Por via das dúvidas, se é que resta algum questionamento acerca da personalidade tenebrosa de Minho e seu índice de assombrar quem vive, mesmo sendo uma pessoa de carne e ossos. Ainda há algo para ressaltar, desde sempre, ou melhor, desde que sua mente conseguiu raciocinar e diferir o certo do errado, começou a qualificar tudo que o atingisse de alguma forma, mesmo que pequena, um erro descomunal.
Com isso, trabalha para a própria satisfação, não sabe quantas, mas com certeza, há várias máscaras que usa com várias pessoas diferentes, mas já trocou de máscara na frente de Han Jisung e ainda assim, conseguiu persuadi-lo, o transformando assim, na vítima perfeita. Não, não o queria identificar com um alvo em ascensão, mas sim como o maior acerto da sua vida, e quem interferir no amor ascendentes de ambos, conheceria a máscara que esconde até de si mesmo. A de um Lee Minho perverso e, pior, assassino.
Matou o senhor Jung primeiro, fora ele que se meteu no seu caminho, e eventualmente se meteria no seu amor, certo? Certíssimo. Ele mereceu. Se ele tivesse ficado naquela loja caída vendendo aquelas tintas fúteis, estaria vivo para contar aos netos mentiras de suas histórias de vida, mas, é apenas um pobre comerciante fofoqueiro. Isso que dá, bisbilhotar e se impor à vontade dos outros, nunca se sabe se a pessoa que você está falando é um assassino ou não. E ele teve o azar da pessoa ser Minho, um azar tremendo que o perseguiu até seu último suspiro, depois de clamar aos céus para que sua vida fosse ceifada rapidamente, tirando sua dor.
Flashback on.
No auge dos seus vinte e nove anos nunca imaginou sentir tanta raiva como quando sentiu no dia que Kyungmin apareceu na delegacia após furar o professor. Ver aquela sua cara nojenta quase o fez se arrepender de não ter trocado a vida do senhor Jung pela a de Kyung, que o olhava assustado.
- Disse que quer falar com você, senhor Lee. - Um policial diz, Lee esperava que esse moleque filho da puta não abrisse a boca para falar merda. Se sentou a sua frente, na mesa de interrogatório.
- Pode falar. - Minho disse com a voz calma, uma postura séria e um olhar ameaçador.
- Eu vou ser solto em breve, não vou? - Pergunta. Minho suspira.
- Sim. - Confirma. É um menor de idade e o professor está vivo, por que continuaria mantido na delegacia?
- Han Jisung vai ser a primeira pessoa que irei ver quando sair daqui. - Diz. - Não vou contar a verdade para ninguém, apenas para ele. - Minho sentiu o sangue esquentar como se alguém o tivesse colocado em uma panela gigante.
- Por qual motivo? - Pergunta, curioso e tentado a mata-lo em uma delegacia as 16:17 da tarde.
- Eu o amo. - Diz. - Sou apaixonado por ele há dois anos, e não quero o entregar para você, seu policial de merda. - Kyungmin retirou da sua face aquele olhar assustado e o olhou com ódio. Como um garoto de dezenove anos iria conseguir ganhar de um homem de vinte e nove? Um homem robusto e forte, com uma década de vivência a mais. Kyungmin é alto, aparenta ser forte, mas não consegue nem chegar aos pés, duvidaria se conseguisse até mesmo lamber o chão que Minho pisou.
- Certo. - Olhou para o vidro, fez o policial de antes jurar que não deixaria ninguém ouvir essa conversa e na real, ninguém queria mesmo, só um adolescente mimado fazendo merda.
- Cansei de fazer o quê você me pediu, o próximo que vai para no hospital é você. - Minho concordou.
- Certo. - Se levantou. - Faça como quiser. - Saiu da sala antes que o estrangulasse com aquelas algemas.
Flashback off
- Não devemos ver o quê é? - Minho o olhou. "É apenas seu amigo Kyungmin, amor", pensou, "está agonizando no próprio sangue"
- É uma área perto de uma floresta, algum animal deve ter entrado, eu vou verificar se deixei alguma janela aberta, me espere aqui, por favor. - Deixou um selar na sua testa e começou a subir a escadaria. Quando chegou ao topo, olhou para baixo e Han estava tentando mudar os canais da televisão. Dobrou para a esquerda e entrou no quarto que Kyungmin estava. O de cor roxa.
É um quarto bastante escuro, não há janelas, não há cama, não há quase nenhum móvel e o chão está coberto por um plástico. Kyungmin está aqui há alguns dias, cortou suas duas mãos fora, a mão que ele disse que iria tomar o corpo de Han, no dia que entrou no casarão com Sunwon. Quando viu que está demorando a morrer, cortou seus dois pés, mas ainda assim, porra... resistente para um caralho.
O olhar estava sem vida, mas estava aberto, o encarando. Que imagem horrenda. Mesmo com todo esse sangue, ele ainda... suspirou alto. Pegou a faca e caminhou até Kyung que estava estirado no chão em uma poça de sangue bastante volumosa.
- Você vai pagar por isso. - Disse baixo, a garganta devia estar seca a essa altura.
- Certo. - Cortou sua garganta e dessa vez, ele não demorou 30 segundos para morrer, devia ter feito isso bem antes. Foi até o telefone grudado na parede e ligou para seu cúmplice, uma pessoa que conheceu e que cuida dos corpos. Havia um o esperando e o queria fora dessa casa com tudo limpo, foi recebido com uma risada e uma quantia. Dinheiro não é problema. Nunca foi. O maldito berço de ouro.
Desceu as escadas depois de lavar as mãos três vezes e encontrou com Han, estava dormindo serenamente sem saber que seu amigo está morto no andar de cima. Foi até o sofá e o cobriu com uma manta, com isso, começou a fazer o jantar para o ganhar com a barriga.
Por que sentiu tanta raiva de Kyungmin? Não foi uma raiva normal, foi um ódio além do senso comum. Seria por que odeia dividir? Ou pelo motivo de ser possessivo com tudo que deseja? De alguma forma, ele estava querendo algo totalmente seu e nunca poderia permitir. Melhor o tirar do caminho antes que conseguisse tirar seu novo bem mais precioso da sua vida.
Certo? Certíssimo.
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Nada de especial aconteceu no dia anterior depois do incidente com o quarto vermelho. Enquanto Han dormia pela madrugada, após encher a barriga com a comida gostosa de Minho e depois de receber carícias e pedidos de desculpas, o corpo foi retirado e tudo no quarto foi limpado, tirando assim, uma preocupação no semblante de Lee Minho, que vagou dentre os outros quartos, tirando tudo que fosse suspeito caso Han bisbilhotasse algo, mas depois do que aconteceu, duvidaria de algo assim.Apesar dessa sua personalidade, tinha certos receios em dormir, tinha muitos pesadelos e fantasmas que o seguiam. Nenhuma lenda urbana, nenhum senhor Coelho que Han temia, são suas próprias vítimas que um dia cruzaram sua vida de forma errada. Depois de tudo feito, deitou com Han Jisung, desde que passou a dormir com ele, agarrados, nada o perturbou mais. Diferente disso, essa noite sonhou que Han dizia que o amava. Acordou feliz. Mas, acordou sem ele ao seu lado. Seu coração despedaçou em ansiedade. Cadê? Cadê ele, porra?
Se levantou em disparado, não tinha costume de dormir muito, mas dessa vez dormiu, por causa dele, claro. Seu novo remédio para insônia. Desceu a escadaria e não o viu na sala, nem na cozinha, escutou risadas do lado de fora e caminhou até a janela de vidro.
Presenciou em uma ira o jardineiro dando um buquê de rosas para Han Jisung. Agora sim, uma nova vítima. Que cruzou seu caminho. Ele está pedindo por isso, claro que está, olhe como se apaixonou pelo seu amado. Olhe isso. Asqueroso.
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mister rabbit •minsung
ФанфикA lenda urbana de quando escutava quando criança o acompanha ainda como estudante do ensino médio. Por algum motivo, se sentia amendrontado em pisar até mesmo na calçada do casarão da rua yongsam, número 591, onde supostamente mora o senhor Coelho...