Capítulo 38 🦋

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- Você precisa ficar de olho na sua irmã, Jaime!

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- Você precisa ficar de olho na sua irmã, Jaime!

Falei meio que sem pensar, assim que Alice fechou a porta atrás de mim. A aflição que me atingiu, ao ouvir que Alice sairia naquela noite, não pode ser descrita. E não que eu tivesse direito

- Por que? Ela te contou alguma coisa?

Meu amigo perguntou preocupado. Eu realmente vomitei as palavras sem perceber muito que estava fazendo merda

- Não, Alice não me contaria nada! Eu... só acho que ela é só uma garota e não seria bom andar sozinha por aí

Ele passou a mão nos cabelos, um pouco cansado. Jaime andava se preocupando muito com Alice, as vezes eu tentava sondar o que estava se passando com ela, mas não conseguia nada. O meu amigo era muito discreto em relação a irmã

- Eu não posso prendê-la em casa. Ali, cresceu e eu estou tentando aceitar isso... além do mais, ela não sai sozinha, as vezes o Ray a acompanha e isso me faz ficar mais tranquilo

A merda do sentimento ruim bateu em meu peito. O fato dela dar espaço para aquele bastardo, me deixava irritado demais. Me controlar, se tornou difícil e era o que eu mais fazia naqueles últimos tempos.

O meu último encontro com Alice me deixou quebrado. Lidar com ela, se tornou um desafio para mim, eu me via fazendo coisas que em meu estado normal jamais faria, falando coisas que eu se quer, sabia ter a capacidade de falar e depois, remoía tudo em minha mente, porque era como se outro homem, estivesse tomando a minha identidade, um Christian novo queria vir a tona e eu não permitiria.

Eu não havia construído uma vida sendo gentil e amável, pelo contrário, tudo a minha volta, era fruto de trabalho duro, de uma mão de ferro para manter tudo de pé. Mas o fato de Alice ter entrado em minha vida, aos poucos estava derrubando barreiras das quais eu não me sentia pronto para deixar caírem, me faziam sentir nú e vulnerável

No dia em que Alice esteve na Dragons, eu não pensei muito e acabei metendo os pés pelas mãos. O fato dela estar ao lado do médico, bateu com força em mim e a única alternativa que encontrei, foi tirá-la dos braços dele, sem ao menos pensar no que faria depois.

Enquanto ela dormia, eu não preguei os olhos, lhe fazia cafuné e ao mesmo tempo me perguntava o que eu estava fazendo com ela ali, em meus braços, tão meiga e doce, dormindo feito um anjo. Me neguei a aceitar o que poderia ser um sentimento em meu peito, deixei Alice de lado e busquei meu celular.

Com o coração acelerado e uma sensação estranha no peito, liguei para Maison, meu terapeuta e mesmo de madrugada, no segundo toque ele atendeu. Contei tudo que estava acontecendo, mas não aceitei suas instruções, pois elas iam contra o que eu acreditava que funcionaria para mim.

No fim, deixei que ela fosse embora e de lá em diante a minha vida era um caos. Pois sentado em frente ao meu amigo, eu tinha que tentar lidar e disfarçar o incômodo ao ouvir o nome Raymond. Tentava ocupar a mente com o trabalho, mas muitas vezes ia a empresa do seu irmão somente para tentar vê-la

Refúgio no amor (vol. 1) O começo Onde histórias criam vida. Descubra agora