Capítulo 15 🦋

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Se existia uma coisa da qual eu tinha dificuldade, era pedir desculpas e o fato de Alice estar me ignorando, não facilitou

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Se existia uma coisa da qual eu tinha dificuldade, era pedir desculpas e o fato de Alice estar me ignorando, não facilitou. Eu sei que não rolou uma boa vontade da minha parte em fazer o pedido da maneira certa e que o meu jeito rude, só dificultou as coisas. Mas poxa! Tinha que ser tão dura?

Alice estava conseguindo me deixar confuso, louco, raivoso e agitado. Minha mente trabalhava além da conta para tentar entender e assimilar tudo que estava acontecendo em minha volta, naquelas últimas semanas. Tudo era novo, eu chegava perto dela e sentia umas coisas esquisitas, meu coração acelerava e pra mim, era um mal sinal, com certeza um péssimo sinal. Eu não me apegava a pessoas, não me cercava por elas e não dividia minha vida, exceto com Jamie.

Mas Alice tinha algo que me puxava pra perto, me fazia querer cuidar dela, não era só algo carnal, percebi com o passar dos dias que estava encantado pelo jeito dela, a forma que andava, falava, como era carinhosa e atenciosa, como seu sorriso se abria e alcançava os olhos expressivos e sensuais. Me peguei observando-a além do que devia, esperando que dormisse para invadir seu quarto, na calada da madrugada e vê-la dormir tranquilamente. E merda, parecia um anjo!

Naquele dia, ao vê-la tão vulnerável como a encontrei em seu quarto, me fez querer estar perto, cuidar de cada pedacinho seu, de aquece-la. Me apeguei ao fato dela ser irmã do Jamie para justificar a necessidade em cuidar da Alice, eu precisava de um halibe que me justificasse  e a primeira coisa que me veio a cabeça foi isso.

E com toda a confusão que estava minha mente, desci até a cozinha para fazer algo apetitoso para ela comer. Alice havia passado fome o dia inteiro, o que me deixou mal, por isso, fiz uma bandeja repleta de comida e levei para ela no quarto. Ela era imprudente, me fazendo ter vontade de, educa-la com boas palmadas, talvez fosse um bom jeito de lhe ensinar bons modos.

- Toma, come!

Ordenei, colocando a bandeja sobre a cama, recebendo aquele olhar de repúdio, definitivamente, ela odiava o jeito que eu a tratava em alguns momentos. Contudo, sentou na cama, puxou a bandeja e bebericou o chá de hortelã

- Obrigada de novo...

Sentei na cama sem dizer nada e cruzei os braços, era estranho ter uma mulher em minha cama, ainda mais sem que fosse para dormir comigo, mas ali estava Alice, de rostinho corado e olhos arregalados pra mim. Tão linda e tão inalcançável

- Esse é o seu quarto?

Perguntou curiosa

- Sim...

- É bonito!

- Obrigado...

Precionei o polegar nos lábios, Alice bebia seu chá e acarinhava Kal. Haviam momentos em que eu precisava me controlar para não encara-la demais, porém era praticamente inevitável, quando menos esperava, estava a dissecando. Eu tinha passado o dia inteiro pensando nela, preocupado por ela não descer, não se alimentar e por muitas vezes, quis subir para saber se estava bem, se queria companhia ou conversar um pouco, saber se sua proposta de sermos amigos ainda estava de pé e senão, faze-la mudar de ideia

Refúgio no amor (vol. 1) O começo Onde histórias criam vida. Descubra agora