Talvez seja válido destacar como as relações mudam ao passar do tempo. Você pode desprezar uma pessoa para, em algum momento futuro, necessitar arduamente de sua ajuda. Assim como, você pode gostar de uma pessoa para, em algum momento futuro, depender emocionalmente de sua presença. Tais explicações constatam, respectivamente, Han Jisung e Lee Minho.
Han Jisung com seu senso de sobrevivência, que desde criança luta pela própria vida. E, Lee Minho que vive ao máximo, nunca precisando batalhar para conseguir o quê quer. Uma pessoa obcecada com seu próprio estilo de vida, se adepta a tirar os outros da sua própria zona de conforto. Nem que seja necessário retirar algumas pessoas do caminho.
Flashback on.
O quê realmente aconteceu.- Então, você assina aqui e aqui. - Entregou o papel para a senhora Han que as lágrimas molhavam seu rosto cansado.
- É mesmo necessário? Tenho que retirar o pedido de buscas pelo meu filho? - Assinou com as mãos trêmulas, confiando no policial que lhe estendeu a mão nesse caminho difícil.
- Sim senhora Han, podemos fazer uma busca mais discreta para que quem tenha feito isso, ou até ele próprio, não se escondam mais ainda. - Guardou os papéis em uma pasta. - Confie em mim, trarei seu filho de volta. - Claro que traria, mas não exatamente para o lugar que a mãe dele quer.
- Certo, muito obrigada. - A mulher se despediu e saiu. Parecia arrependida de tudo que havia feito a Jisung, e agora, saber que havia um lugar o esperando o fez estremecer em suas ideias insanas. Poderia forjar toda uma encenação. Certo, na sua mente, ela mesmo veio e fez com quê retirassem o pedido de busca, parecia aliviada com a fuga do filho e nunca, nunca arrependida ou culpada, inventou até mesmo um diálogo falso no relatório geral arfimando a plena certeza que a mãe de Han tinha em afirmar que Han tinha até mesmo comentado de uma possível fuga. Claro, essa conversa nunca aconteceu. Porém, ela não o ama, certo?
Certíssimo.
Flashback off.
Minho guardou o papel de desistência assinado de volta no lugar e caminhou de mãos dadas com Jisung até a sala de jantar. Um meio necessário para um fim suscetível. Que um dia, a senhora Han entenda que Jisung não é mais daquela família, não faz parte mais daquele jogo de manipulação mental, aquelas brigas intermináveis. Agora, ele faz parte da família Lee. Onde o próprio Minho tem muito o quê oferecer, muito amor tóxico ou não, guardado em seu peito pronto para sair a qualquer momento.
- O quê eu faço agora, Minho? - Jisung estava sentado ao seu lado em um banco de pedra em frente ao jardim, na sua cabeça tinha uma flor que havia recolhido após jantarem.
- O quê você quer fazer? - Pergunta, mexeu em alguns dos fios de Han bagunçados pelo vento. Sedosos e macios.
- Eu não posso voltar para a escola, posso? - Pergunta sem ânimo.
- Espere um pouco e faça a prova de conclusão do ensino médio, arranjarei tudo para você. - Han o olha, brilhando os olhos. Minho se perguntou como ele consegue fazer isso, estava perdido naquela imensidão.
- Como eu poderia te retribuir? Não há como eu apenas me aproveitar, eu quero te ajudar de alguma forma. - Lee entrelaçou os dedos com os de Han, ainda sem desviar dos olhos que brilhavam cada vez mais.
- Pense nisso depois, por enquanto tudo que eu quero é você ao meu lado. - Han encarou isso de uma forma abstrata, queria algo mais concreto.
- Estamos... j-juntos? - Perguntou, mas logo se arrependeu, quis se esconder.
- Se você quiser, estamos namorando. - Falou, Han quase faleceu em seus braços quando puxou para um abraço. - Não fique tão vermelho.
- Como não? - Seu primeiro namorado. Nunca imaginou isso, mas não é tão ruim.
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mister rabbit •minsung
FanfictionA lenda urbana de quando escutava quando criança o acompanha ainda como estudante do ensino médio. Por algum motivo, se sentia amendrontado em pisar até mesmo na calçada do casarão da rua yongsam, número 591, onde supostamente mora o senhor Coelho...