40 - Distância

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POV Bruce Wayne

Socos e mais socos.

Esta noite, prendi o Pinguim e Vagalume. São dois patetas.

Só me fizeram perder tempo na busca pelo Coringa.

— Batman -Gordon se aproxima- é um prazer trabalhar com você.

— Qual é, Gordon? Ele fez tudo sozinho, até os trouxe até Arkham. -Vicki Vale. A ruiva me encara instigada- é um prazer estar ao lado da figura mais falada dos jornais de Gotham. -ela estende a mão-

— Não é uma reputação muito boa. A minha falta de identidade assusta as pessoas. -me afasto e ela me segue, o salto estalando no asfalto-

— Não pode me conceder uma entrevista? -os passos aceleram tentando entrar na minha frente-

— Não.

— Isso iria trazer uma nova identidade ao Batman. As pessoas iam ter acesso ao verdadeiro objetivo dele e..

— Não. -lanço a bat-garra no terraço de um prédio-

— Espera, não vá, eu preciso.. -a deixo para trás e subo-

A noite é longa e eu nunca gostei de ser entrevistado.

Salto de prédio em prédio, procurando por confusões e perigo.

"Patrão Bruce"

— Alfred.

"Lucius Fox ligou para avisar que te colocou em um programa de entrevistas. Você vai ter que estar presente às 7 da manhã no estúdio. É melhor que volte mais cedo para casa"

— A noite parece bem tranquila, tirando o roubo do Pinguim e Vagalume. Acho que posso rastrear o Coringa amanhã.

Aciono o bat-móvel e desço até ele. Pego a estrada e entro no túnel camuflado. Estaciono na caverna.

Selina está de roupão na minha cadeira.

Saio e tiro o capuz.

— Selina. -cumprimento tirando o traje-

— Bruce. -me observa-

Coloco meu pijama.

— Vem cá, querido. Como foi seu dia?

— Normal.

Me aproximo.

Selina estende suas mãos na direção de meu peito, mas eu caminho para trás.

— O que foi?

— Eu vou ir dormir. Ah, a propósito, mandei Alfred colocar suas coisas no quarto de hóspedes. Boa noite, Selina.

— Bruce, o que...

— Sim? -suspiro-

— Você decide, não é? -ela se levanta e agarra meu rosto- é assim que vai ser?

Meu olhar cai para sua boca e um suspiro escapa de meus lábios quando sinto seus mamilos duros roçando no alto do meu estômago.

— Porra... -eu sou incapaz de resistir à ela. Selina é simplesmente a mulher mais interessante que eu já conheci-

Me abaixo à sua altura e beijo sua boca rosada e macia, logo a tomando em meus braços, onde ela cabia com perfeição e leveza.

Selina é uma mulher do caralho.

— Eu preciso ir -recupero a consciência-

— Por que? -acaricia meus cabelos-

— Preciso estar relaxado para amanhã. -suspiro e fecho os olhos. Seu carinho é tão bom. Sem minha mãe, eu nunca recebi afagos na cabeça. É algo que eu sentia falta, mas aprendi a viver sem-

Se eu continuar, o carinho de Selina vai se transformar em beijos e depois sexo. Não posso deixar que ela me controle. Ninguém nunca o fez.

— Relaxa dentro de mim, bat... -sussurra no pé do meu ouvido-

Aperto sua cintura e ouço seu gemido.

Se afasta.

Passo minhas mãos por sua bunda grande e macia.

Se afasta.

Retomo um beijo, seus lábios com gosto de morango e escorregadios como manteiga.

SE AFASTA, PORRA!

— Não dá. Eu preciso ir. Boa noite, Selina. -a coloco no chão-

Sua face se avermelha em raiva e sua expressão passa incredulidade.

Subo para meu quarto sem olhar para trás. Sem olhar para ela.

Eu vou suportar!

Eu consigo!
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I RUN TO YOU - BATCATOnde histórias criam vida. Descubra agora