Não foram três, dois ou um minuto que o fizeram perceber a situação que se encontra no momento. Foram apenas cinco segundos para a ficha de Jisung cair e ele perceber a gravidade da situação. Não era uma brincadeira de mal gosto, uma atuação fajuta, palavras sem fundo de verdade, era um fato, uma verdade que não deveria ser questionada. Está acorrentado.
Como se tivesse cometido um crime, do mais pior que seja, como se tivesse em uma prisão de segurança máxima. Se sentiu mal derrepente, seu coração estava tão acelerado que pensou que poderia ter passado da fase de uma simples batida acelerada, para uma taquicardia. Não queria acreditar que em apenas alguns meses sua vida poderia mudar tanto assim, nunca imaginaria que se envolveria com alguém a esse nível, pensava que só existia pessoas como Minho em livros criminais, um vilão bem detalhado e que no final, conseguiria ser derrotado. Mas, como o derrotaria? Como se vingaria disso? Como?
- Não force muito, seu tornozelo pode fraturar novamente. - Han levantou o olhar quase que sugado da vida que já teve.
- Tira essas correntes. - Sua garganta ainda doía, então falou em tom de voz baixo.
- Eu vou tirar se você me passar pelo menos um voto de confiança. - Colocou as mãos no bolso. - Você não pode fazer o quê fez novamente. - O olhar era frio e cheio de certeza.
- Lee Minho. - Falou e depois colocou a mão na garganta e tossiu.
- Vou trazer água e remédios, espere aqui. - Parecia preocupado, Han não estava mais na vontade de brigar e discutir, mesmo se gritasse não seria escutado e sua voz estava esvaindo aos poucos. Se deitou na cama e fechou os olhos, devia estar doente depois da exposição ao frio.
Depois de cinco minutos Minho apareceu, tinha remédio e água, mas Han acabou por dormir. Lee o cobriu, colocou o acesso ao soro novamente e deixou o remédio na cômoda junto com a água. Pensou se o acordaria, mas seria mais uma briga e não queria mais brigar com ele, de jeito nenhum. O ama demais para o ver tão mal.
O médico disse que havia um grau leve de desnutrição junto com um possível resfriado por tanta exposição ao frio. Alguns de seus subordinados vieram com informações, disseram que dormia em uma pousada e trabalha para um senhor chamado Kim Sooyoung, sua vida era lenta e vagarosa, não havia muito o quê detalhar, mas se sentiu satisfeito em saber que não tinha nenhuma outra pessoa dando em cima dele, o quê não seria muito difícil de acontecer.
Depois de duas horas o acordou e o fez beber água e tomar o remédio, mas ele estava tão sonolento que apenas dormiu novamente. Quão cansado ele deveria estar? Não consegue imaginar como que, com apenas vinte anos, passou por tantas dificuldades nessa vida. Queria o entender melhor, não é difícil perceber que ele está assustado. Ele viu muitas coisas que não deveria ter visto, não deveria ter conhecimento da morte do senhor Jung ou da carta, se ele tivesse visto Kyungmin seria seu fim. Mas, ainda acha que há uma esperança no fim do túnel.
Ele o amaria com o passar dos dias, um amor dependente. Fácil, fácil. Não há o quê temer acerca de ser abandonado, deixado para trás ou trocado, não quando consegue moldar tudo ao seu redor para ser favorável a seus gostos. Certo... certíssimo.
- Minho... - Han diz depois de acordar, se lembrando da discussão antes do seu corpo render aos estragos que um simples resfriado é capaz de fazer. Se sentou e sua dor de cabeça e moleza no corpo estavam se esvaindo, a febre saiu do seu corpo e se sentia menos quente. Certo. Está melhorando, pelo menos isso, ele foi capaz de lhe ajudar nessa situação difícil, acredita que se mesmo tivesse êxito em fugir novamente, a doença ainda o pegaria e não saberia se suportaria sem todo esse auxílio, já que não tem dinheiro para pagar um médico. Seu coração queria ser grato, mas sua mente ardia em fúria.
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mister rabbit •minsung
Fiksi PenggemarA lenda urbana de quando escutava quando criança o acompanha ainda como estudante do ensino médio. Por algum motivo, se sentia amendrontado em pisar até mesmo na calçada do casarão da rua yongsam, número 591, onde supostamente mora o senhor Coelho...