Jão Romania
Quando acordo, vou pro banheiro, ir tomar um banho. Só pra acordar, até porque tinha combinado de passar o dia fora com a galera do time.
Quando saio do banheiro, me assusto, encontrando com Isa bem na porta.
- Ihh, tá querendo o que agora?
- Quero saber aonde você estava ontem, que não estava no quarto com o Pedro.
- Ele me levou pra atuar no auditório..
- Com um violão?
- Você viu, né?
- vi.
- Eu resolvi te ouvir.. Vou tentar fazer amizade com ele.
- Sério!? Eai, o que achou dele?
- Ele é bem legal até.. Mas não quero prolongar assunto, posso ir me arrumar?
- Vai.. E ó, seu segredo tá guardado comigo.
Ela passa a mão na boca, como um zíper, da um sorriso, indo pro quarto dela.
Vou pro meu quarto, me arrumando pra ir pro parque onde iríamos passar quase o dia todo. Pego minha bola de vôlei, então uma bolsa. Descendo pra tomar café com meus pais.
- Bom dia filho. Vai aonde logo cedo?
- Vou passar o dia no parque com os meninos mãe.
- E o Pedro liberou?
- Desde quando ele tem que me liberar?
- Desde que ele está te ensinando, para você ser o melhor ator daquele peça.
- Ah, ele não disse que viria hoje, então deve ter me liberado sim.
- Uhum.. Sendo assim, aproveite
- Obrigado mãe.
Logo Isa se junta na mesa, e não demora pra meu pai se sentar também. O café foi quase todo em silêncio, até perguntarem pra Isa sobre as aulas de enfermaria.
Não demora pra eu me levantar da mesa, pegando minha bolsa e a bola, saindo de casa, já me encontrando no meio do caminho com metade do time.
Saímos pela rua de brincadeiras e risadas, até chegarmos no parque. Nós colocamos nas posições na quadra e o jogo começou. A bola nunca vinha ate mim, por isso acabo de distraindo com a quadra do lado.
A quadra ao nosso lado, era uma quadra de basquete. Na ponta dela, tinha uma garota sentada, parecia esperar alguém. E logo que procuro entre a quadra, em meio de todo o jogo, Pedro. Ele também jogava? E basquete ainda por cima?
Ele jogava bem, roubava a bola perfeitamente, saia passando por todo mundo sem dificuldade alguma, fazia lindas cestas de longe, e sabia todos dos mais diferentes passes.
Pedro estava lindo com aquela regata do Lakers. Os tênis que logo iriam se desamarrar, e o short preto, que estava baixo.Só me desconcentro quando..
- Aii! Meu rosto!
É a única coisa que sai da minha boca, quando meu rosto é acertado em cheio pela bola, me desnorteado um pouco, fazendo eu me sentar no chão. Otto vem até mim rapidinho, igual ao resto do time.
- Jão! Você está bem? Levanta, vamos lavar o rosto!
Ele diz estendendo a mão para mim, me puxando. Vamos caminhando até o banheiro do parque.
- Cara, como você deixou a bola acertar seu rosto?
- Eu tava.. tava distraído olhando o céu.
- Jão.. você não me engana
- Eu tô falando sério.. Eu tava olhando o céu e bem na hora a bola veio pra mim.
- Uhum..
Fico molhando minha cara diversas vezes, enquanto Otto fica ao meu lado. Então alguém entra no banheiro e uma voz familiar é solta.
- Você tá bem?
levanto a cabeça e olho pra ele, era Pedro. Ele deve ter visto.
- Oi.. Oi Pedro.. Tô bem sim, tá tudo certo..
- Seu rosto tá bem vermelho.. Se quiser eu tenho uma pomada pra aliviar dor..
- Eu vou querer. Otto, vai lá avisar pro time que logo eu volto..
- Tá bom! Mas volta pra quadra e não esquece de voltar pra terra também.
Ele fala com um sorrisinho saindo do banheiro, voltando pra quadra avisar o time que eles poderiam seguir com o jogo.
Pedro Tófani
Tiro da minha mochila das costas, ignorando a piadinha do amigo do Jão e deixo na pia. Pego os papéis pra secar a mão
- Chega mais perto!
Falo e ele se aproxima, ficando parado, virando o rosto bem na parte acertada pela bola.
Passo o papel pela cara dele, secando com todo cuidado, ouvindo ele resmungar em murmurinhos- Para! Nem tá doendo! Eu tô nem encostando.
- Tá sim!
- Acho que o dramático tá reclamando muito!
- Ei! Eu não sou dramático!
- Uhum.. agora fica quieto..
Jogando o papel fora, pegando a pomada, passando um pouco no meu dedo, colocando na cara dele. Gelol pra fazer efeito tem que esfregar bem, pra ficar quente e arder aonde está machucado..Bem é assim que meu pai me ensinou..
Então faço o mesmo no rosto dele que resmunga mais ainda.- Puxa assunto! Assim você vai se distrair..
- Tá.. desde quando você joga basquete?
- Desde moleque.. Meu pai sempre me fez gostar do basquete.. E eu realmente adoro, mas meu mundo é no palco mesmo..
- Você joga muito bem..
- Obrigado... Tenho anos com o melhor treinador.. Pronto, passou..!
- Tá ardendo!
- Sinal que tá fazendo efeito! Respira fundo e se cuida!
Falo limpando meu dedo, guardando a pomada enquanto ele me encara
- Uai, que foi? Tá bem? Ou quer um beijinho pra sarar também?
Nem deixo ele responder e dou um beijo na testa dele
- Até o próximo final de semana..
Dou um sorrisinho saindo com banheiro me encontrando com Malu, pra irmos embora pra casa.
Eu fui corajoso, mas ainda estava atormentando pelo sonho. E se eu estivesse gostando dele? Buff.. que piada. Vou ignorar esse sonho pelo resto da minha vida
Desculpa o atraso, estou em uma festa
(Capítulo não revisado)
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Amor teatral | pejão
FanfictionPedro, um aluno veterano no teatro, vai ter que aprender a conviver com Jão. Um aluno chato, popular, que até então só se via nos esportes do colégio, já que pra ele, teatro era chato. Mas como sempre, João arrumou um problema e foi colocado nas aul...