No caminho de casa, Christian não disse nada, andava rápido comigo nos braços, parecia não sentir meu peso ou estava com muita raiva para pensar a respeito. Eu só não entendia o porquê daquela sua reação com Raymond, o médico só queria me ajudar, coisa que ele não fez imediatamente.
Por sorte estávamos perto de casa, a porta de entrada foi aberta bruscamente, kal correu para nos receber, pulava nas pernas de Christian animado com o nosso retorno e alheio ao meu estado
- Agora não, Kal! Espera!
Fiquei impressionada ao ver o grandão imediatamente ouvir o comando do dono. Kal nos seguiu e quando pensei que Christian me colocaria no chão, ele subiu as escadas, seus passos eram firmes e ágeis, o suor do seu corpo, junto ao cheiro do perfume era uma combinação inebriante e ao mesmo tempo viciante
- Não precisa me levar!
- Fica quieta, pirralha!
Meus braços estavam em volta do pescoço dele, nossos rostos muito perto e me vi olhando demais sua boca bonita e o furinho no queixo que parecia ter sido desenhado a dedo.
- Você já fez harmonização?
A pergunta saiu meio que sem querer
- Que?
- Harmonização facial
Ele pareceu incrédulo com a minha pergunta repentina
- Não curto esse tipo de procedimento! Mas que tipo de pergunta é essa?
- Só quis saber!
A porta do quarto também foi aberta com grossura, na verdade empurrada com o pé. Fui colocada na cama com cuidado e ele se afastou bruscamente em seguida
- Fica quieta aí!
Saiu do quarto, mas eu tinha companhia e era Kal que me observava atento. Acho que a minha cara de dor devia estar o assustando, mesmo não doendo tanto como na hora da queda, ainda doía bastante. Percebi que uma das minhas mãos também estava ralada e até sangrava um pouco, fiquei observando aqueles machucados e pensando nos últimos acontecimentos, era uma merda eu ter caído de forma tão humilhante não frente de, Christian, logo quando tive uma brecha para estarmos um pouco juntos. Mesmo que para brigar
- Anda, deixa eu ver
Tomei um susto quando olhei para aquele homem gigante, segurando uma uma caixa de primeiros socorros nas mãos. Como ele chegou tão rápido? Me perguntei
- Que?
Revirou os olhos impaciente
- Eu mandei você deixar eu ver o machucado
Arregalei os olhos ao mesmo tempo que o meu rosto esquentou. De repente minha coxa estava prestes a ser tocada e revirada por ele.
- Não!
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Refúgio no amor (vol. 1) O começo
RomanceO amor pode curar até mesmo as feridas mais profundas... Alice é uma garota descolada e divertida que decidiu mudar-se do Brasil para a casa do seu irmão, em Toronto no Canadá, com o foco em estudar arquitetura. Uma romântica de carteirinha, mas co...