DEZESSETE

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Manhã seguinte.

Acordo sentindo um cansaço em meu corpo, sentindo um peso sobre minha cintura. Abro os olhos vagamente e olho lentamente para baixo encontrando o braço musculoso tatuado sobre minha barriga, me prendendo como se eu fosse fugir, observo meu corpo nu e as memórias da noite anterior tomam minha mente me fazendo abrir um sorriso involuntário. Acho que a noite anterior valeu mais a pena do que se esperava.

Viro para Enrico que dorme tranquilamente com seu peito nu exposto, os cabelos desgrenhados no lençol cinza e os olhos tão pequenos fechados. Sorrio vendo ele suspirar. Me viro para o lado de forma desajeitada e subo a mão para seu rosto tocando sua bochecha de forma carinhosa.

— Tão lindo, mas tão cafajeste.

— Não sei se agradeço ou me sinto ofendido. — Sua voz rouca invade o quarto.

Seus olhos se abrem vagamente e logo suas íris azuis me encaram com leveza. Me aproximo dele e dedilhando meu polegar em sua pele. 

— Sinta se previlegiado por estar comigo na sua cama. — Sorrio e me levanto da cama, mas ele me impede. 

— Você é minha agora garota não pode mais escapar. — Rio com suas palavras.

— Quem te contou essa mentira?

— Você aceitou ser minha namorada, então… —  Solto um riso alto que ecoa pelo quarto.

— Amore mio, aceitei tentar, não estamos namorando. — Sorrio de lado.

— Em breve, estaremos casados e você não dirá mais isso. — Ele me rouba um selinho e fico feliz em ouvir tal afirmação.

Tento me levantar novamente da cama aproveitando sua distração, mas ele me impede mais uma vez.

— Aonde pensa que vai? 

— Enrico eu tenho trabalho e uma vida para viver. — Digo tentando me desvencilhar dele.

— É sábado piccolo. Não tem que trabalhar hoje. 

— Mais ainda tenho que viver. — Sorrio irônica.

— Só deixo você sair com um beijo. — Ele fecha os olhos e faz um biquinho me puxando para ele.

Rio fraco e sento em seu colo, roçando no mesmo sentindo seu amigo acordar. Coloco minhas duas mãos em seu rosto e aproximei nossas bocas. Mas não o beijo.

— Acorda pra vida Valentini, não estamos em um conto de fadas. — Saio apressada da cama conseguindo me livrar do loiro, corro para o banheiro fechando a porta.

— Ragazza del colpo basso. — Ele grita do lado de fora.

— Ti piace, lo so. — Respondo rindo.

Vou para o banheiro em busca de um banho, a noite anterior foi bem barulhenta, vamos dizer assim. Olho para meu corpo nu no espelho e tenho chupões por todo meu corpo, desde pescoço, e colo, ombros, siso, barriga, pernas e coxa.

— Enrico, filho da puta. — Praguejo.

Prendo meu cabelo e entro no box ligando o chuveiro entrando na água quente. A fumaça invade o banheiro e relaxo no banho, ensaboe o corpo e deixo a água me relaxar. Não demora muito e as duas mãos grossas e quentes me abraçaram por trás deixando um beijo em minha cabeça.

— Não me convida nem para o banho? Péssima namorada. — Enrico diz e rio fraco.

Viro de frente para ele e o abraço.

— Você está muito dramático Valentini, nem parece um mafioso. — Beijo ele que me aperta contra seu corpo.

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Uma Mafiosa Irresistível - Livro 02Onde histórias criam vida. Descubra agora