Caminhei até o casal de amigos fofinhos, Nobara acenou para mim e arregalou os olhos.
— Nossa, seu cabelo estava sujo assim ou é impressão? — Apontou, joguei meu cabelo para trás.
— Realmente, foi revigorante lindinha. — Me aproximei e passei a mão por cima do seu ombro. — Esse fofinho é o receptáculo do Sukuna não é?
— Por que você ta falando assim? Você bebeu? Nem nos chamou. — Nobara cruzou os braços, me afastei e coloquei as mãos nos bolsos.
— É verdade. Esqueci que ela é bem sem sal. Eu faço o que? Jogo os cabelos pra frente assim, e fico torta. Deus, essas costas. Eu poderia ser modelo se tivesse a chance, mas cresci como uma alma penada, literalmente. — Soltei uma gargalhada, Yuji e Nobara estavam me encarando preocupados, sem saber o que aconteceu.
— Vocês estão aí. — Me virei e me deparei com Megumi, ele parecia completamente normal, como se nada tivesse acontecido.
— Você sobreviveu mesmo. — Cruzei os braços, senti meu nariz escorrer.
— Tem um pouco de sangue aí. — Yuji apontou, esfreguei o braço, limpando o sangue no tecido.
— Agora eu entendi, eu também teria raiva desse rostinho bonito. — Soltei uma risada frouxa, Megumi franziu o cenho. — Nossa que fome, vamos comer?
— Está falando daquele sashimi? — Megumi perguntou, Nobara e Yuji trocaram olhares preocupados.
— O que ta rolando com esses dois?!
— Sashimi? Não. Eu quero algo com tentáculos e bem vivo de preferência. — Dei outra risada e enrolei meu braço no de Megumi, ele me fuzilou com os olhos. — Anda, me leva pra jantar fofinho.
— O que há de errado com você? — Ele continuou andando com suas mãos no bolso, Yuji e Nobara vieram logo depois trocando olhares aterrorizados.
— Comigo? Nada. Nadinha.
*
Chegamos em um restaurante, o Sol estava se pondo e o céu parecia uma cor de salmão escurecida. Sua luz entrava pela vidraça iluminando nossos pratos, Yuji levantou um pedaço de tentáculo na altura dos olhos.
— Vocês têm que provar isso, é uma delícia. — Puxei o prato para perto, Nobara estava tão assustada que queria desaparecer no banco.
Peguei um tentáculo, ainda se movendo, e levantei na altura da boca, ofereci para Megumi.
— Não, obrigado.
— Ta bom. — Abri a boca, meus dentes ficaram afiados. — Vocês não sabem o que estão perdendo.
Enfiei o palito na cabeça da lula e a puxei para cima, o shoyu em volta do prato escorreu pelos tentáculos. Puxei um dos tentáculos feito macarrão e mastigue como chiclete, a lula se desfez facilmente nos meus dentes afiados.
— Aqui, seu saquê. — O funcionário entregou duas garrafas na nossa mesa, Yuji arregalou os olhos.
— Aí amigão, ela é menor de idade, quer ser preso? — Yuji repreendeu, peguei a garrafa e a virei de cabeça pra baixo, esfreguei meu cotovelo.
— Menor o cacete. Que saudade de álcool, é fermentada há quanto tempo? Não aceito menos de sessenta dias.
— O-o máximo é trinta senhorita. — Ele disse e baixou a cabeça, abri a garrafa e enchi três copos.
— Para, vamos aproveitar. Se ela quer beber eu também vou! — Nobara pegou um dos copos, apontei para o seu rosto.
— É assim que se fala lindinha.
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BLOODBURN, Megumi Fushiguro
Fanfiction༄ Megumi Fushiguro ❝ Ela era uma garota com um dom, seus pais pensavam ser apenas uma invenção da sua cabeça, e por um tempo ela realmente acreditou nisso, até que as entidades começaram a ficar violentas. Com uma visão distorcida da realidade de...