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... então, com seus braços fortes ao redor da minha cintura, me escondi no seu abraço, as luz branca reluzente me impedia de enxergar seu rosto mas sinto que é o abraço de Lucas. Com as duas mãos, toco seu rosto macio e selo seus lábios com um beijo suave. Porém suas mãos sobem da minha cintura para o meu seio e começa a aperta- lo, as luzes brancas e a brisa fresca diminuem e interrompo o beijo olhando para o garoto, que antes tinha certeza que era o Lucas, a pessoa no qual estava beijando era o Luiz, que começa a beijar meu pescoço e a cada segundo que passava me sentia mais sufocada.
Luiz, pare!, Luiz, pare por favor! Luiz...

— Pare!
Me sento rapidamente na cama gritando o que estava entalado na minha garganta.
pela luz do sol que entrava pela greta da cortina da janela, ja era dia. Puxo meu celular do carregador e para ver a hora, era seis de dez da manhã, minutos antes de despertador tocar, me levanto da cama e vou para o banheiro tomar banho para aula.

...

No intervalo, estava fugindo do Lucas, passo no refeitório e ele não estava lá, então, provavelmente está nos corredores, no pátio ou na quadra.
Ando para parte de fora da escola e encontro Lucas e Josi no banco com outros colegas do terceiro ano, o casal estavam comparando o tamanho de suas mãos e rindo como criancinhas, acelero o passo fingindo que não vi o casal, porém, ouço chamarem meu nome vindo daquele mesmo lugar.

— Lívia!
olho para o grupinho confusa e quando Lucas olha para mim, tira a mão da mão da Josi e se afasta um pouco dela.

— eu?

— não conheço outra Lívia nessa escola, e olha que estudo aqui desde o fundamental.
José diz, sentado do lado de Lucas.

— é Olivia, não Lívia, cabeção.
Lucas diz dando um tapinha na cabeça de José.

— garotinha, tem cinco reais pra me emprestar?

— pede para algum dos seus amigos, não para mim.

— mas eu quero o seu dinheiro ué.

— vou ficar te devendo, José, não tenho nenhum real.

José se levanta do banco e vem em minha direção pegando no meu ombro.

— então vamos ali comprar um doce comigo.

ele vai me levando para o refeitório sem muita opção, tinha uma multidão em frente a banca de guloseimas, José, usando sua altura de 1,90 ao seu favor, acha o caixa e caminha entre as pessoas sem muito esforço, ele se dá conta que fiquei para trás e volta até mim.

— por que você não está vindo?

— olha quanta gente, eu nem vou comprar nada, pode ir que eu te espero.

ele sem muita paciência, pega nos meus ombros e vai me guiando no meio das pessoas até a bancada.

— e ai, Claudiana, tudo certo com a senhora?

— ei José, tudo bem e com você?
a senhora responde mesmo estando ocupada atendendo vários alunos ao mesmo tempo.

— Clau, essa é minha nova amiga, Olivia. Da uma atenção para ela quando ela for comprar aqui, beleza?

— oi Olivia. Dou sim, pode deixar.

— você vai querer o que?
ele me pergunta.

— eu quero nada, pode pegar o que você quer e vamos embora.

— ô sua lerda, eu te trouxe aqui para você pegar alguma coisa, eu ja sei o que eu quero.

— então pode ser uns chicletes mesmo.

a moça entrega as guloseimas para José e ele tira uma nota de dez reais da carteira, ele pega o troco, a balas e chicletes para nós e saímos da multidão.

Como Tudo Deve SerOnde histórias criam vida. Descubra agora