ESTEVAN

2 0 0
                                    


Estava feliz de estar levando as duas, minhas princesas, à academia de dança. Elas estavam lindas. Todo o trajeto fui ouvindo Bebel falando da dança, do espetáculo que participariam e agradecendo por Lolo gostar de dançar, pois assim, seria a companhia dela. 

Afinal, minha irmã além de não ter talento para dança, não tinha muito tempo, trabalhava muito. Principalmente, desde que aquele cafajeste do pai da Lolo a traiu, ou seja, que ela o pegou a traindo, pois já fazia muito tempo que ele agia assim.

Vi ela elogiando Heloisa, sua habilidades de danças e disse que falava sempre dela para seus colegas, fato que já me desgostou, creio que vai chegar nesta escola terá um bando de "paizão" olhando para ela. 

Meu humor foi a zero, claro. Vi que Lolo percebeu minha irritação,  sei que ela não imaginava que era ela novamente o motivo da minha ira. Porém ficou em silêncio. Admirava isso nela, sempre muito concentrada e discreta. Toda vez que eu estava nervoso, que na maioria era por conta dela, indiretamente claro, ela sabia me respeitar, não dizia nada. Ela até tentou fazer a Bebel calar um pouco, mas a baixinha continuou falante.

Na entrada da academia desci e fui acompanha-las até a porta. 

E, quem eu vejo já me irrita. Sim, é aquele dançarino metido olhando para MINHA Heloisa.

 Fechei a cara claro. E, minha cúmplice também. Bebel já tinha me avisado desse engomadinho. Principalmente, que ele ficava cercando minha Lolo. Eu odeio isso. Espaçoso. 

Minha irmã vive dizendo que ele é lindo e isso e aquilo para ela, que deveria dar uma chance. Mas eu sei que se ela não estiver interessada na pessoa de verdade, não se arriscaria. Ela não namoraria só por namorar. Ela jamais magoaria ou brincaria com os sentimentos de alguém.

Ela agradeceu os elogios dele, mas não deu muita confiança. Ela estava conosco e sabia meu gênio. Claro que não queria problemas. Sei disso, a conheço melhor do que ninguém. Ela levanta a sobrancelha quando está preocupada com algo. E ela fez isso. Mas olhar aquele cara me dava vontade de dar um soco nele.

- Tio fica para nos ver dançar. – Disse Bebel, cortando minha atenção naquele merdinha. Mas eu não podia ficar estava além das minhas forças.

- Se eu ficar, vou matar alguém. – Disse praticamente sussurrando. 

Não sei se Lolo ouviu, mas minha baixinha sim. E, deu um sorriso enorme de gente atentada, doida para um problema.

- Quanto tempo vai demorar o ensaio? – perguntei a Bebel.

- Tio duas horas. – respondeu minha sobrinha, saindo em seguida. 

Então as deixei, nem me despedi de Lolo. A raiva era demais. Carinha atrevido. 

Mas não poderia fazer nada. Ela não era nada minha. Isso mesmo, me recuso a pensar que ela é minha irmã, mesmo que adotiva.

Saindo recebi um telefonema da empresa e resolvi algumas pendências. Tinha contatos com o Brasil, minha empresa era uma seguradora. E, na semana que vem irei receber aqui na minha sede alguns empresários brasileiros. Eu até poderia ir, mas desde que descobri meus sentimentos por Heloisa viajo pouco e frequento mais as reuniões de família. 

Minha mãe adorou isso. Sei que ela sabe o porquê mudei, mas nunca disse nada. Agradeço, pois nem que eu tenha que deixar de ser seu filho, da minha Lolo não abro mão.

Assim que desliguei o telefone recebi uma chamada de minha irmã Andreia.

- Oi, lembrou que tem irmão? O que quer minha irmã favorita?

VERDADEIRO AMOR!Onde histórias criam vida. Descubra agora