28 - Baile

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Bruce Wayne POV

— Alfred, eu não aguento mais. Eu odeio festas. Eu só quero ficar em casa e sair de noite para combater o crime.

— Patrão Bruce... eu soube de algumas senhoritas que estão solteiras. Elas tem a idade senhor e são muito bonitas. Elas estarão no baile... creio que...

— Alfred. Eu não sei se combino com alguém. Como eu arrastaria elas para a bagunça que eu vivo toda noite?

— Ah patrão... deixe o Batman se aposentar ou... pode achar alguém com o mesmo problema... a senhorita Diana é bonita e sempre pareceu... gostar do senhor. -Alfred sorri-

Penso em Selina.

— Reparou que a mulher-gato não faz aparições ou roubos há 3 meses ou mais? Isso não é da natureza dela... ela nunca tem grandes intervalos... -observo-

— Talvez ela tenha seguido seus conselhos... -Alfred dá de ombros e sinto uma pontada no peito-

— Espero que sim, Alfred. -me forço a afastar esses pensamentos- se eu preciso mesmo comparecer, então já vou indo. Até logo, Alfred.

— Até mais tarde, patrão Bruce -me retiro e após alguns minutos dirigindo, chego à casa dos Hanks.

— Tommy -o cumprimento- o baile parece estar divertido -olho ao redor, várias pessoas dançando e se divertindo- parabéns -sorrio-

— É um prazer revê-lo, Wayne. Não tivemos muito tempo para conversar no casamento de Trevor, mas hoje a noite só acaba quando o sol raiar -sorri-

— Ótimo.

— Fique à vontade -me encaminha para a entrada enorme do salão-

Caminho até o bar.

— Um vesper martini, por favor -olho ao redor e meus olhos se focam em alguém familiar-

Ela estava diferente. Mais magra, cabelo chanel e dançava com o velho senador. Ele acabara de ficar viúvo no mês passado. O que está acontecendo?

Ela não parece muito feliz. Ela ostenta o clássico sorriso falso, que engana a qualquer um, mas eu não. Eu sempre uso esse mesmo sorriso em eventos.

Por que ela está aqui?

Meu martini chega e eu agradeço com um aceno. Pego a taça e caminho entre os casais, desviando de ser atingido e chego até ela.

— Selina Kyle? -ela e o senador param-

— Posso ajudar, senhor Wayne? -o homem velho responde por ela e me estende a mão-

— Olá, senador. Como vai? -aperto sua mão-

— Bem -olha o corpo da morena de cima a baixo-

— Posso tirar ela pra dançar por um minuto? -pergunto-

— Eu paguei para ela estar aqui. Quero aproveitar a noite antes de irmos pro quarto. -ele ri-

Pagou?

Selina fecha os olhos.

— Se o dinheiro for o problema, eu pago por uma dança com ela -bebo o líquido dentro da taça e coloco-a na bandeja de um garçom que passava por alí-

— Não tem necessidade, senhor Wayne. Eu preciso mesmo de uma pausa -acena com a cabeça e se retira-

Oferecer pagar algo para um homem rico é como uma ofensa. Todos recusam. É como dizer que eles não tem dinheiro o suficiente. Sempre funciona.

— Quer conversar? -beijo sua mão-

— O que está fazendo? -ela olha para minha mão que se posicionava no final de suas costas-

— Estou te tirando para dançar.

— Por que? -ela envolve suas mãos ao redor de meu pescoço e olha em meus olhos-

— Uma mulher jovem como você e um velho como ele... você está sendo forçada? -coloco uma mecha de seu cabelo, agora comprido até as bochechas, atrás de sua orelha-

— Quer a verdade? -seus olhos brilham em chateação e eu hesito-

Eu não sei se ela se sente confortável para falar, então me calo enquanto a puxo para ficar em cima de meus pés.

— Eu sou uma acompanhante de luxo, Bruce... -baixa a cabeça- eu fui demitida e não achei outro emprego... meu corpo é tudo o que eu tenho... -uma lágrima pinga em meu terno- eu sou prostituta..

Demitida? Ela sempre se sustentou com roubos. Ela não pode ser demitida. A menos que isso seja uma metáfora para dizer que largou a vida de assaltante.

Mas por que?

Ela está correndo algum risco.

— Como posso te ajudar? -levanto seu queixo e a faço olhar para mim-
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I RUN TO YOU - BATCATOnde histórias criam vida. Descubra agora