21.

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Talvez eu não estivesse completamente descansada, porque apaguei completamente ali mesmo nos braços de Sirius.

Não sei quanto tempo se passou desde que meus olhos se fecharam. Acordo devagarinho, demorando um pouco pra entender aonde estou. Olho ao redor e depois Sirius, dou um leve sorriso, meio envergonhada por pegar no sono ali.

- Me desculpe, Sirius. Eu dormi muito?

O garoto ri um pouco e vou me sentando direito, me afastando dele. Seus braços são quentinhos e confortáveis, meu corpo encaixa-se perfeitamente no seu e eu ficaria ali por horas, mas não posso.

- Não se preocupe, Pontinhas. Acho que só passaram uns 30, 40 minutos.

- Tudo isso? Merlin... Onde estão Remus e Peter? - esfrego um pouco o rosto, esperando que isso me ajude a despertar.

- Eles foram jantar há uns dez minutos. - o rapaz dá de ombros e senta-se direito, tirando a gravata desleixada do pescoço e pendurando-a na madeira de sua cama.

- Por que não foi com eles? Hoje o jantar é aquela carne que você gosta.

- Como você sabe que eu gosto? - sinto o rosto esquentar com sua pergunta. Merda, não devia ter falado nada. Sirius me olha com um sorriso de canto.

- Já jantei com vocês vezes o suficiente pra vê-lo comendo 5 pratos da carne todas as sextas. - não é mentira, mas não é por isso que eu sei. Desde o começo desse ano, tenho reparado em Sirius com mais frequência do que eu gostaria. Depois do nosso encontro no banheiro, isso aumentou ainda mais. - Mas você não respondeu minha pergunta. Por que não foi?

- Eu não queria acordar você. Fiquei com medo de tirar dos meus braços e você despertar.

Não consigo deter um sorriso levinho. Isso foi meio... fofo?

- Não precisava, Black. Agora você está com fome por minha causa. - suspiro um pouco, me sentindo culpada.

Sirius se aproxima um pouco de mim e põe uma de suas mãos em minha nuca, acariciando levemente minha bochecha com seu dedão. Seu toque me arrepia mesmo sem maldade alguma explícita. Suspiro com o olhar no seu e ele dá um leve sorriso.

- Eu quis ficar. Não é culpa sua, não fala assim, entendeu?

- Mas eu dormi nos seus braços. Se eu não tivesse dormido, você poderia t-

- Alice. - Sirius me interrompe e paro de falar imediatamente - Não é culpa sua.

Suspiro um pouco e concordo, sorrio fraquinho.

- Tudo bem. Desculpa. - falo e o garoto sorri levemente. Seu olhar se mantém no meu enquanto seu dedão continua fazendo carícias em minha bochecha.

Encaro seus olhos acinzentados fixamente por um tempo, mas depois vou passando o olhar por cada detalhe de seu rosto. Sirius parece uma escultura feita por uma mulher que estava apaixonada. Cada detalhe seu foi pensado por dias. Todos os seus traços se encaixam perfeitamente, formando um conjunto que se torna uma obra de arte.

- Eu adoro seus olhos.

Saio do transe e volto o olhar até o seu, dando um sorriso ao garoto. Em algum momento, a distância que nos separava diminuiu muito.

- O que disse?

- Eu adoro seus olhos, Pontinhas. Eles parecem me falar um milhão de coisas ao mesmo tempo, me levar pra outra dimensão. - Sirius diz sem tirar o olhar do meu. Minha respiração parece não funcionar mais por conta própria. - Você tem os olhos mais lindos que já vi em toda a minha vida.

Agora, me derreto por completo. Meu sorriso não poderia ser maior e mais sincero. Desvio o olhar do seu, encarando sua camisa, apenas para fugir de seus olhos. Sirius segura meu queixo e ergue meu rosto em direção ao seu com delicadeza.

Sem nenhuma pressa, ele se aproxima de mim até chegar em meus lábios, onde começa um beijo calmo. Retribuo acompanhando seu ritmo, aproveitando para sentir como sua boca domina a minha com uma facilidade surreal e ele me tem completamente entregue a ele. Levo uma de minhas mãos até sua nuca e a outra até seu peitoral, onde me seguro em sua camisa.

Sirius passa as mãos lentamente em minhas coxas e sobe seu caminho devagar até chegar em minha cintura. Me puxando pra mais perto, ele me ajeita até que eu fique em seu colo, mas sem separar do beijo um segundo sequer.

A intensidade de nosso beijo aumenta a cada segundo que se passa. Mordo sua boca com força, mas não o suficiente pra machucá-lo. Sinto Sirius sorrindo entre o beijo e faço o mesmo. Suas mãos descem lentamente até a minha bunda, onde ele aperta com força e me deixa ainda mais fraca do que antes. Para provocá-lo, rebolo meu quadril lentamente em seu colo, já sentindo o seu volume contra a minha intimidade.

Sirius, completamente ereto, separa do mim de uma vez, ofegante, e me olha balançando a cabeça negativamente.

- Não deveríamos fazer isso, Alice.

- Por que não? Eu achei que quisesse... - suspiro desanimada, recuperando o ar.

- Eu quero. Porra, você não tem ideia do quanto eu quero te foder, do quanto eu sonho com isso há tempos. Mas o James... ele jamais perdoaria a gente, principalmente a mim.

- Eu sei... - concordo com a cabeça e mordo um pouco a boca, pensativa. Olho ele - Mas ele não precisa saber, não é? - olho ele sorrindo, seguro seu rosto em direção ao meu - Eu sei o que estou fazendo, Sirius. Eu quero isso.

- Alice...

Me aproximo dele devagarinho, deixando nossas bocas coladas, mas não o beijo.

- Eu quero que me foda, Black.

Pontinhas | Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora