Pedro, um aluno veterano no teatro, vai ter que aprender a conviver com Jão. Um aluno chato, popular, que até então só se via nos esportes do colégio, já que pra ele, teatro era chato. Mas como sempre, João arrumou um problema e foi colocado nas aul...
Acordei em casa no outro dia, com Jão do meu lado. Já era tarde, até porquê ficamos até umas 3 da manhã por lá.
A preguiça foi tanta, que o Jão não quis colchão, me puxou pro quarto de hóspedes que tinha a cama de casal, e deitou ali mesmo, comigo.
Me virei devagar, percebendo que ele já estava acordado mexendo no celular.
- Bom dia..
- Boa tarde. - ele desligou o telefone e me olhou.
- A gente dormiu de mais..
- Uhum.. sua mãe tava procurando a gente no seu quarto, entrou aqui e acabou me acordando.
- Aí sério!? O que ela falou.. ?
- Eu fiquei morrendo de vergonha, porque eu estava abraçado na sua cintura. Mas ela só sorriu e falou que quer falar com você depois. Espero que não seja algo ruim.
- não vai ser tenho certeza.
- E se ela só foi simpática, e na verdade não quer a gente juntos?
- Daí.. a gente foge pra qualquer fim de mundo.
- Tá bom.. - Ele da uma risada gostosa. Realmente aquelas risadas de quem acabou de acordar.
Me virei pro teto, chegando mais pro lado dele, o abraçando, deixando um carinho em seu cabelo.
- Programação pra esse novo ano?
- Voltar pro vôlei!
- Podemos ir no parque hoje, jogar alguma coisa..
- Eu não sei jogar basquete.
- E eu não sei jogar vôlei.
- Eu te ensino!
- Só se eu puder te ajudar outro dia com o basquete!
- Tudo bem! Mas agora eu vou te dar aula!
Dei uma risada, me levantando, indo pro meu quarto, trocando rapidamente. Deixei Jão livre pra escolher uma roupa e desci, vendo minha mãe na sala.
Ela não demorou a me chamar, fui até ela meio nervoso. Meu pai não estava em casa, foi passar o ano novo com minha vó em BH. Nós preferimos ficar dessa vez.
- Filho, não preciso nem perguntar sobre o que está acontecendo entre você e o Jão, na é? Estão namorando.
- Uhum..
- quero que você conte pra mim, diga o que está sentindo.
- Poxa mãe, eu jogo muito do Jão. Eu não entendo muito bem como passamos de pessoas que tinham uma intriga gigante, pra dois colegas, e quando vê, Jão estava louco por mim, e eu por ele.. eu não sei como tudo isso aconteceu, mas eu sei que aconteceu e eu estou feliz com ele..nossos amigos apoiam, a gente se respeita, temos uma conexão forte eu diria, pois tudo aconteceu tão naturalmente que nem sentimos o barco fluir.
- eu entendo bem isso, com seu pai foi a mesma coisa. A gente se apaixonou tão rápido que nem percebemos como as coisas ocorreram.. Logo tivemos você, que foi a divisão perfeita de amor. Você era tão pequeno correndo pela igreja pra nós entregar as alianças, já que o mocinho não quis esperar até o casamento para poder vir. - ela dá uma risada, e eu um sorriso- tenho tantas lembranças boas.. você gritando pela casa enquanto a gente te implorava pra fazer silêncio..Você, a Malu, a Marília, brincando juntos com a mangueira nos dias quentes. Você sempre foi um menino doce, especial, e torci tanto pra que continuasse assim, e olha só pra você agora.. um moço grande. Ainda doce e especial. Eu quero mesmo que você seja feliz, não importa com quem.
Não entendi o porquê de todo aquele discurso, ela queria me afogar em lágrimas? Abracei ela forte, me contendo. Jão apareceu na sala
- eai Pedro, vamos?
- Uhum! Tchau mãe! Até mais tarde!
- Até filho!
- tchau dona Ana.
- tchau genro!
João quase caiu duro. Quando saímos pra fora então, ele me olhou em plenos choques.
- Ela me chamou de..?
- Genro!
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