Capítulo 24. Opção

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   A única certeza que tinha era que eles tinham um plano, e estavam planejando-o para pegar Gojo e Itadori. Dado nível dos alvos, Satoru Gojo, o melhor feiticeiro Jujutsu, e Yuji Itadori, a casca de Sukuna. Fiquei com medo ao pensar que, estavam tão confiantes no que tinham planejado...

— Vou avisar os outros feiticeiros, vamos nos reunir e nos preparar para seja lá o que está para acontecer. — Gojo disse e deixou o cômodo, tentei me levantar mas Megumi segurou meus ombros.

— Você precisa descansar. — Ele disse, quando tentou se afastar, segurei seu moletom.

— Fica aqui... comigo?

— Claro. — Ele se inclinou, me afastei. Megumi se deitou. Encostei minha cabeça em seu peito e fechei os olhos, fiquei ouvindo seu coração.

Ele não pôde deixar de notar os hematomas em meus braços, as correntes tinham uma energia tão forte que comprimia meu pulso quase quebrando-o. Megumi segurou meu braço, abri os olhos. Ele deixou beijos em meus pulsos, naquele momento seus lábios estavam frios e com um aspecto seco. Me virei para Megumi e acariciei seu rosto, suas bochechas eram macias.

— Senti sua falta. — Sussurrei, ele olhou diretamente nos meus olhos, sua mão envolveu meu queixo arredondado. Ele puxou meus lábios e deixou um selinho, sentei-me em seu colo.

— Aki...

Puxei seu rosto e o beijei outra vez, o analisei, toquei em cada detalhe desenhado. Seu nariz era tão simétrico, o maxilar era perfeito, até mesmo as veias em seu pescoço e o movimento quando ele engolia em seco. Seu cabelo era sedoso, meus dedos envolviam cada mecha o deixando relaxado. Senti suas mãos em minha cintura, Megumi me puxou para perto.

Puxei seu rosto na direção do meu e o beijei novamente, tirei minha camiseta e o ajudei a retirar a dele, Megumi não tinha certeza do caminho que estávamos seguindo, mas ele definitivamente não conseguia mais se segurar.

— Eu... não quero te machucar. — Ele se referiu aos hematomas em meus pulsos, toquei seus lábios com meu polegar.

— Você não vai... não vai me machucar. — Sussurrei, retirei a camisa, as mãos de Megumi subiram frias pela minha pele. Ele me puxou para um beijo, molhei seus lábios encaixando minha cintura na sua.

Seus lábios se moviam rapidamente enquanto suas mãos esculpiam minha costela até os seios. Ele me puxou contra o mesmo e me deitou ficando por cima, mordi os lábios sentindo o peso do seu corpo sobre o meu. Seus olhos eram como os de um lobo sobre sua presa, o cordeiro. Naquele momento eu estava fraca, naquele momento me sentia... como a presa e não o predador.

Em ambos os aspectos Megumi sentia prazer, mas estar no controle o deixava ainda mais atraente. Ele posicionou uma das mãos por cima do meu ombro e me encarou nos olhos, antes de selar nossos lábios. Minha respiração estava tão desregulada, que precisava parar entre um beijo e outro.

Ele aproveitou para puxar minha coxa com sua outra mão, a deixando levemente arcada. Seus dedos gélidos percorreram meu corpo até se colocar entre minhas pernas, ele me beijou mais uma vez, reclamei em seus lábios. Minhas mãos abraçaram por cima dos seus ombros, o puxei para perto e suspirei em seu ouvido.

— Porra. — Reclamei entredentes, segurei Megumi pela nuca, puxei seus cabelos fazendo-o erguer a cabeça. Ele sorriu, mostrei os dentes, minhas presas estavam a mostra.

Puxei os cabelos de Megumi novamente, passei minha língua áspera pelas veias do seu pescoço até a orelha. Ele gemeu. O joguei ao lado e fiquei por cima, segurei suas mãos na altura da cabeça. Megumi sorriu e mordeu os lábios, aproximei minhas presas do seu pescoço, pude sentir a energia percorrendo seu sangue.

— Eu não quero te machucar. — Resmunguei sedenta, Megumi tentou se soltar, o pressionei novamente. — Não vou conseguir me segurar.

— Eu não me importo. — Ele disse, o ajudei a tirar a camiseta, ele se sentou e deslizou o dedo pela alça do meu sutiã até baixá-lo completamente. Meus seios pularam para fora, como se estivessem sendo pressionados pelo tecido elástico há muito tempo. — Você é linda.

Ele beijou meu ombro, senti um arrepio na espinha. Sua mão segurou um dos seios diretamente, adorava a sensação dele me tocando com tanta delicadeza.

— Mas eu quero ser sua.

— Você já é minha. — Ele me puxou contra sua cintura, o beijei novamente. Megumi me deitou ficando por cima e baixou a calça, agarrei o lençol ao lado.

Ele fez o primeiro movimento, devagar e com cuidado. Estava tão tensa, que teve dificuldade para completar, quase desistindo na metade. Seus braços caíram por cima dos meus ombros, e seu corpo esguio se enclinou sobre o meu.

— Fushiguro... Fushiguro. Fushi-guro.

Cobri a boca com receio de sermos pegos e expulsos, ele puxou meus braços e aproximou o rosto dos meus lábios se deixando sentir o sopro quente dos meus gemidos.

— Porra. Continua. 

*

Quando acordei já no outro dia, senti o calor do seu corpo junto meu, continuei de olhos fechados me sentindo confortável. Megumi envolveu seus braços em volta de mim e me puxou para perto, a sensação era comparada a um urso de pelúcia. A forma como ele abertamente me queria perto, apenas pela sensação de conforto, me deixava feliz.

— Bom dia. — Resmungou, estiquei os lábios e o encarei.

— Bom dia.

— Dormiu bem? — Perguntou, seus olhos estava quase que ainda fechados.

— Melhor impossível. — Me virei e deitei a cabeça em seu peito, ele me abraçou. Me sentei e procurei uma camiseta rapidamente. 

—  O que foi?

— Preciso me vestir. O Sensei pode aparecer a qualquer momento. — Procurei, Megumi se sentou e analisou meu corpo apenas com roupas íntimas. — O que?

— Apenas apreciando minha namorada. — Ele deu de ombros, coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorri. Me sentei em seu colo novamente, beijando seus lábios, agora macios.

— Você é perfeito. Eu te amo. — Falei tão rápido que senti meu corpo vibrar, arregalei os olhos, Megumi me encarou de imediato. — Q-quero dizer...

— Eu te amo Akiko Hayashi. — Suas palavras foram diretas e sinceras, senti um arrepio na espinha. — Não vou deixar que nada aconteça com você. Não vou deixar que tenha que lidar com tudo sozinha. Então por favor, fique comigo.

— Tudo bem. — Afirmei, ele me abraçou por baixo dos braços e deitou a cabeça em meu peito.

— Você é tão fofa... tive que me segurar ontem a noite.

Corei, aquilo era apenas ele se segurando? Senti meu rosto ficar vermelho feito pimenta. O deitei calmamente, Megumi analisou a situação hipnotizado.

— Fushiguro eu... não quero que se segure. —  Pedi, meu rosto ainda estava vermelho. Megumi sorriu, senti suas mãos descendo pela minha cintura.

— Tudo bem.

Queria passar as próximas horas ao lado do garoto no qual eu amava, não restavam dúvidas. A ideia de perdê-lo me deixava ainda mais preocupada, naquele momento eu faria de tudo para vê-lo viver. Naquele momento... morrer não era mais uma opção.

BLOODBURN, Megumi FushiguroOnde histórias criam vida. Descubra agora