Slow Dancing In a Burning Room

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Slow dancing in a burning room by John Mayer

Vocês deviam ter paciência pra uma pessoa que está de luto pelo juju da Juju 😭. Gente, sério, eu chorei demais depois do jogo e ainda tinha que terminar de escrever algumas coisas desse capítulo, zero clima, precisei de tempo pra me recuperar e agora vou fazer vocês sofrerem também com essa foto  😞🥹. Eu amo a amizade delas, a Betinha apoiando a Ju me deixou com o coração quentinho.

 Eu amo a amizade delas, a Betinha apoiando a Ju me deixou com o coração quentinho

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Roberta POV

Eu fui inocente de achar que Júlia dirigiria por 4 horas seguidas. Depois de 1 hora de viagem, ela já parou em um posto de gasolina pra se esticar e pediu pra eu tomar o lugar dela. Agora, já passando da fronteira com a Suíça, a meia hora de chegar no local que deixaríamos o nosso carro e pegaríamos o ônibus de transfer, ela estava capotada, usando minha mão de apoio pra sua cabeça e tombando pra frente a cada movimento do carro. É pior que viajar com criança!

"Linda, a gente já chega em alguns minutos. Linda, acorda pra você não ficar chata quando chegar lá." Acariciei seu rosto enquanto falava com ela. Escutei um murmuro e ela afastou minha mão e se encostou na janela. Bom, pelo menos agora eu posso dirigir com as duas mãos. Resolvi não mexer mais nela, já que estava mais difícil do que eu pensava.

Apreciei a vista quando pude, a pista começou a fazer várias curvas intensas, o que fazia sentido já que iríamos pra uma montanha e estávamos passando pelo cânion dessa montanha agora. A neve fazia o céu e a terra parecer uma coisa só, tudo branco, tudo frio. Até quis pegar o celular pra filmar mas não queria cair do penhasco se eu perdesse o controle do carro, só admirei, na volta talvez conseguisse.

Segui o mapa até o estacionamento de um posto de gasolina que parecia ser o único da pequena cidade ali, já avistei os ônibus de turismo que ficavam estacionados e nosso transfer que era uma caminhonete 4x4 com algumas correntes nas rodas. Dali pra nossa cabana, a pista estava toda coberta de neve. Estacionei e já sacudi a perna de Júlia, me apressando pra sair do carro e cumprimentar o moço que iria nos levar.

Até o momento de eu sair do carro, conversar brevemente com o cara, pegar nossas duas mochilas no banco de trás, Júlia ainda estava cochilando com a boca aberta. Bufei e entreguei nossas bolsas ao rapaz que levou pra caminhonete, abri a porta dela e ela acordou no susto porque eu não tinha percebido que ainda estava encostada na porta. Segurei seu ombro pra ela não cair e ela me olhou assustada. Quando percebeu que era eu, ainda apanhei, vê se pode?!!

"Eu quase caí, Roberta!" Empurrou meus braços pra eu não segura-la.

"Eu segurei. De nada." Sorri como se fosse sua heroína. Ela só me encarou por alguns segundos até começar a descer do carro sem falar mais nada. "Pegou seu celular? Não esquece nada." Avisei pegando seu casaco corta vento que estava pendurado no banco e estendi pra ajudar ela a vestir. Quando ela passou os braços, eu a virei de frente e fechei o zíper até seu queixo, ela parecendo uma criancinha de propaganda de iogurte, já estava até ficando com as bochechas vermelhas. "Vem, pinguim." Entrelacei meu braço no dela e bati a porta com o outro já travando seu carro. "Te deixo dormir mais até lá, ainda temos meia hora pra subir." Avisei e ela assentiu, ainda emburrada.

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