𝐒𝐎 𝐈𝐓 𝐆𝐎𝐄𝐒, oliver queen.

ten: tangled in lies again and again.

SE NÃO FOSSE pelo emprego, Ginny estaria acompanhando a continuação do tribunal de Moira Queen, mas foi incapacitada. Pelo lado positivo, foi liberada no horário do almoço, mas não lhe serviu de muita coisa, pois as mensagens que enviou a Oliver foram respondidas com "Não precisa vir, aproveita seu dia." e, logo em seguida, um "Obrigado, Ginny!". Não eram as respostas que estava esperando. E não é como se não tivesse tentado convencer o homem, mas não adiantava o que dizia, ele insistia que era melhor não perder tempo.

Com o tempo, a luz natural se tornou artificial, exalando o brilho luar no céu. O dia inteiro foi um tanto quanto nervoso para a ruiva, repensando sobre os eventos recentes como Ginny e como vigilante. Levando em consideração sua vida pessoal, as coisas parecem estar indo bem com Queen e os seus colegas de trabalho são todos gentis o suficiente para tornar os dias mais leves.

Agora, quando o assunto é sua vida dupla... Genevieve tem enfrentado algumas dificuldades. Todo passo que ela dá, tem medo de estar sendo perseguida pelo Arqueiro. E se não ajudou o suficiente? E se ele decidir que não gostou dela e a matar? Todos os questionamentos geram o mesmo sentimento de desespero em Thompson. O suficiente para a fazer checar duas vezes antes de virar uma curva, mesmo que esteja dentro do próprio apartamento.

Até que o celular dela toca, pela milésima vez essa semana, trazendo todo seu foco.

━━ Alô? ━ Ginny atende, mas o número já se tornou familiar para ela. ━━ Para onde vamos?

━━ Cobertura da Consolidação Queen. É urgente, o Conde Vertigo tem um refém.

Com isso, a ligação é finalizada. A mulher acelera para a troca de roupa, adicionando um extra par de adagas no coldre em sua cintura, apenas por precaução. Estão tentando pegar esse homem há dias, não vai deixar que ele escape dessa vez.

Ginny considera ligar para Oliver e checar se ele está no tribunal, apenas por medo de ele ser o tal refém, mas percebe que vai enrolar mais e decide sair por fim. Desviando por becos não asfaltados, a vigilante chega no enorme prédio da corporação e tenta apressar os elevadores, mas não adianta de muita coisa. Talvez devesse criar uma adaga como aquela flecha do Arqueiro que ajuda a chegar nos lugares. Os minutos passam como se fossem horas, mas ela finalmente consegue subir ao último andar. O escritório de Oliver Queen.

Espreitando pelos cantos do cômodo, Sombra assiste enquanto o som de balas para, e consegue ver o Conde agarrando uma loira assustada com a duas agulhas de vertigo coladas uma na outra e prontas para serem injetadas.

━━ Abaixe o arco. ━ O Conde demanda, ainda não notando Genevieve.

Pelo local em que está, a ruiva não consegue enxergar o arqueiro, mas supõe que ele obedeceu pelo sorriso no rosto do criminoso. Ela não espera nem mais um segundo, arremessa com todas suas forças uma adaga bem na mão do maluco, o forçando a soltar sua droga e, consequentemente, libertando a loira de seus braços fortes. Ela cai no chão, ainda visivelmente abalada com tudo e mal consegue respirar.

━━ Porra! Vai se arrepender disso, docinho.

O Conde tira um novo pacote de vertigo do bolso, sorrindo de canto ao direcioná-lo até a refém, mas o arqueiro é o dobro de veloz quando atinge o moreno com diversas flechas até que ele não aguentasse a força e quebrasse uma das janelas, caindo da cobertura do edifício com flechas cravadas no peito.

Indignada com tal ato, a ruiva está prestes a questionar o que diabos aconteceu até notar o Arqueiro. Estava sem seu capuz e maquiagem verde, deixando o rosto livre para quem quisesse ver.