[A praça]

281 34 16
                                        

Fyodor tinha que concordar que ir sozinho numa praça abandonada não é lá uma das coisas mais inteligentes de se fazer, mas lá está ele.

Chegando próximo a praça pode se vê o garoto ruivo de antes, o garoto possui um olhar de vazio que logo se enchem de esperança assim que vê o russo se aproximando.

- Você realmente veio - diz o jovem num tom até que animador

- Sim, vamos acabar logo com essa idiotice - diz Fyodor se arrependendo internamente de ter vindo.

O garoto começa a andar até um prédio abandonado sendo acompanhado pelo russo. Os dois entram no prédio e o mesmo loiro de antes estava ali o esperando.

- Devo admitir que achei que você não seria corajoso o suficiente para vim - comenta o loiro dando uma risada

- O que você quer de mim- diz parando de andar e cruzando os braços enquanto analisa o outro.

- Sente-se, temos muito que conversar - diz puxando uma cadeira para o russo se sentar.

Fyodor se aproxima da cadeira e se sentando, o loiro dá um sorriso maior ainda, e se senta de frente para o russo.

- Fyodor Dostoiévski, filho único das famílias de classe mais alta da Rússia, intrigante o fato de estar aqui no Japão - diz o loiro apoiando seus cotovelos sobre e mesa enquanto coloca suas mãos para apoiar sua cabeçam

- Você me conhece e dai? O que isso significa?- diz cruzando seus braços encarando o loiro

- Bom... Te vender no mercado negro me dará muita grana, afinal um ômega de classe alta vale muito - diz num tom malícioso enquanto observa o rosto de surpresa do russo.

Fyodor fica em silêncio, então por isso que ele lhe chamou para um lugar abandonado. O russo observa atentamente o loiro a sua frente o qual também lhe encara.

- Trabalha com a máfia?- questiona o moreno observando a cara de surpresa que o loiro ficou

- Como?- diz realmente surpreso por isso

- Você não tem cara de quem trabalha para uma gangue, então a máfia se encaixa melhor no seu perfil - diz o russo num ar superior que o loiro

- Inteligente, devo admitir - diz o loiro se levantando - Mas isso é inútil - diz se aproximando do russo que permanece em silêncio

Dostoiévski percebe uma inquietação vinda do garoto, o qual está apenas observando a troca de diálogos entre os dois. Ace segue o olhar do russo que para no garoto, vendo isso dá um sorriso.

- Venha cá - diz o loiro fazendo um sinal para o ruivo se aproximar, o qual faz isso.

- Vai usar uma criança agora?- questiona observa o sorriso no rosto do loiro

- Bom, de um jeito ou de outro eu preciso entregar a mercadoria - diz o loiro colocando suas mãos sobre o ombro do jovem que apenas abaixa a cabeça.

Fyodor fecha a casa sentindo nojo do que o homem disse, realmente está disposto em vender aquele garoto?

- Bom, acho que o comprador preferia um ômega, mas esse beta deve dar por gasto - diz aproximando seu rosto ao ouvido do garoto que se encolhe, realmente está apavorado

- Bom, acho que seu comprador vai ter ficar sem mercadoria - diz o russo se levantando enquanto observa seriamente o loiro

Fyodor não era tolo, havia planejado tudo antes de vim até esse lugar, sabia que coisa boa não seria vindo desse mafioso.

- Você está bem ousado para quem é a mercadoria - diz se afastando um pouco do garoto enquanto mantém um sorriso nos lábios

- É mesmo?- diz sorrindo para o loiro - Pois esqueceu de ter certeza que eu estava desarmado - diz tirando uma pistola e apontando para a cabeça do loiro

- Realmente, pra quem finge ser dá máfia está bem lamentável - uma voz ecoa e em seguida outra arma e apontada para sua cabeça

- Como?- diz levantando suas mãos sobre a cabeça mostrando que está se rendendo.

- Bom, eu já sabia que tinha algo de errado em seu convite, eu comentei com Dazai e advinha - diz pronto para atirar na cabeça de Ace.

- Sabe, você realmente achou que se ele comentasse pela praça eu não suspeitaria? - a voz do acastanhado soa pelo ambiente.

- Bom, agora terá que lidar com suas mercadorias e compradores no inferno - diz o russo finalmente apertando o gatilho e atirando na cabeça do loiro que cai no chão com uma poça de sangue se formando em seguida.

- Realmente, achei mesmo que você não iria ter coragem - comenta Osamu guardando sua arma.

- Depois de tudo que ele disse, acho inviável que eu não o mataria - diz e em seguida olha para o garoto que observa tudo assustado

- E ele?- pergunta Dazai se referindo ao jovem

- Acho que o conselho cuidará dele - diz se aproximando um pouco do garoto

- Não - a voz do jovem ecoa algo e assustado - Eles vão me achar lá - diz dando passos para trás com seus olhos cheios de lágrimas

- Ei, tá tudo bem - diz Fyodor percebendo o dessespero do garoto

Por impulso o jovem se aproxima do russo o abraçando com força deixando o mesmo surpreso pelo ato.

- Que fofo - diz Dazai se aproximando dos dois - Posso ser o padrinho?- diz animadamente, por outro lado Dostoiévski apenas o olha

- Sério isso?- diz encarando o acastanhado

- Brincadeira, mas mandando de assunto, sabe que agora terá que participar do grupo ou eu terei que te silenciar - diz Osamu dando um sorriso travesso nos lábios

- Não se preocupe, acho que não tenho muita escolha, principalmente por que matei alguém - diz olhando pelo canto o corpo do outro

- Maravilha - diz animadamente - Agora vamos ir, antes que alguém chame a polícia pelo som de tiro - diz e os dois concordam saindo do prédio abandonado.

[...]

Já dentro do apartamento de Fyodor, o russo observa o garoto deitado sobre seu sofá dormindo profundamente, indicando que está bem cansado.

- O que irá fazer com ele?- diz Osamu tomando uma latinha de refrigerante enquanto se senta em uma cadeira

- Eu ainda não sei- diz pensativo - Agora me diga, quem que teve a ideia de fazer uma espécie de gangue numa escola?- questiona levando sua atenção para o acastanhado, o qual solta uma risada.

- Bom, eu e Chuuya tivemos essa ideia uns meses depois que ele foi transferido para cá - diz sorridente - Bom, aí aos poucos os outros intrigantes foram surgindo - termina de falar e em seguida bebe outro gole de seu refrigerante.

- Mas como a escola não descobriu? - questiona curioso por esse fato

- Bom, Ranpo e Edgar são do grêmio então ficou fácil de introduzir nosso grupo sem que os diretores descobrissem, aí Sigma também entrou, o que deixou tudo mais fácil - diz e bebe novamente o seu refrigerante

- Pera, o Sigma? Eu achei que ele era o único santo da escola - diz realmente surpreso por essa informação

- Santo? Já viu o filho de um dono de cassino ser santo?- diz surpreso e em seguida dá risada ao ver a cara de espanto que o russo fez.

- O pai dele é dono de um cassino? O quão rico ele é?- diz surpreso, já que não esperava tal informação

- Na verdade o Chuyya é o mais rico do grupo, e a gente é uns dos mais pobres - diz se levantando para jogar a lata fora

- Realmente surpreende - diz o russo.

[Continua?]

Meu belo russo Onde histórias criam vida. Descubra agora