos ensaios da minha namorada e não saímos. Fato que ocorria de quinze em quinze dias.
Nós nos despedimos e fui procurar Carlos. Encontrei ele, mas também vi um grupo de canto, e eram amigos de Helô. Tinha aquela garota que eu não gostava dela. Nem lembro o nome. Fiz careta e ao mesmo tempo agradeci por ter despachado Amanda. Com certeza Helô iria descobrir. Ela me olhou um pouco espantada, na verdade não entendi, mas em seu olhar algo estava evidente, ela me julgava por algo que não sei. Mas deixa para lá, não gosto dela e ela não gosta de mim. Estamos quites.
Carlos veio até mim, com bebidas e eu logo aceitei. Fomos comer. Estava com fome, os exercícios no banheiro foram fortes. Precisava me recuperar.
Eram quase 18 horas quando fomos embora. Tentei ligar novamente para minha Helô, mas seu telefone estava desligado ou fora de área. Fui direto para casa, no outro dia teria que ir a empresa de meu pai. Não gostava de ir lá, mas sabia que precisava começar a tomar conta dos negócios e também, precisa cumprir estágios do meu curso de Administração logo, e seriam lá. Uniria a útil ao agradável.
Ao chegar em casa organizei algumas tarefas da faculdade, liguei novamente para Helô e nada. Será que algo teria acontecido? Não eu saberia. Ela deve estar cansada, sei que trabalha meio período em uma empresa, que me parece que o avô tinha ações, não me preocupei com isso.
Na verdade, sempre que nós nos encontrávamos tínhamos tanta coisa para conversar, adorava beijar ela, ouvi-la cantar para mim. E, o tempo passava e nem via. Era assim com ela, tudo cada coisa que fazíamos era intensa, bem mais do que um sexo, que tinha com outras mulheres. Com Helô era diferente.
Sei que seria criticado por meus amigos se eles soubessem dessa minha queda por Helô. Na verdade, não tem queda é amor, mesmo. Eu o garanhão, com uma moça fora dos padrões. Não sabia como lidar com isso.
E, ainda tinha meu pai que ficava todos os dias falando de uma garota que tinha na empresa e que eu precisava conhecer e blá, blá, blá... Era irritante, nem escutava ele falar, pois imaginava ele brigando comigo por escolher aquela moça simples, do interior e fofinha.
Fui tomar banho e logo me deitei. Em instantes adormeci.
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VERDADEIRO AMOR!
RomanceDepois de muito sofrimento, Heloisa tem a chance de começar de novo. Mas será que sua vida vai mudar? Até que ponto o passado pode transformar o presente de alguém? Veremos neste romance como um linda e adorável jovem conseguirá alcançar a verdadeir...