Capítulo 10 🦋

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Ouvir certas coisas de quem você não nutre nenhuma espécie de sentimento é algo tolerável e não costumava me deixar mal, opiniões desconhecidas eram pouco relevantes no meu dia a dia, mas ouvir de Christian, o homem que fazia o meu coração bater m...

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Ouvir certas coisas de quem você não nutre nenhuma espécie de sentimento é algo tolerável e não costumava me deixar mal, opiniões desconhecidas eram pouco relevantes no meu dia a dia, mas ouvir de Christian, o homem que fazia o meu coração bater mais forte, caiu como uma bomba no meu psicológico. Eu ainda não sabia ao certo o que sentia por aquele homem rude, mas era algo forte e me peguei a possibilidade de ser só atração. Logo passaria

Depois da discussão com Christian, eu só queria ficar na cama quietinha, fechar os olhos e fingir que nada aconteceu e que ele mais uma vez havia sido estúpido comigo. Queria tentar dormir, mesmo sem sono e foi exatamente o que fiz, me cobri dos pés a cabeça e fiquei na minha, pelo resto da tarde, esperando a segunda-feira chegar para eu ir correndo, fazer uma reserva em algum hotel da cidade. Nós não dávamos certo juntos, mesmo após algumas tentativas, nada que eu fizesse parecia bom o suficiente para aquela montanha de músculos, grossa e sem coração.

Quando o dia foi embora, eu não aguentava mais pensar nele, em tudo o que aconteceu e me questionar o "por quê", de algumas coisas. Por que eu não era aceita; por que tudo que eu fazia o irritava; por que ele era tão grosso e insensível em alguns momentos e tão cuidadoso em outros. De tanto pensar, minha cabeça doeu, então resolvi ligar o tablet e ver um filme, quietinha em baixo do cobertor.

Quase no final do filme, senti algo pesado cair sobre mim, dei um gritinho contido e era Kal, que me encheu de lambidas e esperava ansioso pelo carinho. A luz do quarto foi acesa inesperadamente e Christian estava parado na porta, de braços cruzados, me observando com suas feições trancadas e carregadas de sentimentos não identificados. Só poderia ser raiva, já não acreditava que ele sentisse outra coisa em relação a mim que não fosse raiva em excesso.

- Sua pizza chegou faz tempo!

O ignorei, ainda sentia a raiva percorrer o meu corpo pelas suas grosserias, sem falar que entrar no meu quarto sem pedir licença, tinha virado um costume seu

- Não vai comer?

Continuei dando carinho a Kal, sem dar a mínima a estátua gigante parada na porta. Ele resmungou algo que não consegui entender e saiu.

- Ele é complicado, Kal!

Falei enquanto dava carinho ao bicho. Voltei a pôr os meus fones de ouvido para ver o restante do filme, Kal ficou deitadinho na cama junto comigo, eu lhe dava carinho, ao mesmo tempo que assistia

- Vai ter que me dar licença, companheiro!

Meus olhos custaram a crer, só podia ser alguma espécie de alucinação, pois Christian estava em minha frente com uma bandeja nas mãos, nela, a pizza, refrigerante e uma água.

- Kal, senta!

Obediente, Kal sentou

- Agora você!

Apontou em minha direção com seu jeitão autoritário

- Não estou com fome!

- Está sim, só está com raiva de mim e por isso, não quer comer!

Refúgio no amor (vol. 1) O começo Onde histórias criam vida. Descubra agora