Capítulo 16 🦋

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Praticamente não dormi durante a noite, por receio que a febre da Alice voltasse e eu não pudesse socorre-la

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Praticamente não dormi durante a noite, por receio que a febre da Alice voltasse e eu não pudesse socorre-la. Sem falar que era estranho dividir a cama com uma mulher, unicamente para dormir, então, optei por ficar acordado e tive a companhia de Kal.

No meio da madrugada, a voz mansa chamou minha atenção. Eu estava no computador, dando uma checada nas câmeras de segurança externas da casa. O costume de controle caminhava comigo

- Christian?

Desviei os meus olhos da tela, para encarar aquele rosto bonito de olhos expressivos a me encarar

- Diga, Alice! Se sente mal?

Meu tom de voz entregou uma certa preocupação, mesmo tentando não demonstrar

- Não, eu estou melhor!

- Então?

- Você não vai dormir?

- Depois...

Voltei a atenção para o computador novamente. Mas Alice continuou a me encarar insistente

- Que horas são, Christian?

- Quatro da manhã, Alice

Seus olhos se arregalaram assustados

- É muito tarde, precisa descansar, você tem trabalho!

- Eu estou bem, não se preocupe comigo

- Costuma passar a madrugada acordado ou é por que eu estou na sua cama?

Soltei uma lufada forte de ar e revirei os olhos, Alice e suas perguntas difíceis. Tirei o computador do colo e apoiei os cotovelos nos joelhos, juntando as duas mãos e a encarando em seguida. Ela não desistiria

- Eu não durmo com estranhos, Alice!

Ela apertou a mandíbula com força, seu rosto se fechou. Aquilo era decepção?

- Entendo...

- Mas fique a vontade, vou malhar daqui a pouco!

- Tudo bem, Christian... Acho que posso me virar sozinha! Já me sinto melhor

- Ok!

Levantei e fui ao banheiro, alguns minutos se passaram, quando voltei, Alice estava quieta, não havia voltado a dormir, ela não me disse mais nada, fitava o teto branco de gesso, como se fosse seu ponto de refúgio

- Precisa tomar o anti inflamatório para a garganta, já é hora!

Informei depois de olhar no relógio. Peguei o remédio na caixinha e entreguei, junto a água. Sem dizer nada, ela tomou, eu já estava incomodado com aquele seu silêncio repentino, era certo que eu havia a deixado chateado pelo modo que me referi a ela, como uma estranha. Não que Alice fosse, pelo contrário, eu tinha uma certa empatia com ela e por incrível que parece, apreciei sua companhia, vê-la em minha cama era estranho e bom ao mesmo tempo

Refúgio no amor (vol. 1) O começo Onde histórias criam vida. Descubra agora