Não houve despedida, não houve um último abraço até sei lá quando eles iriam se ver. Contato físico não está dentro das "regras" dessa família. Então o jovem apenas pegou suas malas e entrou dentro do avião sem dizer nada, para que palavras para quem não se importa com sua existência?A viagem prossegui calma. O russo observa da pequena janela retangular da aeronave as paisagens, da neve fria da Rússia se tornou uma paisagem florida e quente do Japão.
As árvores floridas indica a chegada da primavera e sua estádia por um tempo, tudo tão colorido e cheio de vida, tão oposto da Rússia, onde apenas a neve e triste habita naquele lugar.
Dostoiévski ficou mais ou menos umas 15h no avião, então é claro que o cansaço tomou conta de seu corpo. O moreno chamou um táxi até o prédio onde fica o apartamento onde irá viver daqui para frente.
O jovem aproveitou a pequena viagem terrestre para observar o local. A pequena cidade de Yokohama é completamente diferente de sua cidade na Rússia, tudo tão colorido, sem falar do sol que aparenta aparecer quase todos os dias ao contrário de sua cidade natal.
Assim que chega na frente do prédio, paga o motorista e sem dizer nada entra dentro do prédio. Sobe as escadas até seu apartamento, não está no clima de esperar o elevador.
Não demora muito para chegar ao seu andar, dando alguns passos pelo corredor chegou no apartamento. Pegando a chave em seu bolso em seguida encaixa a mesma na fechadura, logo a girando e destrancando a porta. Entrando no apartamento, o russo perceber o quão sem graça e sem cor é aquele lugar, como tudo em sua vida.
Dostoiévski deixa suas coisas na sala e vai até o banheiro, um banho quente é a única coisa que mais quer nesse momento. Entrando no banheiro, o moreno fecha a porta atrás de si e começa a tirar suas roupas, e em seguida liga o chuveiro e entra no box.
O jovem liga o registro e deixa a água cair sobre a sua pele, seus músculos começam a relaxar, um pequeno suspiro foge de seus lábios, enquanto seus olhos fecham, aproveitando a tranquilidade.
Mas não demora muito para sua mente o bombardear um pouco com pensamentos e memórias. Seu peito se apertar ao lembrar da rejeição vinda de seu pai, nunca é o bastante para aquele homem.
Havia sido traído por seu amor, o qual o entregou aos seus pais sobre sua sexualidade e agora está aqui. Num apartamento no meio da cidade Yokohama, em um país diferente, com uma cultura diferente. Sua vida está um caos assim como sua mente.
Lágrimas grossas começam a se misturar com a água quente do chuveiro, é raro as vezes que Dostoiévski chora, talvez por quase nunca demonstra suas emoções.
Assim que consegue se alcamar, o moreno desliga o registro e pega a toalha para se secar, em seguida vai até as suas coisas e pega uma muda de roupa para se vestir.
Após terminar de se "arrumar", Dostoiévski vai até a cozinha e pega uma chaleira coloca água e a deixa esquentando no fogão.
Em seguida abre uma das portas do armário acima da piá e pega uma caneca e coloca sobre o balcão de madeira. Caminha até a dispensa pegando um saquinho de chá e volta a onde está a caneca e coloca dentro do recipiente.
Não demora muito e a água fica quente o suficiente para o chá. O jovem despeja um pouco de água dentro da caneca e em seguida espera o chá ficar pronto, para poder beber.
Enquanto espera, o moreno decide desfazer as suas malas e organizar tudo, pois amanhã já iria para seu novo colégio, realmente não está nem um pouco animado para isso.
[...]
Continua?

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Meu belo russo
FanficMudar para outro país na tentativa deixar a ideia de ser gay, uma ideia obrigada por parte de seu pai. Fyodor acaba descobrindo que esse lugar em que irá viver vai muda sua vida e seu jeito de pensar completamente.