Capítulo 21. Irmãzinha

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   Os lábios dele era macios e hidratados, o seu toque em meu pescoço me dava arrepios, enquanto sentia suas mãos subindo por minhas coxas até a cintura. Segurei seu pescoço, Megumi sorriu e jogou-se para trás. Pressionei minha cintura contra a dele deixando-o ofegante, Megumi colocou as mãos em minha cintura por baixo da camiseta e puxou contra ele mesmo. O senti entre minhas pernas por cima da roupa.

Você é linda. — Ele sussurrou, senti meu corpo vibrar. Puxei seu rosto e mordi levemente sua orelha, usei minha língua para sentir seu rosto áspero. — Aki...

Eu sei. Desculpa. — Sussurrei, me ajeitei em seu colo mais uma vez. Jujutsu estava escura, silenciosa, a única iluminação era da luz da lua entrando por uma pequena brecha na janela. O clima estava perfeito, Fushiguro deixava tudo perfeito, a sensação de estar em cima dele tornava tudo ainda melhor.

Não se desculpe. — Ele disse seriamente, quase como uma ordem. Puxei seu rosto e continuei o beijando até parar de sentir meus lábios, puxei seus cabelos com delicadeza fazendo-o inclinar a cabeça para trás, as veias em seu pescoço ficaram tão aparentes que me fez salivar.

Megumi segurou meus pulsos e ficou por cima, meus olhos estavam tão vermelhos que quase refletiam em seu rosto. Eu estava quase perdendo o controle, ele percebeu e me encarou sem hesitar. Senti seu joelho subir por entre minhas pernas, ele se aproximou e me beijou intensamente.

Nunca havia notado como era macio, o lençol daquela cama. Não até aquele momento, até me segurar com tanta força, como se o tecido fosse uma corda e precisasse puxá-la até chegar ao topo. A sensação era quase a mesma, bastava segurar a corda e continuar subindo, escalando cada elevação até finalmente chegar ao topo e sentir a brisa revigorante.

Meu corpo se desmanchou no acolchoado macio, Megumi se jogou ao lado e me puxou pela cintura. Me ajeitei formando uma perfeita concha, ele deixou um beijo no topo da minha cabeça suspirou. Fiz o mesmo, não pude deixar de esboçar um sorriso, satisfeita com o momento.

— Descansa, temos treino amanhã. — Ele disse e fechou os olhos, afirmei.

Mesmo entre seus braços e com meu corpo relaxado, pronto para me fazer adormecer ali mesmo. Não conseguia parar de pensar no outro dia, em quando encontrei meus pais e eles pareciam estar nervosos. Aquele corpo trêmulo, a forma como minha mãe queria chamar minha atenção... me fez pensar por muito tempo. Não consegui dormir direito naquela noite, acordei assim que o Sol deu seus primeiros resquícios de luz. Saí da cama, Megumi rolou para o lado resmungando, fui até o armário e me troquei.

Era por volta das seis horas da manhã, um pouco cedo para visitar meus pais, mas o suficiente para conferir se estavam bem ou não. A imagem deles repassava repetidas vezes na minha cabeça, a sensação de ter algo errado era constante.

Peguei um táxi até minha casa, pedi para o motorista parar um pouco longe para não chamar atenção dos vizinhos. Contudo, segui o resto do caminho calmamente até minha casa. Como esperado, a vizinhança parecia um tanto quieta demais, a esta hora o estabelecimento perto de casa já devia estar aberto. Podia ser apenas coisa da minha cabeça, para garantir fui até o portão e considerei entrar... a vontade passou assim que me lembrei da última vez em que estive naquele lugar.

Afastei minhas mãos e em seguida meu corpo, estava prestes a dar as costas quando senti algo. Uma energia sombria percorreu toda a minha espinha, aquela energia era diferente de todas as outras, ela parecia mais com a minha própria energia. A sensação vinha direto da casa, me virei na sua direção e estremeci. Abri o portão e corri até a porta, girei a maçaneta entrando facilmente na casa. Olhei em volta, tudo estava tão quieto...

BLOODBURN, Megumi FushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora