11.Viajem (Revisado)

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Música = P!nk - Try

Não esqueçam das estrelinhas e dos meus comentários.

Boa leitura

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***

– Mãe, onde está Eliot? – ela solta um suspiro pesado e depois sorri.

– Está em casa. Felizmente ele só quebrou a perna e tem alguns outros arranhões – sorrio internamente.

– Que alívio.

– Posso te perguntar uma coisa, meu amor? – aquiesço. – Você está gostando do Eliot? – penso por um instante.

– Eu não sei. Quer dizer, ás vezes tudo o que eu quero é me separar, mas ás vezes eu sinto que preciso ficar ao seu lado. Estou confusa.

– É normal se sentir confusa - ela me encara. – Melhor você descansar agora – me dá um singelo beijo na testa, saindo em seguida.

Que bom que Eliot está bem, não acredito que eu pensei no pior. Mas o importante é que agora ele está bem. O que eu disse à minha mãe é a mais pura verdade, eu realmente estou confusa. Finalizando esse pensamento cai no sono.

***

– Bom dia – abro os olhos me deparando com a visão de uma enfermeira. – Vim trazer seus remédios.

– Obrigada – minha voz sai falha.

– Mandaram isso para a senhorita – diz apontando para o buque de rosas vermelhas ao lado da minha cama.

– Quem mandou?

– Sinto muito, mas eu não sei. Agora se me der licença – ela diz e sai.

Depois que ela fecha a porta, estico meu braço e pego o cartão que está no meio do buque.

Junn –

Você ainda vai me matar do coração um dia. Fiquei muito preocupado. Espero que goste das flores e desejo melhoras.

– M.W.

Reconheço a letra e as iniciais, é Mike. Acho muito fofo o fato dele se preocupar comigo. Fico um tempo encarando o pedaço de papel. A enfermeira volta e me prepara para os tais exames. Termino de tomar meus remédios e sou levada em uma cadeira de rodas até à sala de exames.

***

Charles acaba de estacionar em frente à minha casa. Recebi alta logo depois dos resultados não mostrarem nada. Estou um pouco angustiada, quero ver com meus próprios olhos se Eliot está realmente bem.

Charles me ajuda a subir as escadas, estou meio tonta. A porta do quarto de Eliot está aberta, entro de vagar e Charles nos deixa a sós. Ele parece estar dormindo. Então, resolvo apenas dar um beijo no topo de sua cabeça.

– Oi – diz, abrindo os olhos.

– Oi – respondo com voz rouca.

– Me perdoa, por favor, me perdoa? – implora.

– Não precisa se desculpar.

– Preciso sim. É tudo minha culpa, eu bebi de mais.

– Não é só sua culpa – tento consolá-lo

– É, é sim. Por minha culpa eu estou machucado e você também.

– Não se esqueça do carro – brinco.

– Nem me lembre disso – ele sorri e depois volta a ficar sério. – Eu quebrei a minha promessa.

– Não...

Por Livre e Espontânea PressãoOnde histórias criam vida. Descubra agora