Capítulo 19. Comigo (MF)

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Megumi Fushiguro

   Seu corpo em cima do meu me deixava descontrolado, era difícil me manter calmo, paciente, acompanhando o seu tempo. Akiko era a garota mais gostosa que já conheci, não me referindo ao corpo e aparência, mas a sua alma, sua existência me deixava eufórico. Mesmo apreciando cada segundo sentindo-a em meu colo, seu corpo estava hesitando, ela não parecia confortável e seu olhar parecia de preocupação.

— Não precisa fazer isso. — Sugeri, ela me encarou com aqueles olhos de raposa avermelhados, fiquei sem reação, engoli a secura em minha garganta. — Você parece preocupada.

— Não quero te deixar desconfortável. — Ela me disse com aqueles olhos arregalados feito duas bolas de vidro, suspirei aliviado e me joguei para trás.

— Eu sou um feiticeiro Jujutsu, não é uma garota em cima de mim que vai me deixar desconfortável. — Respondi rapidamente, sem peso na consciência. Quando notei, ela estava vermelha novamente. — É só isso?

Akiko moveu sua cabeça como resposta, estiquei os lábios e aproveitei para ajeitar-me na cama, puxei suas coxas para cima fazendo-a sentar no meu colo. Tê-la tão perto de mim, me deixava rígido, tenso, mas ao mesmo tempo agradecido. Levei minha mão até o seu pescoço e deslizei até a nuca, tocando seus cabelos macios feito seda. Ela segurou minha mão e puxou meu rosto, trocamos beijos, senti sua língua molhada tocar a minha com perfeição.

A puxei para perto, Akiko segurou meu maxilar com força, senti seu beijo tão intensamente que pensei estar em um sonho até uma picada me fazer acordar e voltar a realidade. Ela se afastou com os olhos arregalados e a respiração desregulada.

— Ai. — Eu disse, sentindo o gosto metálico em minha boca, Akiko havia mordido meu lábio inferior por acidente.

— D-desculpa. Me desculpa. — Ela disse repetidas vezes tentando demonstrar que não fora intencional, uma linha de sangue escorreu pelo meu queixo, mesmo de um corte tão pequeno.

Aquela postura, seus olhos estavam vermelhos feito sangue vivo, e seus dentes afiados como os de um tubarão. Passei o dedo na ferida para limpar o sangue, o gosto metálico não era tão ruim. Analisei sua postura em cima de mim e senti meu corpo ferver, queria poder encostar em cada parte dela, poder levá-la ao seu ápice, mas não podia a menos que ela pedisse.

— Relaxa. — Respondi, suspirei novamente, Akiko se ajeitou mais uma vez me fazendo quase enlouquecer. — Aki. Se você se mexer de novo eu não vou me segurar.

— O-o que? — Ela perguntou num tom inocente, puxei seu rosto outra vez e continuei os beijos. Subi minha outra mão lentamente pela sua cintura até o seu seio, o agarrei de mão cheia, ela soltou um gemido.

Suspirei em seus lábios, ela se ajeitou pela milésima vez, por acidente esfregando sua cintura contra a minha, me fazendo arfar.

— Me desculpa, não vou fazer de novo. — Ela sussurrou inocentemente no meu rosto, sua postura era de preocupação, parei de beijá-la e me joguei para trás.

Caí de braços abertos na cama tentando obrigar meu corpo a relaxar, Akiko franziu o cenho, escondi o rosto em minhas mãos.

— Você quer parar? — Ela sugeriu, não respondi, estava constrangido pelo meu descontrole. — Fushiguro...

— O que acha de... ficarmos por aqui hoje. — Me sentei e pedi, ela deu de ombros sem entender.

— Tudo bem, e-eu não quero apressar as coisas.

— Eu sei, claro que não, sou eu quem quero apressar. — Resmunguei, me inclinei para frente e encostei a cabeça em seu estômago, ela me abraçou. — Desculpa.

BLOODBURN, Megumi FushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora