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Lucas para o carro em frente da minha casa, depois de Luiz quase fazer alguma maldade comigo e Lucas conseguir me tirar de lá e me trazer para casa.

— esta entregue!
Lucas diz desligando o carro.

— apesar do final de festa ruim, eu gostei da festa, da parte de nós juntos.

— estávamos nos divertindo tanto, até o dono da festa estragar tudo.

— obrigada por tudo Lucas.

— fiz nada que minha obrigação, combinamos que você poderia contar comigo pra tudo, lembra?

— na praia, eu me lembro sim.

— amanhã você poderia descansar de hoje, eu posso pegar com algum colega seu todos os deveres, você não vai esforçar com nada. Eu só quero te ver bem.

— obrigada novamente, Lucas.
Me aproximo do rosto dele e dou um beijo na bochecha dele e nós dois sorrimos, sinto que tenho uma imã me atraindo para ele, não o conheço o suficiente para saber o que está pensando, mas espero que estamos pensando a mesma coisa, seus olhos castanhos me encarando e eu implorando seu beijo em silêncio, eu nem me lembro mais a quanto tempo eu espero por isso.
Nesse momento prefiro dizer nada com medo de estragar o clima, estava tudo muito perfeito até começar uma forte chuva do nada, quebro o contato visual para olhar a chuva no vidro.

— eu vou entrando antes que caia o resto do mundo.
com minha mão pronta para abrir a porta, Lucas segura minha mão impedindo.

— você não pode se molhar, calma aí.

— eu posso sim, é rapidinho.

Lucas ignora o que disse e pega um corta vento preto que estava no banco de trás, ele sai do carro e abre a minha porta do carro.

— não quero te ver resfriada, agora você pode sair.
ele faz o casaco como guarda chuva e me acompanha ate a porta de casa, não me molho, ao contrário dele, que ficou de baixo da chuva, abro a porta de casa e antes de fechar agradeço a ele.

— muito obrigada, de novo.

— não tem de quê, princesa. Boa noite.

— para você também, tchau.

fecho a porta e me encosto na porta um um grande sorriso. Isso só pode ser um sonho, o Lucas me salvou e me trouxe em casa! ele é um príncipe.
Ao abrir os olhos desse sonho acordado, tomo um maior susto ao ver minha mãe de pijama sentada no sofá com um livro na mão e me observando por de cima dos óculos de leitura.

— por Deus dona Sara!
ponho minhas mãos no peito com susto.

— esse Uber é educado não é, te trouxe até a porta de casa e ele parece até com um menino que conheci na praia umas semanas atrás. Me conta tudo! pode sentar aqui, depois eu termino meu livro. Em casa meia noite e meia e de motorista...

— mãe, não tenho o que dizer, a festa foi boa, me diverti bastante, o final que não foi muito agradável, mas o Lucas me tirou da festa e me trouxe.
falo ainda de pé.

— e o loirinho, ele foi?

— o José? ele foi...
ela me fez lembrar do José, que sumiu boa parte da festa e só apareceu no final, quando tudo deu errado, o que será que aconteceu com ele?

— qual dos dois você vai me contar primeiro?

— vou contar de nenhum deles, eu e José somos apenas amigos, amigos não, colegas e eu e Lucas... somos alguma coisa, que não sei te dizer o que ainda. Agora, se me der licença, estou morta e vou para o meu quarto.

Como Tudo Deve SerOnde histórias criam vida. Descubra agora