Minho se escorou no banco e começou a contar o tempo enquanto a sua mente trabalhava em um plano mórbido de o trazer de volta caso sua escolha fosse ir para a tal viagem, junto com aquele garoto atirado que com certeza tiraria proveito da ingenuidade de Jisung. Tinha olhos e ouvidos em todos os lugares e com isso, ter Han na palma das mãos não era tão dificil. 3 minutos e 20 segundos.
Seu olhar era atento para frente enquanto seu coração palpitava em ansiedade de sair desse carro e arrasta-lo pelos cabelos. Queria Jisung totalmente a mercê de si, de mais ninguém. 2 minutos e 30 segundos.
O tempo passava se rastejando e nada daquela figura bonita com as bochechas rosadas e rechonchudas. Tem certeza que Han não gosta de si, mas ele poderia se entregar facilmente de coração e mente para a pessoa que Minho poderia tornar a ser, caso permaneça ao seu lado. Uma nova pessoa. Uma máscara. 40 segundos.
A porta foi aberta e Han entrou, estava ofegante e com frio, suas bochechas estavam vermelhas e sua respiração desregular. Minho não esperava que ele voltaria. Seu olhar estava surpreso e após 30 segundos sorriu. Han acha esse sorriso bastante lindo, mas nunca diria em voz alta. Seu pulso foi puxado e Lee o beijou. O beijo foi lento e bastante saudoso, pareciam namorados que não se viam a meses. Minho explorava sua boca e chupava sua língua de uma forma sedutora, e se sentiu nas nuvens, perguntando se a idéia de ir com ele era cabível ou não.
- Hannie... que bom que voltou. - Se separaram por falta de ar. Minho depositou um beijo na sua bochecha e se ajeitou no banco, tentando esquecer da ereção no meio das suas pernas. - Vamos. - Deu partida. Começou a dirigir em direção a sua casa, localizada ao arredores de uma floresta, um lugar calmo e esverdeado. Han iria gostar. Vai ser sua estadia por uns dias, certo? Contava que ele não quisesse ir embora tão cedo, mesmo se quisesse, não há garantia que iria deixar ele passar pela porta que entrou.
Estacionou na garagem e foi recepcionado pelo jardineiro que costuma trabalhar cedo pela manhã no jardim. Minho nunca via beleza nessas flores, mas viu o verdadeiro significado quando seus olhos encontraram Jisung. O que é isso no seu peito? Não pode ser amor. Mas, tudo bem se for, pensou sozinho. Han cumprimentou o jardineiro, um rapaz de vinte e três anos que precisava de dinheiro para comprar comida. O viu sorrir para Jisung e Han brilhou aqueles olhos quando viu as flores.
- São muito bonitas. - Disse.
- Obrigado, jovem, qual o seu nome? - Começou a se aproximar tirando as luvas para apertar as mãos de Han, mas Lee foi rápido e o escondeu atrás do seu corpo.
- Faça o seu trabalho e vá embora depois. - Disse ríspido. O jovem jardineiro se assustou, o policial era sim um pouco sério, mas não era rude. Seria por causa da pessoa que estava ao seu lado?
- Sim, senhor. - Colocou a luva e voltou ao trabalho. Lee puxou Jisung até a entrada principal, seu pulso já se avermelhado pelo contato pedia alívio.
- Minho... - Disse, Lee parou os passos e o soltou.
- Perdão. - Acariciou o pulso avermelhado com seus dedos e sorriu. Entrelaçou os dedos gentilmente e começaram a caminhar até a cozinha, Lee o deixou sentado em uma cadeira de madeira na cor dourada, seu corpo se arrepiou por inteiro e flashes vibrantes daquela noite acenderam em seu peito fazendo um medo surreal o preencher. O quê é isso?
Quando decidiu ir com Minho foi algo rápido, pensou nisso assim que viu Seong Cheol, estava sorrindo para alguma menina da sala do mesmo jeito que sorria para si, e se prendeu em um pensamento triste que ele apenas se aproveitou da confusão da sua vida, usando suas piores artimanhas e uma convicção além do comum. Deu dois passos para trás e queria ir para casa. Mas que efeito surtiria? Sua mãe abriria a boca enorme para lhe cuspir palavras de mal gosto e Minho estava logo ali, querendo lhe levar para um café da manhã. Deveria ir, vai ser rápido, só um café e tudo bem, vai embora logo após.
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mister rabbit •minsung
FanficA lenda urbana de quando escutava quando criança o acompanha ainda como estudante do ensino médio. Por algum motivo, se sentia amendrontado em pisar até mesmo na calçada do casarão da rua yongsam, número 591, onde supostamente mora o senhor Coelho...