Chapter 39/ the day we met

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Eu não quero olhar para mais nada agora que te vi
(Eu não consigo mais desviar o olhar)
Eu não quero pensar em mais nada agora que pensei em você
(As coisas nunca mais serão as mesmas)
Eu tenho dormido há tanto tempo numa noite escura de vinte anos
(Agora, estou totalmente acordada)
E agora, vejo a luz do dia
Daylight - Taylor Swift


BELLA CARTER


Quando acordamos na manhã de hoje, Christian insistiu na ideia de que eu precisaria andar armada por aí e que me levaria para aprender a atirar, em um clube de tiro ao alvo.

Então, agora estamos de frente para o local. Nós descemos do carro e entramos, Christian cumprimenta o homem de cabelos pretos que está no balcão, como se já o conhecesse a bastante tempo.

— E aí Luke. — ele dá um cumprimento de mão ao homem. — Ainda com o mesmo bigode? Quanto mal gosto.

Christian faz uma careta de desgosto e o homem arqueia uma sobrancelha.

— Ainda sendo o mesmo imbecil de sempre, Bennett? — o homem sorri falsamente e cruza os braços na frente do corpo.

Os dois seguram uma risada por alguns segundos, mas logo em seguida se entreolham e dão uma gargalhada.

— Conseguiu o que te pedi? — Christian pergunta a ele, depois que param de rir.

— Claro. Aqui está. — Luke coloca uma pistola no balcão.

Christian vai até lá e pega, analisando os detalhes.

— Nós iremos entrar, ok? — Christian avisa ao homem, que assente com a cabeça e me puxa para andar com ele.

Nós chegamos na área de tiro ao alvo, várias miras estão espalhadas pelo local, algumas armas dispostas em uma bancada.

Christian se vira para mim e coloca a pistola de antes, na minha mão.

— Essa é sua. Uma Glock G19. É uma pistola ótima para iniciantes e tem pouco recuo. Ela tem capacidade para 15 balas. Vou te ensinar tudo que precisa saber. — ele fala e eu aperto a arma em meus dedos.

— Gostaria que isso... — aponto para o todo o ambiente. — fosse apenas uma “diversão”. Não quero ter que usar uma maldita arma contra alguém, Christian.

Ele percebe meu desânimo com a possibilidade real de isso acontecer e segura meu rosto nas mãos.

— Me escute. Vamos tratar isso como se fosse apenas uma tática de defesa pessoal, sim? Como uma arte marcial. Não perturbe sua mente, pensando que “algo irá acontecer”, lhe garanto que lidaremos com tudo muito bem, independente de qualquer coisa. — ele fala num tom reconfortante, me fitando nos olhos.

— Tudo bem. Me ensine como usá-la então. — sorrio somente com os lábios e lhe dou um selinho.

Christian me faz colocar fones e óculos de proteção e me posiciona na direção de um alvo.

— Primeiro passo: mantenha sua postura firme. A empunhadura da sua mão na pistola deve ser o mais firme e alta possível, mantenha uma linha reta com sua visão. Não deixe as mãos relaxarem em nenhum momento, seus dedos tem que estarem sempre colados a arma, para evitar um recuo grande. Aqui está o carregador. — ele pressiona um botão e o carregador da arma sai. — Você vai inserir os cartuchos e colocar o carregador de volta, quando ouvir um clique, significa que está encaixado. Aqui está a trava de segurança, que você irá empurrar para baixo e aí, irá puxar o ferrolho contra o cano para trás, para carregar a bala na câmara de disparo. Então, é só mirar no alvo. Só coloque o dedo no gatilho, quando tiver certeza que está pronta para atirar, para evitar um acidente, ok?

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