Capítulo 06 🦋

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Eu andava um pouco perdida em mim mesma, não entendia aquela necessidade que sentia de ser aceita por Christian, de ser notada por ele, talvez nunca ter vivenciado nada parecido fizesse com que eu me sentisse tão perturbada com a situação

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Eu andava um pouco perdida em mim mesma, não entendia aquela necessidade que sentia de ser aceita por Christian, de ser notada por ele, talvez nunca ter vivenciado nada parecido fizesse com que eu me sentisse tão perturbada com a situação. Naquela manhã de sábado, eu fiquei na cama mais do que deveria, assim como fiquei durante toda a semana, mas o meu intuito no momento, era me entender, saber o porquê de estar tão incomodada em não ser querida por alguém. Definitivamente o sentimento de rejeição é um dos piores que existe e eu pude sentir na pele.

Depois de pensar e repensar sobre os acontecimentos daquela semana de caos, me puni ao ter criado uma certa expectativa em relação a Christian ao longo do tempo. Eu estava em Toronto a pouco mais de um ano e nunca conseguimos nos conhecer pessoalmente, por vários motivos e um deles era a justificativa de que o caridoso Christian era muito fechado e ocupado. Apesar dele e Jaime serem amigos próximos e se verem constantemente, não houve a oportunidade de eu conhecê-lo, o homem viajou muito naquele período e só na França, precisou morar por seis meses, devido a negócios que tinha por lá.

O que era mais estranho é que até os meus pais o conheciam, tudo bem que por vídeo, mas tinham tido algum tipo de diálogo com o querido que falava pouco, segundo a minha mãe, mas era muito amável. O meu irmão e Christian se conheceram ainda adolescentes, porém se afastaram por alguns anos e só voltaram a se encontrar dois anos antes de eu ir morar com Jaime.

Com todos os elogios que eu ouvia o meu irmão tecer em relação ao amigo e até o respeito que ele cativou dos meus pais, mesmo a distância, fora que eu vivia vasculhando a sua vida na internet e vendo as fotos perfeitas que ele ostentava por lá, tive que assumir a triste realidade de que acabei miseravelmente adquirindo uma espécie de paixão platônica por aquele indivíduo mal educado e duro e o problema que só percebi essas duas últimas "qualidades", na prática.

O fato de Jamie falar tão bem do amigo, junto a cara de bom moço nas fotografias, me fizeram criar expectativas, não que ele fosse me olhar como mulher, pois Christian já era um homem experiente, 12 anos mais velho do que eu. Mesmo que a idade não fosse relevante para mim, imaginei que para ele ou meu irmão, seria algo a se considerar. O fato é que aquele homem rude, estava tirando o meu sono e dominando a minha mente como se fosse parte essencial do meu sistema.

Minha vida amorosa era uma perfeita catástrofe, tive dois namorados, onde um me traiu e o outro decidiu ir embora, da noite para o dia quando eu ainda morava no Brasil. Portanto, não entendia muito de relacionamentos e tampouco, havia sentido pelos outros, algo a ser considerado se quer paixão, nenhum mexeu comigo, como Christian mesmo com toda a sua arrogância. Contudo, eu teria que lidar com as frustrações diárias e com o gênio difícil dele, teria que lidar ainda com as mais diversas sensações que ele causava em mim e aceitar que as coisas eram como tinham que ser com ele. Difíceis

Depois de tomar um banho demorado e lavar os cabelos, desci até a cozinha. Como era sábado, Flora estava de folga e eu faria o almoço, estava pensando em algo legal e simples, que possivelmente agradasse tanto a mim como ao "senhor mal humor". Eu não tinha obrigação de cozinhar para ele, tampouco sabia se ele comeria da minha comida, entretanto fiz o suficiente para duas pessoas.

Refúgio no amor (vol. 1) O começo Onde histórias criam vida. Descubra agora