O amor pode curar até mesmo as feridas mais profundas...
Alice é uma garota descolada e divertida que decidiu mudar-se do Brasil para a casa do seu irmão, em Toronto no Canadá, com o foco em estudar arquitetura. Uma romântica de carteirinha, mas co...
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Entrei no quarto e fechei a porta, precisava pensar, tinha que tomar uma atitude e talvez fosse extrema, mas tinha que fazer algo por mim, algo que me acalmasse, ficar naquela casa nos próximos dias não me faria bem, não ficaria em paz, pensando na possibilidade de Christian aparecer com outra no dia seguinte ou a mesma o que seria pior.
Nos minutos seguintes as lágrimas resolveram rolar, tive raiva por ter testado os meus limites, por ter ficado com um homem que eu estava apaixonada sem nem mesmo saber e que não queria nada comigo e fez questão de deixar isso claro. Foi pedir pra sofrer e ali naquele quarto escuro, sentada no tapete senti vários sentimentos machucarem o meu peito.
Nos primeiros momentos, eu não sabia o que fazer, a única ideia em minha cabeça, era a de que precisava arrancar aquele sentimento de dentro de mim, tinha que tirar Christian da cabeça enquanto era tempo, ou sofreria muito pior, caso ficasse fantasiando feito uma boba, momentos agradáveis e felizes ao lado dele.
Decidi então sair da sua casa, esse foi o meu primeiro grande passo a ser dado, dividir o mesmo teto com ele não me ajudaria em nada, não me sentia capaz de olhar em seus olhos novamente sem transparecer o que sentia e até me senti capacitada para isso, teria que me afastar. Só que fazer isso, sem deixar Christian perceber que eu estava na realidade fugindo dele por fraqueza, não séria tarefa fácil eu precisaria ser ninja pra me sair sem drama.
A primeira coisa que fiz ao levantar do chão, foi arrumar uma mala média, com coisas para uma ou duas semanas, não sabia ao certo quanto tempo ficaria fora e isso me traria grandes problemas tanto na faculdade quanto com Jamie, que estranharia a minha atitude irresponsável em deixar os estudos e o trabalho, ainda mais que faltavam apenas três dias para que ele estivesse de volta. Só que algumas vezes na vida, as circunstâncias falam mais alto e naquele momento o meu psicológico precisava ser socorrido. Enfiei tudo nas malas de qualquer jeito, não perderia tempo arrumando, não tinha saco e nem paciência.
Peguei o meu celular e disquei para a única pessoa que me entenderia naquele momento e no terceiro toque ela atendeu
- Maddie!
- Alice, o que houve? Você parece...
Maddie de cara percebeu minha voz embargada
- Sim, eu estou mal, preciso de ajuda e de um ombro, pode me ouvir por umas horas?
- Alice, claro! Onde nos encontramos?
- Eu posso passar na casa da sua tia, daí a gente pode ir a algum lugar e te conto tudo!
