Promessas

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     Ambos estavam reunidos em torno do caixão enquanto o padre dava as bençãos, o rei havia ficado muito doente no ultímo mês e acabou falecendo, a tuberculose não deixava ninguém passar, nem mesmo monarcas, parecia que aquela era a única coisa que eles tinham em comum com o resto das pessoas. A morte.

     Sakura estava de pé ao lado de Sasuke, os dois não trocaram uma palavra desde que souberam do óbito, aquilo estava a sufocando, a única que estava mais afetada que Sasuke era a rainha, ela estava com os olhos inchados e avermelhados e com olheiras profundas. Sakura odiava funerais, todo o clima pesado e o silêncio a deixavam enjoada, ela já não gostava antes, mas depois do funeral de sua família a situação só piorou.

     Foi então que ela sentiu um aperto em sua mão, Sasuke estava a segurando, procurando por algum tipo de conforto, ela não exitou em apertar a mão dele, sabia como ele estava se sentindo, ela queria poder abraçá-lo, porém demonstrações de afeto não eram permitidas nos funerais reas britanicos, nem ao menos chorar, que tipo de pessoa é tão incencível ao ponto de criar uma regra assim? Sakura pensou a primeira vez que participara de uma daqueles serimonias na Inglaterra.

     Depos das serimonias haveria um banquete, mas Sakura e Sasuke seguiram para o jardim, ele não queria participar daquilo, sentaram-se em um banco sob uma oliveira, Sakura apoiou a cabeça no ombro se Sasuke, sentindo ele passar o braço pelas costas dela e descançar a mão em sua coxa.

– Eu sinto muito – Ela disse, quebrando o silêncio, mas Sasuke não disse nada, ele já falava pouco quando estava de bom humor, imagine quando estava de luto.

     Eles ficaram sentados sem dizer uma palavra, queriam aproveitar o tempo que tinham enquanto Sasuke não tinha tantas responsabilidades, pois agora ele era rei, era isso, Sasuke era rei, a pessoa mais importante de toda a Ingaterra, o "representante de Deus na terra", quanta baboseira. Porém, Sakura era certamente uma das pessoas mais poderosas da terra, czarina da Rússia, um dois maiores impérios já existentes e que cobria 1/6 da terra, além de agora ser a rainha da Inglaterra, aquilo deixava a maioria dos outros lideres mundias desconfortaves, tanto poder nas mãos de uma mulher, aquilo só poderia causar o fim de duas monarquias. Era o que eles pensavam.

– Pensa neles? – Sasuke perguntou a ela, se referindo a família de Sakura.

– Todos os dias – Ela respondeu – E nunca vai parar.

– O seu caso foi pior – Ele disse.

– Não se compara perdas, Sasuke – Ela o repreendeu – Ambos perdemos pessoas importantes durante nossa vida, e isso não vai parar de acontecer.

     Sasuke suspirou, só de pensar em perder ela novamente... Ele a trouxe mais para perto, aquela possibilidade parecia tão real, ele pousou o rosto no topo da cabeça dela, sentindo o doce aroma de seus cabelos, ela sempre conseguia o deixar mais calmo, mesmo de forma indireta.

– Prometa que nunca vai me deixar – Ele pediu a ela.

     Ela bufou, ele sabia que ela odiava fazer promessas depois de tudo que aconteceu, ela também não queria o deixar, mesmo que isso não fosse acontecer naquele momento, mas nunca se sabe.

– Sabe que eu odeio promessas – Ela tentou fugir da resposta.

– Prometa – Ele pediu novamente, a abraçando com mais força.

– Eu prometo – Ela queria jogar ácido na sua garganta por ter dito aquilo, não havia como prometer algo daquele tipo – Sabe que eu nunca te deixaria, jurei isso no nosso casamento.

– Eu sei – Ele disse, tão baixo que quase não foi possivel ouvir – Não sei por que te pedi isso, desculpe.

– Tudo bem – Ela disse, acariciando os fios de cabelo de Sasuke – Está passando por um momento difícil, eu entendo.

– Obrigado – Ele a agradece.

– Pelo que? – Ela pergunta confusa.

– Por estar aqui comigo – Ele responde – Ter se casado comigo, até mesmo por existir.

     Ela solta uma risadinha abafada.

– Você é impossivel – Ela diz, só Sasuke para agradecer por ela existir.

     Ele sorriu de forma mínima, e então olhou para o salão, podia-se ver a sombra das pessoas se movendo pelas janelas, ele odiava eventos do tipo, odiava tudo aquilo, ele nem tinha nascido para ser rei, nascera apenas para ser o reserva, seu propósito apenas acabou se comprindo.

– Podiamos entrar pela parte de trás do palácio e fugir para o quarto – Ela sugere – Funerais esgotam minha energia.

– Está tentando me seduzir? – Ele pergunta a ela, com um sorriso crescendo nos lábios e arqueando uma sombranselha.

– Pela primeira vez não – Ela responde, se levantando – Estou apenas com sono.

– Tudo bem – Ele diz, se levantando, ambos seguem para a parte de trás do palácio.

     Ir para o quarto sem serem vistos foi fácil, não havia ninguém pelos corredores, apenas os guardas, mas eles não podiam falar nada, e se fofocassem depois não era problema deles, eles entraram no quarto e Sakura soltou um supiro de alívio, se jogando na cama.

– Como pode estrar tão cansada? – Ele perguntou a ela – Não passou das quatro e funerais não são tão cansativos.

– Já disse – Ela falou, fechando os olhos – Energias ruins me deixam cansada.

     Ele se aproximou e se deitou na cama ao lado dela, ela se virou para ele e apoiou a cabeça no peito dele, o abraçando e fechando os olhos.

– Adoro momentos como este – Ele disse, segurando a mão dela que estava sobre seu peito.

– Você odeia todos os outros, era esperado que gostasse pelo menos de um – Ela brincou e ele riu bufando.

– Não são todos os outros momentos – Ele rebateu, se virando para ela e a encarando.

– Se você diz – Ela disse, provocando.

     Sasuke revirou os olhos e capiturou os lábios dela, no início o beijo era calmo, mas aos poucos foi ficando mais intenso e mais desejado, Sasuke cobriu o corpo de Sakura, precionando seus corpos, eles separaram o beijo a procura de ar, se encarando, Sasuke jurava que se desviasse o olhar daquela imensidão verde ele morreria.

– Me ame – Ela pediu, ou ordenou. Deixou que ele visse toda a sua sede, todo seu canaço. Sua alma estava lá, exposta – Apenas me ame, Sasuke. Me distraia com seu amor.

     E ele o fez. Amou-a de várias formas, com vários tons e notas, assim como ela fez com ele. Ele mostrou, a cada pedacinho do corpo dela, o quanto os venerava, o quanto o conjunto deles era a única coisa de real valor que ele possuía. Sakura era insacíavel, não importa quantas vezes naquela tarde e noite ele a tenha feito ver o céu.

     Por mais uma vez, as reações dela, suspiros e gritos marcaram-se no corpo dele como os rasgos de suas unhas. O suor  que em dado momento se misturou, cheirava a eles. Os sorrisos de satisfação de Sakura, os Os perfeitos que a boca dela formava a cada vez...

     Sakura era dele e ele seu. Aquilo era a prova.

     Plena. Completa.

     


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