Pode Falar Comigo

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Cinco dias haviam se passado desde a chegada de Sakura na Inglaterra. Neste momento, ela estava olhando pela janela, ela tinha acabado de sair ao funeral de sua familia, precisava pensar um pouco. Ela fitava a rua em frente ao palácio enquanto sentia as lágrimas escorrendo pelas suas bochechas.

– Sakura? – Sasuke a chama, entrando na sala, ela rapidamente limpa as suas lágrimas.

– Sim? – Ela pergunta, sem tirar os olhos da janela e respirando fundo.

Sasuke se aproxima dela e a abraça por trás, dando um beijo em seu pescoço.

– Eu sinto muito - Ele diz.

– As vezes eu me pergunto o que teria acontecido se eu não tivesse demorado em sair do quarto – Ela diz a ele.

– Por favor, não me fassa relembrar esses pensamentos - Ele pede a ela.

– Perdoe-me – Ela se desculpa.

Ela não pode se segurar, sentiu as lágrima escorrerem pelo seu rosto de forma intensa e começou a soluçar.

– Sakura... – Ele diz, a abraçando.

– Eu nem pude dizer adeus... – Ela diz, afundando o rosto no peito de Sasuke.

– Eu sinto muito por isso – Ele diz a ela - Sei como é isso...

– Itachi? – Ela pergunta e ele faz que sim com a cabeça.

– Estava indo a uma conferência quando me informaram de seu óbito, tive que comparecer ao evento, foi horrivel - Ele explica.

– Sinto muito – Ela diz, se aconchegando mais nos braços dele.

Ele segura o queixo dela e levanta sua cabeça, fazendo ela olhar nos olhos dele, ele deposita um beijo castro na cabeça dela e volta a encará-la.

– Parece cançada – Ele diz, tocando no rosto de Sakura - Precisa descançar.

– Estou bem – Ela diz.

– Sakura, você não dorme direito desde que chegou aqui – Ele diz.

– Não durmo direito desde que minha familia morreu – Ela murmura e Sasuke solta um suspiro – Além disso, tenho assuntos do meu país para resolver.

– O mesmo país que tentou assassina-la? – Ele pergunta, com raiva.

– O mesmo país que precisa de mim – Ela retruca – Sinto muito, mas agora eu sou a czarina.

– Eu sei - Ele diz – Mas seu povo não vai receber sua ajuda de braços abertos.

– Alguns vão – Ela retruca – Olhe o exemplo de Hinata, ela podia ter me deixado morrer se quisesse.

– Ela não sabia que era você – Sasuke diz.

– Eu estava inconsiente quando Naruto contou a ela, estava completamente vulneravel – Ela explica.

– Não vou deixar você voltar a Rússia – Ele diz.

– Não é você quem decide isso – Ela diz, se afastando e voltando a olhar pela janela.

– Você não vai voltar.

– Eu sou a czarina, uma patente mais alta que a sua, meça suas palavras quando fala comigo – Ela retruca.

– Desculpe - Ele se desculpa, se aproximando dela – Eu só... não quero perder você denovo.

– Você não vai me perder, Sasuke.

– Pode me prometer isso? – Ele pergunta, ela fica em silêncio, cuprir promeças não era seu forte.

– Se eu ajudar a distância os bolcheviques vão descobrir meu pradeiro e virão para Londres – Ela explica.

– Então não ajude – Sasuke diz – Eles que começaram a revolução, deixe vejam como estavam errados e que venham correndo até você.

– Não posso abandonar meu país, Sasuke – Ela o encara com raiva - Se eu fizer isso, milhões de pessoas inocentes vão morrer.

– Sua familia era inocente também.

– Mas meu pai não – Ela diz – 80% da população vivendo em condições da era feudal e ele ligava apenas para bailes de gala e vitórias em guerras. O povo estava desesperado, eles estão pedindo ajuda!

– Poderiam ter pedido ajuda de forma mais pacífica - Sasuke retruca.

– Eles tentaram – Sakura explica – Se reuniram em volta do Palácio de Alexandre pedindo por pão, eles não fizeram nada de ameaçador, mas meu pai ordenou que as tropas afastacem eles, mil pessoas morreram e mais de cinco mil ficaram feridas, tudo por que meu pai não queria que sujassem suas calçadas.

– Eu não sabia – Sasuke diz, em choque.

– Eu preciso ajudá-los, não posso deixar que morram de fome ou de frio – Ela explica.

– Tudo bem – Ele diz – Mas por favor, não vá até a Rússia.

– E se os bolcheviques vierem para cá? – Ela pergunta – Não quero que seu povo sofra as consequências por minha causa.

– Meu pai não vai deixar que ponham um pé na Inglaterra – Sasuke diz.

– Seu pai vai deixar que eu ajude meu país? – Ela pergunta.

– É o seu país, pode ajudá-lo quando bem entender – Sasuke diz – E para sua sorte, minha mãe gosta muito de você.

Sakura ri com o comentário de Sasuke, ele se aproxima e segura seu cintura, a trazendo mais para perto.

– Mau posso esperar para nos casar-mos – Ele diz, beijando o pescoço de Sakura.

– Por que? – Ela pergunta, inclinando a cabeça para o lado para dar mais espaço a ele.

– Eu quero tocar em você – Ele diz, próximo do ouvido de Sakura.

Aquelas palavras quase foram o suficiente para ela cair no chão, quase não se aguentava quando Sasuke falava coisas do tipo.

– Não falta muito – Ela diz, sentindo o rosto ficar vermelho.

– Para mim é uma eternidade – Ele diz, deixando um chupão no pescoço de Sakura.

- Se está tentando me seduzir, sinto muito em dizer que não está conseguindo – Sakura sente seus pelos se arrepiarem quando ele dá uma pequena mordida em seu lóbulo.

– Acho que eu já consegui – Ele a beija com desejo e luxúria, Sakura fica em choque, ele nunca a havia beijado assim.

– Sasuke... – Ela murmura entre os beijos e ele sorri.

     Ele prença ela contra a parede, voltando a beijar seu bescoço e começando a brir a blusa de Sakura, quando ele tinha conseguido desabotoar quase toda a blusa alguém bate na porta. Sasuke bufa e vai em direção a porta, saindo da sala e fechando a porta atrás de si, Sakura fica paralizada por alguns segundos, mas então começa a abotoar sua blusa. Após alguns minutos, Sasuke volta para a sala.

– Era apenas o Kakashi – Ele explica, fechando a porta, quando seus olhos encontram o corpo de Sakura ela já estava completamente vestida – Por que fechou a blusa?

     Ele se aprocima, iria envolver os braços ao redor de Sakura, mas ela desvia.

– Sinto muito, amor – Ela diz, indo em direção a porta – Mas tenho assuntos do meu país para resolver.

– Está tentando fugir de mim? – Sasuke pergunta, incrédulo.

– Claro que não – Ela nega, saindo da sala e fechando a porta, deixando Sasuke sozinho.


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