Capítulo 25. Envolvida

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   A voz de Geto na minha cabeça ainda era como um pesadelo enquanto estava acordada, se passava repetidas vezes, me dando calafrios repentinos. Aoi não se pronunciou depois disso, ela parecia já saber que nossos pais não eram mesmo nossos desde o começo. E a ideia dela não ser apenas uma maldição dentro de mim, mudava completamente meu papel na história... agora eu me sentia um vilã.

Não comentei muito mais sobre isso, mesmo com Gojo, depois de confrontá-lo sobre Geto. Ele parecia chocado, incapaz de me dizer se era realmente verdade. O suposto dia em que Geto efetuaria seu plano havia chego, não obtivemos nenhum sinal sequer de maldições ou notícias de um ex-aluno da academia. Até o momento, tudo não se passava de uma conspiração.

— Talvez ele estivesse blefando, só para assustar. — Nobara me disse tentando aliviar a tensão, Yuji e Megumi estavam treinando com Panda enquanto Maki os observava.

— Talvez ele nem seja seu pai, podia estar brincando. — Yuji acrescentou, Nobara o fuzilou com os olhos. Megumi o acertou no meio da cara. — Ai!

— Presta atenção. — Ele disse, escondi o rosto em minhas mãos desapontada.

— Senhorita Hayashi. — Um dos professores apareceu, um feiticeiro de nível especial, o mesmo de cabelo espetado e óculos escuros, capaz de manipular fantoches.

— Senhor? — Maki se levantou, ele a cumprimentou. Os garotos pararam no mesmo instante. — Algum problema?

— Achamos melhor que, para a segurança da senhorita Hayashi, que venha conosco agora.

Me levantei de cabeça baixa, passei por ele, o senti colocar a mão em minhas costas me guiando. Um recado para deixar claro que era para o bem deles mesmos, e não meu.

— Senhor, é mesmo necessário? — Panda perguntou, ele não respondeu.

— Qual é, estão com medo? O hospeiro do Sukuna anda livremente pelos corredores. Qual o problema com ela? — Nobara apontou, Yuji ficou ao seu lado afirmando a informação.

— É para o bem de vocês.

— E desde quando se importam com a gente? Vocês só se importam com o bem de vocês mesmos. — Megumi retrucou, Nobara me seguiu com os olhos.

— Vou ligar para o Sensei Gojo. — Yuji puxou o celular, o professor se contrapôs.

— Ele já sabe.

— E não fez nada?!

— Pessoal. Tudo bem. — Chamei atenção de todos ali presentes, não os encarei, envergonhada.

— Se pensarem melhor, eu posso ter indiretamente ameaçado o Sensei Gojo e o Itadori... já que nada aconteceu, e ainda mencionei um ex-aluno com um histórico ruim. Faz todo sentido me levarem por precaução.

— Vamos. — Ele me guiou, olhei para trás uma última vez. — Os manterei informados.

— É melhor mesmo! — Nobara disse irritada, Megumi e Yuji ficaram parados, estáticos e pensativos.

Segui os corredores em frente ao professor, ele me guiou até a sala do diretor. Senti um arrepio na espinha, como se soubesse que algo ia acontecer. Parei em frente a porta, que ficou distorcidas, como um borrão causado pelo nervosismo.

— Não fique assustada. — Ele pediu, afirmei mesmo sem saber o porquê do pedido. Ele abriu a porta, me deparei com o diretor no centro do cômodo, um velho feiticeiro com uma energia tão poderosa que conseguia ver sua aura. Ao lado, estava Gojo, é claro que ele sabia...

— Por favor, sente-se senhorita. — O direto apontou, olhei em volta e me sentei levemente desconfortável. De repente algemas saíram dos braços da cadeira e me prenderam no lugar, tentei me soltar, olhei em volta.

BLOODBURN, Megumi FushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora