Era oito e meia da noite, terminei uma trancinha que fiz no cabelo, faltava um detalhe diferente no meu cabelo liso escorrido e sem graça, calcei meu tênis vinho (que Mariah surtaria no segundo que visse eu usando junto com meu vestido preto) e passei perfume.
Estava me sentindo muito bonita, com um vestido preto justo e curto, batom vermelho e delineado, meu cabelo apenas com trancinha no lado e meu tênis.
Vou para o andar de baixo para pedir um Uber, não sabia se Mariah iria hoje, ela não comentou nenhuma vez sobre a festa de hoje para mim, então não pedi carona, na volta eu arrumaria um jeito para voltar.
Antes de abrir a porta para sair, minha mãe me dá um susto.— onde a senhorita acha que está indo?
ela diz sentada no sofá, percebo que passei direto por ela, dou meia volta para falar com ela.— mãe! estou indo numa festa na casa de um colega da escola.
— do Lucas?
— Lucas deve ser o único colega da escola que você deve conhecer, não é?
— tem o loiro alto e gatinho que veio semana passada te entregar paçoca também, já são dois.
— nem me lembre dele mãe...
penso alto.— oi?
— nada. É na casa do Luiz, todos vão estar lá, volto antes das três.
— três da manhã!?
— mãe... é uma festa.
— duas e meia, três em ponto quero você no meu quarto avisando que chegou, okay?
— okay mãe!
vou até ela e dou um beijo na bochecha dela.— vem cá, desde quando você vai em festas? quando fazia plantões você não falava que ia em festa.
— quando falava que ia na casa dos amigos eram festas, mãe
— então todas os "mariah está me buscando, vou na casa do fulano" quer dizer que você está indo em festinhas?
— sim... o carro chegou, tchauzinho mãe!
ouço um carro chegando e era o Uber, minha mãe não está fazendo mais plantões no hospital, agora ela faz um horário normal durante o dia, não estou acostumada a vê- la assim durante a noite, conversas rasas e tempo corrido, agora até esqueço que ela está em casa, espero que nossa relação não fique estranha com tanto tempo juntas.Casa do Luiz, outro metido rico, a faixada da casa consegue superar a casa do Bruno e da Mariah, entro na casa e vejo que a festa não é apenas na área de churrasco, e sim dentro dela, a casa é gigante, parece um salão de festas, o teto super alto e os cômodos espaçosos, havia até garçons levando as bebidas ja nos copos e taças.
Um garçom vem até mim e me oferece gin e tônica.
— ainda não, obrigada. Aqui, você sabe onde está o Luiz?— o aniversariante? está na sala de jantar.
o homem aponta para um cômodo próximo aonde estou.— aniversariante... claro, obrigada moço.
Vou até onde o moço me indicou, entro onde seria uma sala de jantar, mas uma mesa grande e comprida é um ping pong com copos com cervejas, onde Luiz brincava com os meninos, ele acertou uma bolinha de ping pong em um copo de plástico, ele começa a comemorar que acertou e bebe a cerveja de vez, vou até Luiz e espero ele terminar de beber o copo.
— oi Luiz!
— loirinha! — ao me ver me dá um abraço bem forte, e, pelo hálito dele, ele já está bem alterado.— nem acredito que você veio, meus dezoito anos não poderia ficar melhor.
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Como Tudo Deve Ser
Ficção AdolescenteOlivia, uma adolescente no ensino médio enfrenta o colegial com sua (talvez?) amiga Mariah e seu grande amor (platônico) Lucas. No meio de tantas festas e o final do ano chegando, ela precisa fazer de tudo para ser notada pelo Lucas. Essa história...