Porta vermelha.

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Han estava estirado no sofá enquanto Lee havia saído, não sabia por que diabos ainda estava aqui, mas quando tentou sair, a porta estava trancada, o olhar ameaçador que Minho o soltou antes de dizer que ia a delegacia resolver pendências, foi de um extremo sem igual. Olhou para a televisão e depois para a janela, por conseguinte, olhou para a escadaria.

Subir a escadaria, virar a direita, contar três portas, e lá estava. Na quarta porta, pintada de cor diferente, um vermelho vinho, a maçaneta prata, se sentiu curioso em ver o interior, por que não? Já está aqui mesmo. Fez o trajeto e encarou a porta, a cor vívida o chamava, seu nome era pronunciado com todas as letras e sentia seu coração disparar de curiosidade. Girou a maçaneta e a porta rangeu como se estivesse há algum tempo sem ser habitada, o quarto escuro quase o fez desistir, mas já estava aqui, antes de entrar olhou para os lados para se certificar que está sozinho na residência e entrou.

Tateou a parede e ligou o interruptor, o ambiente foi iluminado por uma luz vermelha, ainda assim, exergava, mas pouco, não era que nem a luz branca do corredor que entrava pela porta aberta. Olhou ao redor, é um quarto comum. Na verdade, comum é uma palavra muito forte. Contém apenas uma cama de casal, revestida por lençóis pretos de seda, observou com atenção e tinha algumas correntes no teto da cama que desciam até perto da cabeceira, se arrepiou inteiro.

Olhou para o lado e um armário embutido de madeira se situava a poucos metros de distância. Com as mãos tremendo e o ouvido aguçado para qualquer chegada de pessoas na casa, abriu o armário e se deparou com objetos de tortura. Bem, foi isso que sua mentou pensou que fosse. E dependendo da pessoa, realmente é isso que significa.

Desde algemas e mordaças até uma variedades de chicotes de couro. Seu coração palpitou e fechou o armário rapidamente, não queria contato com esse tipo de coisa. Deu dois passos para trás tentando raciocinar o quê havia visto e seu corpo se chocou com algo rígido. Ou a parede se movimentou até seu encontro ou havia alguém logo atrás de si.

Como? Não escutou nada. Não escutou passos, não escutou seu nome ser chamado, não escutou porra nenhuma, então como ele está bem aqui atrás de si? Seu corpo girou cento e oitenta graus até estar de frente com outra pessoa. Sim, é Lee Minho, mas seu semblante, sua expressão, tudo em si. Parece ser outra pessoa.

- É isso quê você faz quando está entediado? Bisbilhota? - Um sorriso sádico escapa de seus lábios e seu olhar cheio de emoção transborda felicidade. Como se apesar de terem estragado a surpresa, seu efeito ainda é o mesmo.

- M-me p-perdoa... - Deu dois passos para trás se afastando da pessoa que não conhecia mais. - E-eu quero ir embora, eu finjo que nunca vi nada.

- Embora? Não, não, Han Jisung não estrague tudo. - Ele caminhou em passos moderados até o armário e o abriu. - Deu uma boa olhada? - Minho encarou Han suar frio e começar a se tremer.

- M-me desculpa. - Começou a chorar, sabia que não ia demorar muito.

- Não adianta explicar, eu teria que te mostrar na pele como cada um funciona. - Diz, Han nega com a cabeça. - Por que não? Você me pareceu tão curioso.

- E-eu prometo nunca mais fazer isso. - Chorava alto. Estava realmente assustado. Minho ponderou algumas vezes, mas porra, isso é tão divertido.

- Hannie, não seja uma criança. - Disse, mas se arrependeu ao o ver o encarar com os olhos brilhantes segurando o berreiro. - Tá bom, tá bom, vamos aos poucos. - Não retirou nada do armário, mas retirou o cinto. - Eu deveria educar você, não acha? Você e sua péssima mania de bisbilhotar tudo que vê pela frente. - Han o empurrou quando chegou muito perto.

- Se afaste. - Lee não regrediu nem dois passos.

- Você quer piorar o castigo? - Pergunta irritado. Sabia com quem estava lidando, mas as vezes tem que ter paciência excessiva com Jisung.

- Você nã-

Minho o puxou pelo braço e o jogou na cama, caminhou até o armário e retirou uma mordaça com uma bola centralizada no meio.

- Eu tentei, mas você me deixou sem escolhas. - Colocou a mordaça mesmo com Han se esperneando em seus braços. Olhou a cena. A bola no meio da sua boca macia, mas não gosta disso, por algum motivo não gostou disso. Queria o beijar. Queria provar daqueles lábios. Han retirou a mordaça e jogou em Minho. Estava tão irado que poderia o bater.

- EU TE ODEIO! - Gritou a plenos pulmões. - EU ODEIO ESSE LUGAR, ODEIO TUDO. - Saiu em disparada do quarto. Minho estava estático. Geralmente usava esse quarto para que pessoas com quem transava não usassem o seu, e também, para se excitar mais rápido, com alguns brinquedos sexuais e a pouca iluminação, para noites casuais, sem amor. Amor...

Estragou tudo. Estava tudo indo tão bem, Han admitiu que não pensou em apenas sexo, mas em amor e estragou tudo com essa idéia de merda. Esse quarto não combina com Han, não gosta de o ver amarrado, nem amordaçado. Ama o sentir abraçando e a ouvir seus gemidos. Porra, não precisa de nada se já o tem. Com alguns minutos de diferença começou a procura-lo, o encontrou rápido arrumando sua bolsa para ir embora.

- Espera! - Tentou o parar, mas guardava suas roupas rapidamente. - Han, me escuta. - Segurou seus dois pulsos para o fazer olhar. - Me perdoa. - Han arregala os olhos em surpresa. - Eu disse que não ia mais te assustar, eu estraguei tudo. - Minho o abraçou. Han estava estático. - Por favor, me deixe me desculpar com você de todas as formas possíveis, mas não vá embora. - Han não queria acatar a idéia, estava com medo, muito medo. Não sabia que mais quartos essa mansão escondia. Nem se essa encenação toda é verdadeira.

- E-eu disse que não gosto disso. - O abraçou de volta escondendo o rosto.

- Tem razão e eu fui um idiota por não ter escutado. - O agarrou forte. - Aquele quarto eu não uso há anos, e pretendo usar nunca mais, desde que te conheci eu só quero você. - Han fungou e Lee foi rápido em pegar seu rosto e limpar suas lágrimas. - Não chore assim... - O ver chorando desesperado partiu seu coração.

- Tudo bem. - Concordou. E tem como discordar? Deveria apenas agradecer que ele reconheceu seu erro.

- Vamos comer alguma coisa. - Andaram de mãos dadas até a cozinha. Minho estava com o coração na mão, porra, se ele tivesse achado os quartos que ficam no final do corredor esquerdo não teria atuação que o tiraria dessa enrascada.

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Sua mente não processou corretamente o que viu no quarto com a porta vermelha. Muito menos se Minho estava falando a verdade, mas percebeu como estava ansioso com alguma coisa.

- O quê aconteceu? - Han pergunta, suas pernas estavam em cima do colo de Minho que fazia um carinho inconsciente. Minho estava preocupado com as portas trancadas no final do corredor esquerdo. Especialmente a de cor roxa.

- Nada, estou triste por ter feito o que eu fiz. - Mentiu. Óbvio que mentiu. Não estava mais preocupado com isso.

- Vamos esquecer isso... - Lee o puxou, Han se sentou em seu colo.

- Eu gosto quando me abraça assim. - Disse quando Han passou os braços ao redor do seu pescoço e abraçou. O barulho metálico foi alto. Como se alguém estivesse tentando chamar atenção, Han pulou assustado. O barulho vinha do andar de cima. Han o olhou, sentindo aqueles braços o segurarem com força.

Precisamente, na segunda porta a esquerda do corredor. A porta com uma cor roxa escura quase imperceptível e com uma pessoa quase falecendo dentro.

mister rabbit •minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora