O amor pode curar até mesmo as feridas mais profundas...
Alice é uma garota descolada e divertida que decidiu mudar-se do Brasil para a casa do seu irmão, em Toronto no Canadá, com o foco em estudar arquitetura. Uma romântica de carteirinha, mas co...
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Procurava por alguma coisa que explicasse eu estar me sentindo tão vazio, nada era bom o suficiente ou agradável. As noites haviam se tornado minhas inimigas, não tinha ânimo para o trabalho ou qualquer outra coisa.
A ultima mulher com quem eu havia estado tinha sido Alice, e por mais que eu negasse a mim mesmo, trocentas vezes, era por ela que eu estava bagunçado daquele jeito e isso levou tempo até eu aceitar.
No momento em que encontrei Alice, cheia de assunto com o doutorzinho de quinta categoria, algo muito estranho e ruim tomou o meu peito. Era como se o fato dela estar conversando com ele fosse muito errado e me ferisse de um jeito seco. Não queria ter me sentido feito um animal selvagem querendo abocanhar a sua presa, mas era desse jeito que estava me sentindo, louco para pegar aquele cara e torcer o seu pescoço.
Nos últimos dias eu tinha poucas informações sobre Alice, e tudo que conseguia ter, com muita dificuldade, era através de Jamie, que chegou a estranhar o fato de eu perguntar sobre sua irmã, com tanta insistência e frequência. Dei a desculpa de que fiquei preocupado em ela estar passando por algum problema, pois havia sumido da minha casa alegando uma viagem. Uma maldita viagem!
Vivia um conflito interno, experimentando sensações novas e me fazendo de difícil comigo mesmo, mas no fim, tive que engolir que era por Alice que a minha vida estava aquela desordem. Por diversas vezes tentei vê-la, sem êxito, Alice parecia me evitar em todas as tentativas, nada era como antes, ela já não fazia tanta questão em falar comigo, como fazia antes. Me perguntei se ela havia esquecido da nossa última conversa, em que me garantiu que continuariamos amigos. Onde estava a droga da amizade, então? Se nós mal conversavamos e eu continuava sendo um contato bloqueado da sua lista.
Não que eu estivesse tão sentido por isso, lógico que não, mas era no mínimo estranho Alice ter mudado tanto. Depois que ficamos ela não era a mesma
- E aí cara, que milagre você aqui hoje!
Jamie me recebeu sorridente, mas meu humor estava mais afetado que de costume
- Oi!
Me joguei no sofá da sala, ainda sentindo aquele negócio estranho corroer-me por dentro
- Você está bem, Chris?
- Sim, estou bem!
Jamie estreitou os olhos e sentou na poltrona ao lado do sofá
- Como está com a Melinda?
Tirei o foco da conversa de mim, precisava pensar em outra coisa que não fosse, Alice conversando do lado de fora com aquele homem.
- Ah, estamos indo devagar, sabe como é... Um passo de cada vez
- Já falou sobre ela com a Alice?
- Sim, ela ficou muito feliz...
- Isso é bom! Você não tem uma irmã ciumenta e pegajosa
