22. As pessoas mudam

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Oi amores, já digo que qualquer interação aqui é muito bem vinda, então não deixem de comentar e deixar os votinhos no final.

Teremos diálogos voltados aos vmin, como disse no capítulo anterior, estamos em uma nova fase da história, então é justo que irei focar em ajustar alguns pontos que deixei para trás.

Capítulo narrado por Taehyung.

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Cada gota do soro caia lentamente uma atrás da outra, o som perturbador assemelhado de um "bip", era costante e seria meu maior medo caso acontecesse do monitor indicar o fim dos batimentos. Entretanto, nada e nenhum desses barulhos afetava ou incomodava em relação o meu bem estar (caso isso importasse ao meu ver, e obviamente não era), também permanecer sentado numa cadeira durante todo o tempo naquele quarto pequeno e totalmente pintado de branco, com as cortinas abertas, o ambiente era frio por conta do ar condicionado, pouco importava se era desconfortável, só me sentiria o "enfim" confortável, caso saísse daquele lugar com meu anjinho totalmente bem e seguro ao meu lado.

Havia se passado três dias após o acidente.

Coisas aconteceram durante esse meio tempo, o verão ficou com os dias contados, temporada de outono estava no seu inicio, meus amigos já tinham voltado as suas rotinas de cidadões e profissionais em seus postos de trabalhos, afinal não poderíamos abusar da casa de Namjoon. Superficialmente parecia tudo estar bem, mas nem tudo era normal, uma verdadeira bagunça nos acompanhava por uma sombra na qual tínhamos que suportar e resolver na medida do possível. Por isso, eles tiravam o mínimo de seus preciosos tempos e vinham visitar meu namorado, sem saber se haverá alguma novidade breve, apenas estávamos unidos diante da situação, tínhamos medo, muito medo, como também todos ficavam preocupados em relação a minha saúde.

Era constante, chegava a ser cansativo e irritante.

Até mesmo Jimin, aquele garoto de cabelos de fogo estava extremamente arrependido de seus atos ocorridos durante as férias e as consequências graves que havia levado, por sinal o seu comportamento havia mudado da água para o vinho. Ele tentava demostrar suas mudanças, diferente dos outros, era o que mais vinha no hospital fazer companhias, insistia que fizesse no mínimo uma refeição por dia, acredito que parte disso se fez também aos pedidos do meu irmão, era outro preucupado com a minha saúde e como estava em seu território, ele tinha o direito de reclamar, nunca pensei que teria uma rotina em ver o rosto do mais velho assustado. Enquanto eu, realmente estava destruído, sem um pingo de desejo por algo, não tinha fome, conforto e sono, e quem via a atual situação física, sempre um olhar de pena sobre mim.

Apenas as paredes daquele quarto de hospital sabem o quanto derrubei lágrimas durante as vastas noites em que permaneci sozinho ali, o quanto pedia a qualquer ser celestial ou divino uma luz no fim desse túnel escuro, pedindo e implorando pela volta de Jungkook.

Ele tinha que voltar.

Ele precisava voltar.

Era horrível não saber como seria diante de tudo aquilo.

Jungkook não ouvia nada, apenas o barulho dos aparelhos respiratórios correspondiam, sua face parecia como um verdadeiro anjo a dormir no meio de todos aqueles objetos hospitalares, era uma péssima imagem de presenciar, todos os seus machucados espalhados pelo rosto estavam com cicatrizes, sua pele visivelmente parecia estar bem hidratada e perfeitamente macia, ouvir a respiração era a minha maior esperança durante todo o tempo, apenas ter esse fato, fazia esquecer daquele mal que o cercou e levou até onde está.

Meu Amor Platônico De Verão | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora