Deus Salve o Rei

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     Eles entavam em frente as portas fechadas, ambos nervosos e cheios de expectativas, ele segurava a mão dela, na tentativa de tranquilizar ambos, em alguns segundos, estariam atravessando um corredor sendo observados por centenas de pessoas, sabendo que em poucos minutos a coroa estaria sobre suas cabeças, um país para governar, mas eles estavam prontos, tinham que estar desde o dia que nasceram.

– Pronta? – Sasuke perguntou a ela assim que a a música começou a tocar.

– Tenho de estar – Ela respondeu e ele sorriu.

     Ela respirou fundo, e então, as portas se abriram.

...

     Estavam todos conversando durante o banquete, Sakura se sentia sufocada, não gostava de ambientes muito amontoados e infurnados de pessoas, mas desta vez estava pior, ela se sentia enjoada e procurar por ar era difícil.

– Preciso de ar – Ela disse a Hinata e então andou em passos pesados para fora do salão, sendo seguida pela garota de olhos perolados.

– Nunca vi uma rainha tão nervosa – Ela disse, observando Sakura tomar folego enquanto se sentavam em um banco – Tem certeza que está bem?

– Sim, só estou um pouco cansada – Ela respondeu a amiga enquanto apoiava a cabeça nas mãos.

– A senhora quer que eu pegue um copo de água? – Hinata perguntou, já se levantando, mas Sakura segurou seu braço.

– Não, não precisa – Sakura disse, soltando o braço da amiga assim que ela se sentou novamente – E por favor, não me chame de senhora.

– Certo – Hinata disse, enquanto observava a palidez do rosto de Sakura, foi então que viu Sasuke se aproximar pelo corredor, ela rapidamente se levantou e fez uma reverência – Majestade.

– Lady Hinata, poderia nos deixar a sós? – Ele perguntou, Hinata rapidamente fez outra reverência e saiu, ele se sentou ao lado de Sakura, passando os dedos pelos longos fios de cabelo dela – Qual o problema?

– Não é nada – Ela respondeu – Só me senti um pouco enjoada.

– Sakura, o que há com você? Tem andado enjoada, se cansa facilmente e diminuiu o rítimo de afazeres, está doente? – Ele perguntou, tocando a testa dela para verificar sua temperatura.

– Bem, eu não diria que é uma doença – Ela disse, removendo a mão de Sasuke de sua testa e a segurando.

     Sasuke não entendeu, o que ela queria dizer com aquilo? Ela percebeu a confusão dele, mas não sabia como dizer em palavra, então ela colocou a mão dele em sua barriga, sobre seu ventre, ele arregalou os olhos.

– Você... – Ele tentou dizer, mas perdeu o folego.

     Sakura baixou a cabeça, da última vez tudo havia sido um caos. Ele notou que ela baixou a cabeça e a abraçou, Sakura, ao sentir os braços dele a envolvendo, suspirou aliviada, não conseguiria lidar com tudo aquilo sozinha.

– Eu te amo tanto... – Ele sussurrou no ouvido dela – Prometo que não irei deixar nada de ruim acontecer a você.

     Sakura sentia que poderia começar a chorar alí e agora, não sabia se era pelos hormônios da gestação ou pelas palavras de Sasuke.

– Nenhuma vadia ruiva? – Ela perguntou e ele riu.

– Nenhuma – Ele afirmou.

     Ela sorriu, era tão feliz e sortuda por ter alguém como Sasuke, para ama-la e respeita-la, para construir uma família.

– Precisa voltar ao salão – Ela disse a ele, a presença de Sasuke era muito mais importante que a dela.

– Quero ficar aqui com você – Ele disse, a abraçando com mais força e ela riu, ele parecia uma criança.

– Não pode fugir de suas obrigações.

– Fizemos isso no funeral de meu pai, então acho que posso sim.

– Não era um rei coroado naquela época – Ela disse, se afastando um pouco – E olhe onde paramos.

– Certo, certo – Ele disse, mau humorado.

– Vou estar no quarto se precisar de mim – Ela disse, se levantando.

– O que vai fazer? – Ele perguntou enquanto observava ela se afastar.

– Dormir –  Respondeu, coroações podiam ser bem cansativas, principalmente para ela.

...

     Sasuke entrou no quarto completamente exausto, ele só queria dormir, Sakura já havia o feito, ela estava deitada na cama com os olhos fechados e com um expreção plena, observa-la enquanto dormia havia se tornado um vício de Sasuke, ele já havia passado noites em claro, velando o sono dela.

    Ele se deitou na cama e a abraçou por trás, repousando a mão sobre o ventre dela, imaginando que logo alí, embaixo de sua mão, estava seu filho. Apesar dele ter sabido de sua existencia a poucas horas já o amava, aquilo também havia acontecido da última vez, era um sentimento que ele não saberia explicar nem que o obrigassem, ele só estava lá, preenchendo parte de sua alma.

     Com aqueles pensamentos ele fechou os olhos e entrou no mundo dos sonhos.


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