mister rabbit •minsung

Plano falho.

O plano diabólico consistia em um confinamento, só que, claramente adaptou para suas próprias normas e regras. O quê, evidentemente, refletia no seu lado obscuro de tomar decisões precipitadas e depois se vangloriar caso der certo. E, pode ter certeza que faria de tudo para funcionar. Mas, não poderia fazer isso com Han Jisung. Pensou nisso por longas horas, tem tudo para dar certo, mas não tem como controlar ele.

Não há medida possível que atribua Han Jisung uma outra personalidade além a que está habituado a ser. Uma pessoa que, apesar das dificuldades atribuídas ao longo da sua trajetória de vida, é constantemente feliz. Sim, nunca dá sorrisos falsos, sempre expressa algum tipo de sentimento. E, céus, não há como tirar esse sorriso do seu rosto.

Mas, por que diabos está sorrindo para aquele jardineiro? Tem certa simpatia pela vida de Chansoo, que batalha para pôr um prato de comida na mesa da sua família, até mesmo lhe dá muitas extras como mecanismo de ajuda, então, por que caralhos esse mal agradecido está cortejando seu até então, amado? Não há palavras que descreva o nível extrapolado de ódio que domina seu ser como um tsunami descontrolado.

A maré de emoções que o inunda de sentimentos jamais sentidos em sua pele antes. Com isso, caminhou em passos pesados e apressados sentindo seu corpo afundar na terra a medida que caminhava até eles. Como diabos ele consegue ser cortejado tão facilmente? Não há cativeiro que o impeça de conquistar corações. Então, não adiantaria nada seu plano cruel de o deixar trancado nessa mansão até o resto da sua vida. Não há nenhum benefício quanto a esse plano que mesmo ser ter posto em prática, já é falho.

- Han! - O chamou. Ele se virou e se despediu do filho da puta que deve ter o cantado diversas vezes. Observou aquele olhar astuto na bunda de Han enquanto vinha na sua direção e notou que estava usando uma calça preta justa em suas coxas. Roupas comuns em uma estação fria, mas que, na sua cabeça que está começando a ficar mais perturbada do quê jamais foi, achou totalmente provocantes.

- Minho. - Chamou sua atenção quando o viu perdido em pensamentos, pensamentos esses que o fariam matar algum civil em plena luz do dia. - Eu estava te esperando e resolvi cumprimentar o jardineiro, ele colheu essas rosas para mim, não são lindas? - Mostrou o pequeno arranjo de flores sorridente, não percebendo a fúria que qualquer transeunte em uma rua lotada perceberia.

- Sim, são. - Nem olhou direito, lançou um olhar para o jardineiro e entrou com Jisung, deu muito trabalho o que fez com Kyungmim e tinha certa vontade de ajudar Chansoo, não seria ele a testemunha perfeita para dizer que o policial Lee Minho é o homem mais honesto e bondoso que já viu? Caso, algum dia não tão distante, descubram seus crimes hediondos. Porém, dava mais que o necessário para ele cuidar do seu jardim e ele ainda olha descaradamente para o seu futuro namorado? Assim não dá. Iria cuidar disso depois que a estadia de Han terminar por aqui.

O deixou com a cozinheira, que talvez seja a pessoa que mais suporta e que não vê motivo para fazer algum mal a ela, nunca lhe passou pela cabeça. Kim Jinwan, idosa, faz comida boa e principalmente, se faz de surda. É uma das poucas pessoas que ainda existem nesse mundo que não bisbilhota, não dá palpite e finge que não viu nada, é a governanta chefe da casa, além de cozinheira e recebe umas boas quantias para permanecer calada diante das barbaridades vistas e ouvidas. Dinheiro resolve tudo, contato que seja em uma quantidade certa.

Han Jisung é altamente sociável e gosta de fazer amizades, gosta de ouvir e dar palpites, se não usufruisse de sentimentos profundos por ele, com certeza seria uma das pessoas que não suportaria conviver. Mas, por incrível que pareça, ama seu jeito de ser, não sabia como, mas se apaixonou antes mesmo de iniciar um diálogo extenso.

Tomou banho e trocou de roupa, haviam combinado de fazer um piquenique antes de irem até a casa de campo de Minho, que fica no interior de uma cidade pacata. Conseguiu uns dias de folga, na verdade, trabalhava quando queria, quem iria se opor ao filho do comissário? Só um corajoso. Geralmente trabalha fora, só vai para assuntos urgentes. Por isso que, um toque de diversão, nunca é demais.