Pedro Tófani
Eu estava feliz ao lado do Jão. O dia foi muito legal, e conseguimos aproveitar bastante. Falei sobre minha família, e tudo que eu poderia sobre bh.
Contei em detalhes como foi meu assumir pro meu pai, e tudo que pude sobre minha prima, e como eles se dariam bem caso ela viesse pra cá.
- o problema grande da situação é que ela não quer deixar o namorado. Eles se conhecem das aulas de inglês, desde pequenos.
- Poxa.. Eu não sei o que faria se você tivesse mesmo ido pra BH!
- exatamente! Se ela vir mesmo, vou tentar fazer de tudo pra ela socializar bem!
- Ela vai entrar na nossa escola?
- Não, ela tem a idade da Isa. Inclusive, como vai ser ficar um ano sem sua irmã na escola?
- Meio que triste. Mas Isa já está preparando vestibular, Enem.. Ela vai tentar a chance de entrar em uma faculdade de medicina.
- Medicina? Ela gostou mesmo da enfermagem! Eai, quando vai ser a formatura?
- Vai ser dia 29 de janeiro. A sala dela está fazendo as contas, e preparando tudo.
- certeza que vai ser lindo, nossa escola sempre consegue muito dinheiro.
- Também acho! Isa não quer me deixar ver o vestido dela!
- Ela quer surpreender o irmão dela, pra ver ele chorar com o quanto a menina que cresceu com ele, cresceu. Mesmo vocês não tendo muita diferença de idade.
- Pois é.. Ano que vem eu choro, e no próximo é ela.
- Fiquei meio confuso, até entender, a questão é do tempo da formatura.
- Exatamente! - ele olha pra minha cara, como se estivesse debochando, quase rindo.
- você não vem rir não!! Eu não raciocinei rápido..
- eu raciocinei primeiro do que o Pedro Tófani?
- sim..
- Palhares?
- É! Já falei.
- me sinto muito inteligente agora!!
Reviro os olhos, enquanto ele me puxa pra um canto.
- chegamos aqui,aonde eu queria - ele me olha.
Olho pra ele e o arredor, vendo um lugar vazio, que se encontrava com alguns bancos e um pequeno lago, era como um parque.
- Aqui é lindo!
- Eu já vim aqui várias vezes tocar violão. - ele fala pegando minha mão, me levando pra sentar em um banco, de frente pro lago.
- Você vai a tantos lugares tocar violão, que meu Deus.
- eu gosto de sair pra esses lugares vazios, eles me trazem mais paciência pra aprender. - dou um sorriso olhando pra ele, que me segura pelo queixo, me trazendo a um selinho carinhoso.
Foi o que fizemos por ali, conversamos sobre tudo que tínhamos direito, mas principalmente, trocamos beijos. Ao tempo todo eu estava segurando as mãos dele, enquanto ele segurava a minha, fazendo um carinho com o polegar. Esse era um lado que nunca pensei em achar do Jão. E eu não poderia negar de estar maravilhado por ele. Não pelo lado dele, sim por ele mesmo.
Os beijos eram rápidos, mas cheios de carinho, e compaixão. Éramos mesmo dois adolescentes apaixonados.
- Me lembro bem, você falando que nunca beijaria alguém como eu, e que seus pais não iam gostar de saber que sou um adolescente beijoqueiro.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor teatral | pejão
Fiksi PenggemarPedro, um aluno veterano no teatro, vai ter que aprender a conviver com Jão. Um aluno chato, popular, que até então só se via nos esportes do colégio, já que pra ele, teatro era chato. Mas como sempre, João arrumou um problema e foi colocado nas aul...