eleven: you can't run forever, ginny.

170 22 59
                                    

O DIA COMEÇOU pelo pé esquerdo. Ao chegar no trabalho, Oliver mandou uma mensagem sobre como a Consolidação Queen havia sido assaltada na noite anterior, o que não fez de nada para alegrar a manhã de Ginny. Ela queria ter comparecido à cena e ajudado, mas precisava trabalhar no hospital. Passou boas horas atualizando arquivos e checando máquinas construídas e modificadas por ela, fazendo o melhor para não pensar no que aconteceu.

Quem ela quer enganar? Ginny está curiosa.

━━ Oliver? ━ Ela pergunta quando o homem atende o telefone, rodopiando lentamente sua cadeira giratória. ━━ Só queria saber como estão as coisas aí.

━━ Estão indo. Um centrífugo foi roubado e tem um... cara novo que acredita saber lidar com isso.

A irritação na voz de Oliver é clara, seja lá quem for o tal cara novato, Thompson tem quase total certeza de que o arqueiro não é nem um pouco fã dele.

━━ Você parece bem feliz com essa notícia. ━ Provoca, sorrindo ao ouvir o suspiro de irritação do outro lado.

O relacionamento entre eles tem evoluído nesses últimos dias. Após quase uma semana desde a revelação, Ginny e Oliver tem aprendido a conviver um com o outro de modo mais orgânico. Sem todo aquelas incertezas e caos. Já não existe uma vasta barreira de dúvidas e a mulher não se sente mal em falar o que vem a mente, pois Queen a entende. Mesmo quando não entende, ele não reclama e isso é o suficiente.

━━ É como eu disse, não gosto de trabalhar em grupo. ━ O homem revira os olhos, mesmo sabendo que Thompson não é capaz de enxergar. ━━ Sem contar que não vejo necessidade para mandarem um perito de Central City.

━━ Mandaram um perito de Central City?

━━ Sim, o nome dele é Barry Allen. Disse que está trabalhando com um caso similar.

Ginny não responde por alguns minutos, parando de girar a cadeira bruscamente. Do outro lado da linha, o homem não entende o que aconteceu, mas não tem chance de perguntar. O som de papéis e computadores preenchem a ligação, deixando ele ainda mais confuso com tudo.

━━ Ginny?

━━ Ah, desculpa. Nem ouvi, tô arrumando um negócio do trabalho. Depois eu te ligo, viu? Me atualiza qualquer coisa!

A ligação chega ao fim e a mulher continua finalizando os arquivos, ajeitando tudo que precisa. Está tentando entrar em contato com empresas que possam aceitar sua participação como bioengenheira. Considerou até pedir a Oliver Queen, mas sabe que a CQ está sofrendo diversas mudanças e no risco de falência, então prefere deixar essa ideia guardada na gaveta. Ginny se sente tensa com todas essas mudanças, tão tensa que decide se afogar no trabalho o resto da tarde.

O louro liga outra vez algumas horas depois, convidando ela para o galpão que estava sobre a análise de Felicity e o tal de Barry, mas recusa afirmando que ainda precisa trabalhar.

Talvez — apenas talvez — Genevieve esteja fugindo novamente.

Por outro lado, Oliver está cada vez mais próximo do que deseja. A verdade é que o homem está com ciúmes de Felicity, mesmo que não sinta nada romântico por ela, pois a ideia de ver sua melhor amiga com um cara que mal conhecem o deixa incomodado. E se Barry Allen for um maluco, que pretende matar a loira durante a noite? E se ele for um agressor? Ou pior, e se Allen não for nada ruim, apenas um cara bobão com uma quedinha na loira inteligente da TI? O que isso significaria? Será que a Smoak se mudaria para Central City devido ao novo romance?

𝐒𝐎 𝐈𝐓 𝐆𝐎𝐄𝐒, oliver queen.Onde histórias criam vida. Descubra agora