Quando a chuva passar by Ivete Sangalo
Preciso saber o que vocês querem ou esperam dessa fic, agora que elas vão morar juntas, que a maioria dos problemas atuais serão resolvidos, o que vocês querem ver? Essa fic começou com projeto de ser meio que one shots dela, não era pra ser uma fic contínua, de dia a dia, então eu escrevo somente acontecimentos temporais, sempre com uma linha do tempo maior em comparação ao que era com Rosattaz. Então, me falem quais tipos de conteúdos que vocês querem ler delas duas ou se vocês acham que eu devo enfatizar esse plot em relação ao que a Júlia passou porque eu tenho ideias disso pra dar um fechamento nesse assunto. Opinem aqui ou na minha dm se preferirem.
...
Roberta POV
"E aquele ali é um cacto." Júlia apontava pras árvores e plantas que víamos na caminhada, Josh prestava atenção em tudo o que ela falava e parecia confortável em seu colo. "Esse aqui tem a melhor fruta do mundo, vou pegar pra você." Ela desviou do grupo pra ir até embaixo da árvore e arrancar duas goiabas. Eles voltaram sorridentes, cada um com uma fruta na mão. "Papai, o senhor tem uma faquinha aí?"
"Júlia, nem pensar, você já passou mal." Eu segurei a goiaba que estava na sua mão. Ela me encarou séria. "Eu sei que você ia comer."
"E daí?"
"E daí que eu divido quarto contigo!"
O pai dela se aproximou de nós duas e olhou pra minha mão, pegou a goiaba e jogou longe. "Você come a goiaba, vocês ficam se beijando por aí e a Júlia passa mal de todo jeito."
Ele reclamou olhando pra mim achando que eu tinha pego a goiaba e eu não tive reação, só fiquei olhando pra ele fixamente. Júlia logo falou. "Pois é, Roberta, te falei que não era boa ideia." Exclamou e marchou na minha frente. Quê?! Mas eu...
"Desculpa." Falei pro pai dela que se virou pra seguir o grupo. Júlia nem olhou pra trás pra saber se eu ainda estava viva depois daquela reclamação.
Na verdade, ela não olhou pra mim pra nada hoje, desde que acordamos foi o mesmo tratamento frio de ontem. Me senti uma criança excluída em aniversário, queria sumir dali até notarem que eu sumi e eu já estar longe daqui. Mas eu não tinha como sair, também não queria chamar esse tipo de atenção ou transformar essa discussão em algo maior... eu nem tenho culpa!
Ali mesmo onde eu estava, virei os calcanhares e comecei a seguir o caminho de volta pra casa que não estava tão longe. Espero que eles não pensem que eu fui sequestrada, sei lá, ou que pensem também... não ligo.
Deitei na cama gelada e abracei o primeiro travesseiro que vi. Eu quero minha mãe! Como é horrível se sentir como se alguém não gostasse de você, e olha que eu tento entender o lado da Júlia, eu também estaria revoltada com o mundo se eu tivesse sido drogada e estuprada numa noite qualquer, não é justo e talvez ela nunca se sinta bem. Só penso que eu buscaria muito mais acolhimento e talvez por isso eu estranho tanto quando ela me empurra pra longe, agimos diferentes na mesma situação. Acho que eu também compartilharia com mais pessoas, eu não sei como ela consegue guardar uma dor tão grande assim, somos muito diferentes, queria que ela buscasse entender meu lado como eu busco entender o dela. Não é porque ela foi vítima de um crime horrível que ela pode me maltratar desse jeito, eu também mereço respeito.
Puxei o celular do bolso e liguei pra única pessoa que aceitar ouvir minhas reclamações da vida, minha mãezinha.
"Oi filha, já ia começar a fazer a janta, sua irmã vem comer aqui hoje." Eu sorri ouvindo sua voz animada de falar comigo.
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Sereia.
FanfictionJulia e Roberta da fanfic Casual Capítulos de outras fics que contém essa história de Juberta "Casual": Thinking of you (primeira menção de Júlia e Roberta) Lucky Count on me Where you belong O Neném Não é Neném Proibida pra mim (Primeira noite)...