Meu belo russo

[Fukuchi Ouchi]

Após alguns minutos de espera e ouvindo Dazai levar um esporra da cozinha. O homem de cabelos ruivos logo aparece com a bolsa do russo.

- Aqui- diz o homem dando um leve sorriso enquanto entrega a bolsa para Fyodor

- Obrigado - diz meio nervoso pegando a sua bolsa.

Rapidamente Dostoiévski coloca a bolsa no chão e começa a procurar por seu celular, logo o achando e o ligando, dando a sorte por ter um pouco de bateria. Rapidamente Fyodor começa a digitar o número que Stoker havia lhe passado.

- Pai, calma - diz Karma percebendo o quão nervoso o russo está, já que o mesmo está tremendo.

Fyodor nada responde, apenas respira fundo tentando se alcamar enquanto espera Bram atender a ligação.

- Alô?- a voz de Stoker se faz presente através do aparelho

- Alô Bram, sou eu o Fyodor - diz ainda meio nervoso já que Fukuchi pode estar vasculhando os apartamentos em sua busca

- Oi, o que ouve pra você está me ligando?- questiona o albino do outro lado da linha meio preocupado por conta do nervosismo transmitido pela voz do moreno

- Fukuchi, vi ele parado na porta do meu apartamento, acho que está atrás de mim - diz ainda nervoso com essa situação, mas também tentando se manter calmo.

Karma percebendo o nervosismo do mais velho, simplesmente o abraça tentando passar conforto.

- Me passa seu endereço agora - diz Bram demonstrando desespero e preocupação

Fyodor passa seu endereço para Stoker, enquanto isso Dazai está escutando uma boa briga vinda de seu pai de consideração.

- Eu já disse, não tem nada aver com isso, o problema é que alguém quer matar o meu amigo e eu preciso ajudar!- diz Dazai tentando explicar a situação um tanto quanto delicada para o homem de óculos.

- Ango, por favor, escute ele - diz o de cabelos ruivos entrando na cozinha

- Tá, eu ajudo - diz irritado - É só pra avisar, não me traga esses problemas de novo moleque - diz irritado saindo da cozinha e caminhando até o quarto, sendo seguido pelo homem ruivo.

- Calma ango, ele é adolescente, e normal fazer besteira - diz o ruivo se aproximando do moreno

- Ele faria menos merda se você não ficasse mimando ele- diz num tom irritado enquanto pega algumas armas

- Não diga isso, sei que está preocupado, mas não adianta nada ficar brigando com ele, sabe como Osamu é cabeça dura - diz colocando sua mão sobre o ombro do moreno

- É, você tem razão - diz soltando um suspiro

- Ótimo, agora vamos ajudar o nosso filho - diz dando um leve sorriso

Os dois saiem do quarto com algumas armas, realmente Oda não sabia o por que de Ango trazer armas do trabalho, mas o moreno sempre diz que é por precaução.

- Armas?- questiona Fyodor vendo a bolsa sendo colocada sobre o sofá

- Sim, meu caro pai Ango trabalho infiltrado em uma gangue criminosa, então é comum ele ter armas em casa, além disso foi ele quem me ensinou - diz Dazai num tom animado, até parece que esqueceu da briga que tiveram no hospital.

- Ah... Mas estamos indo enfrentar o líder da Decadência dos anjos, tem certeza que isso vai dar certo?- diz o russo preocupado, afinal sabia que Fukuchi não brinca em serviço.

- Dazai não me avisou desse problema - diz o moreno de óculos levando o olhar irritado para o acastanhado

- E isso e um problema?- diz meio confuso

- Um grande problema - diz Ango irritado com a incompetência do acastanhado

- Estamos lidando um assassino profissional e um criminoso mundialmente procurando - diz Sakunosuke preocupado

- Puta que pariu, e Feyda você se ferrou - diz Osamu olhando para o russo que apenas engole em seco e abaixa a cabeça sentindo o abraço de Karma ficar um pouco mais forte

- Me diga, como você conseguiu ser atraído pelo Fukuchi?- diz Ango se aproximando de Dostoiévski

- Matei um dirigente da máfia - diz com olhar vazio, afinal não se arrepende disso

- Foi por causa do garoto que você cometeu esse crime?- questiona Sakaguchi percebendo o garoto ruivo abraçando o corpo do russo enquanto se esconde atrás do mesmo.

- Sim- responde olhando seriamente para o mais velho

Os dois adultos ficam em silêncio por um instante, até som de passos são ouvidos do corredor e em seguida alguém bate na porta de madeira. Todos ficam em silêncio e tensos.

Oda se aproxima da porta e olha para o olho mágico da porta, vendo um jovem parado na porta de cabelos brancos e olhos vermelhos, algumas marcas nos olhos.

- Não é Fukuchi - sossura para os demais e em seguida abre a porta com cuidado - Precisa de algo?- diz tentando parecer calmo e agradável

- Dostoiévski - diz o jovem, e rapidamente a voz é reconhecida por Fyodor.

- Tá tudo bem senhor, Bram veio ajudar - diz o russo dando algumas passos até a porta com um Karma grudado em si com medo.

- Bram Stoker?- diz Ango confuso

- Sim - diz o albino olhando para Sakaguchi

- Como você conhece ele Dostoiévski? - questiona Ango olhando para o russo como se o mesmo fosse um criminoso

- Ele é um amigo meu de infância - responde Fyodor sem demonstrar emoção nenhuma no rosto

- Amigo? Você é amigo do sub líder da Decadência dos anjos?- questiona Sakaguchi incrédulo com isso

- Extremamente, agora, se não se incomoda devo acompanhar o meu amigo para um lugar seguro - diz Stoker intervindo na conversa.

- Entregando ao Fukuchi?- questiona Ango cruzando seus braços e olhando para o albino

- Não, Fukuchi não trabalha para a Decadência dos anjos, então não há motivos para mim fazer isso - diz Stoker se colocando frente a frente de Ango - Surgiro deixar eu levar o meu amigo para um lugar seguro antes que aquele assassino volte- diz Bram determinado a ajudar o russo.

- Pai? Você está bem?- diz Karma percebendo que o moreno está tremendo muito enquanto encara o nada com o rosto apavorado

Todos levam a atenção até o russo, Dazai rapidamente se aproxima do moreno e toca no ombro do Dostoiévski

- Feyda você tá bem?- questiona olhando preocupado para Fyodor.

Dostoiévski não responde, apenas cai no chão tremendo enquanto encara o nada, talvez a falta de sono esteja lhe trazendo alucinações, mas quem dera que fosse isos mesmo.

- Realmente acho que iria me enganar Dostoiévski - diz Fukuchi com uma espada apontada para si.

Ninguém havia visto como o homem mais velho entrou no apartamento, mas agora se encontra ali apontando uma espada no rosto do moreno que está paralisado de medo. Medo esse que não é da morte, e de deixar Karma sem ninguém para cuidá-lo, deixar as amizades que tem e que fez durante sua pequena estadia no Japão.

- Fukuchi Ouchi - diz Ango pegando uma arma e apontando para o mais velho - Coloque suas mãos onde eu possa vê e largue a espada - diz Sakaguchi num tom firme ao contrário dos outros que estão perplexo.

- Acho que não - diz Ouchi colocando a espada próximo ao pescoço de Dostoiévski que sente a lâmina fria contra sua pele.

[Continua?]