Dois pre adolescentes esparramados no sofá assistindo filme enquanto comiam besteiras e também um pequeno animalzinho peludo no meio deles, ashtray e Hannah, melhores amigos inseparáveis que topam ideias suicidas da garota, o que não sabem que através dessa grande amizade havia uma paixão crescendo. O pai da garota o vigiava com seriedade e o semblante fechado, para sua esposa era bobagem ficar raivoso com um garotinho ao lado da filha, o mais velho não gostava de saber que sua garotinha era amiga do rapazinho envolvido em coisas ilegais.
Mas essa raiva e recente? Não, desde quando os dois eram pequenos e brincavam pelo quintal correndo um atrás do outro, seu pai observava como o rapazinho era afoito e implicante com sua filha, mas não era para tanto, até eles crescerem e virarem pre adolescentes que começou a reparar no jeito do Ashtray com sua garotinha, de como tratava sua filha delicadamente deixando o mesmo incomodado, descobrindo seu envolvimento em coisas ilegais sua raiva no Ashtray aumentou.
No canto da cozinha com os braços cruzados observando eles entretidos no filme e reparando na sua filha pousar sua cabeça no ombro do Ashtray, Sua raiva cresce e para tentar se acalmar coçou sua barba no queixo. O mesmo já tinha avisado milhões de vezes para sua filha que está ao lado de um marginalzinho que se envolve em coisa errada, mas sua filha não o escutava e pensava que era só preconceito com o garoto.
Terminando o filme, o mais velho observou sua filha Hannah desligar a tv e se levantar junto com Ashtray e andarem para porta assim vendo eles saírem da casa, ele então caminha para a janela da sala puxando devagar a cortina para o lado e ver sua filha conversar com o garoto em meio aos sorrisos e por fim abraçaram demoradamente.
—— querido. Deixe o garoto, você implica com ele a anos não cansa?
—— você sabe que eu não gosto dele! Esse moleque quer levar minha filha para o mal caminho.
—— Roger para de pensar nisso! Não ver como ele é cuidadoso e protetor na Hannah?
—— não vejo. —— falou rude virando-se para sua esposa —— toda vez que tento avisar para Hannah sobre ele, discute comigo.
—— com razão né Roger! Toda vez que ele aparece você fica com essa cara fechada.
Resmungou sentando no sofá e logo sentiu as mãos da esposa massageando seus ombros.
—— acha melhor levamos Hannah para Brasil? Passar uns tempos com meus pais? —— sugeriu relaxando na massagem —— passar um tempo estudando no Brasil. Sei lá...uns cinco seis anos?
—— está querendo afastar nossa filha do garoto? —— questionou incrédula
O mais velho ficou quieto pensando na possibilidade de levar sua filha para sua cidade natal, mesmo sabendo que ela não concordaria.
No dia seguinte, Hannah foi para sua escola como de costume e o plano do seu pai estava de pé, mesmo que ela não concordaria que iria viajar no outro dia para o Brasil. O Roger queria ver sua filha estudar nas melhores escolas de São Paulo e de brinde investiria no esporte que Hannah deseja praticar, o vôlei.
Então, Roger decidiu conversar em particular com o garoto avisando no sumiço da Hannah, sem ela saber e claro, descendo do carro tirou seu óculos preto que realçava sua barba branca feita e sua camiseta social branca, caminhando oque parecia ser a casa do garoto chegou na porta e deu umas batidas na madeira esperando alguém o receber, mas sem sucesso, percebendo que a porta estava escorada pegou a maçaneta empurrando devagar revelando o local bagunçado.
Chamou o garoto na mesma proporção que entrava reparando no cômodo bagunçado, o mais velho insinuou que o local era inapropriado vendo uma peça íntima no sofá e coisa ilícitas na mesinha ao lado do móvel, vasculhando o ambiente deu passos lentos para a mesa e antes de pegar um saquinho com um pó branco dentro sente um objeto apontando para sua cabeça.
